A regulação dos média começou em Portugal há cerca de 46 anos. Teve modelos bem diversos, desde o Conselho de Imprensa até à ERC. Quais têm sido as suas principais características e especificidades? E que contributo tem dado a ERC, desde 2006, para a defesa da liberdade da comunicação social e, igualmente, dos direitos dos cidadãos face aos media? Neste estudo, procurou-se analisar a estrutura, as funções e o desempenho do atual e dos anteriores reguladores, as experiências em países estrangeiros, bem como os novos desafios que se colocam com a emergência dos novos media, que disputam com a comunicação social tradicional o espaço e a influência que esta antes monopolizava.
Alberto Arons de Carvalho é professor universitário desde 1981.Foi jornalista, deputado à Assembleia da República, Secretário de Estado da Comunicação Social, membro de órgãos reguladores da Comunicação Social e vice presidente da ERC. É membro do Conselho Geral Independente da RTP desde 2020. É autor e coautor de vários livros sobre temas de comunicação social
O serviço público de televisão desempenha um papel de indiscutível importância, cultural, social, económica e mesmo política.
Embora seja doutrinariamente inquestionável a existência de um modelo europeu, a sua criação, bem como o seu desenvolvimento, seguiriam modelos diversos, bem evidentes caso se analisem comparativamente as experiências dos operadores dos diferentes países europeus.
O objectivo deste estudo consiste em encontrar os traços caracterizadores essenciais da especificidade portuguesa no quadro desse modelo europeu.
Deste modo, são detalhadamente descritas as épocas marcantes do desenvolvimento da RTP - a sua fundação, o fim do monopólio com a consequente era da concorrência e a era digital -, bem como os traços essenciais dos seus modelos de governação e de financiamento.
Índice
Parte I
As três fases do serviço público de televisão em Portugal
A era do monopólio
O fim do monopólio e a era da concorrência
A transição para a era digital
Parte II
Os modelos de governação e de financiamento dos operadores de serviço público e a especificidade portuguesa
Os modelos de governação
Os modelos de financiamento
Recensões:
RTP - «As Escolha de Marcelo Rebelo de sousa»
A regulação dos média começou em Portugal há cerca de 46 anos. Teve modelos bem diversos, desde o Conselho de Imprensa até à ERC. Quais têm sido as suas principais características e especificidades? E que contributo tem dado a ERC, desde 2006, para a defesa da liberdade da comunicação social e, igualmente, dos direitos dos cidadãos face aos media? Neste estudo, procurou-se analisar a estrutura, as funções e o desempenho do atual e dos anteriores reguladores, as experiências em países estrangeiros, bem como os novos desafios que se colocam com a emergência dos novos media, que disputam com a comunicação social tradicional o espaço e a influência que esta antes monopolizava.