A Segurança Social é Sustentável - Trabalho, Estado e Segurança Social em Portugal
Sob a coordenação de Raquel Varela, os autores deste volume conseguiram cumprir três tarefas principais. Em primeiro lugar, apresentam-nos as diversas variedades da precarização, do empobrecimento e da exclusão social que atualmente ameaçam devastar a sociedade portuguesa. Em segundo lugar, refutam completamente os muitos mitos propagados pelo establishment académico e político. E em terceiro lugar, discutem a necessidade e as dificuldades de uma resistência massiva.
| Editora | Bertrand |
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| Editora | Bertrand |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Raquel Varela |
Raquel Varela é historiadora e professora universitária na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É presidente do Observatório para as Condições de Vida e Trabalho e coordenadora do Social Data/Nova4Globe. Investigadora no grupo História, Território e Comunidades CEF/UC/Polo FCSH e Colaboradora do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta.
É autora de História do Povo na Revolução Portuguesa e Breve História da Europa, ambos publicados pela Bertrand Editora.
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A História do PCP na Revolução dos cravosA partir de um extenso trabalho de pesquisa, a autora relatae demarca o papel que o Partido Comunista Português narevolução de Abril de 1974 e nos momentos que asucederam.Aliando o rigor científico – o texto parte da sua tese,coordenada pelo historiador António Costa Pinto e pelopolitólogo Carlos Taibo, professor da UniversidadeAutónoma de Madrid e colunista, entre outros, do El País eda rádio Cadena Ser – ao texto para o grande público, aautora oferece um documento de enorme importância paraa compreensão de um dos momentos ainda mais discutidosda História recente de Portugal. -
Quem Paga o Estado Social em Portugal?«Este livro prova com números e factos que os trabalhadores portugueses contribuem para o Estado social o necessário para pagar a sua saúde, educação, bem-estar e infraestruturas.» Os diversos artigos dos autores deste livro documentam o percurso que acompanhou a consolidação do Estado Social e a importância das contribuições dos cidadãos ao longo de décadas indicando que a solidariedade social é imperativa. Também se destacam as constantes ameaças das políticas neoliberais à consolidação do Estado Social sobretudo a partir da década de 80 em todo o mundo, e que se aprofundaram ainda mais a partir da atual crise que eclodiu em 2008. Um estudo que tenta analisar alguns dos principais equívocos associados às análises economicistas justificativas do fim do Estado Social tantas vezes evocadas como se se tratassem de uma força invencível da Natureza - o Estado-providência teria fim à vista por não ser financeiramente sustentável, por provocar monstruosos défices orçamentais, estagnação económica, crescimento da dívida pública, etc. (...) Este discurso neoliberal cria uma cortina de fumo sobre a realidade que importa aclarar. -
Para Onde Vai Portugal?« Este livro começa com uma questão: para onde vamos? É a pergunta (ansiosa) que nos move a todos hoje. Mas sem passado não é possível ensaiar explicações sociais. A história é o ponto de partida essencial da compressão do presente, e da transformação do futuro; de onde vimos? é o segundo capítulo deste livro. Termina com uma reflexão sobre relações humanas, costumes, sexo, amor, numa crítica à padronização/mercantilização quase total dos comportamentos sociais, que atingiu níveis inéditos, da alimentação à intimidade Uma sociedade que não identifica os pontos nevrálgicos dos seus dramas, porque teme as conclusões, não conseguirá sair do retrocesso histórico e está a adiar e a agigantar conflitos inevitáveis. Creio que há soluções, este é o eixo deste ensaio, que garantem uma produção racional de bens e serviços, o pleno emprego, o Estado social e o acesso ao lazer para todos. Mas todas as soluções têm problemas. E não se resolvem problemas escamoteando-os, ou omitindo-os, para não incomodar o senso comum, esse enorme balão cheio de nada. Um avião descola sempre contra o vento.» -
Breve História da Europa: da Grande Guerra aos nossos diasBreve História da Europa: da Grande Guerra aos nossos dias é um ensaio histórico sobre os principais acontecimentos que marcaram o continente entre 1917 e 2017, num olhar aguçado sobre as dinâmicas sociais de um século. Do militarismo imperialista à Revolução Russa, da crise de 1929 à Segunda Guerra Mundial, do fim do pacto social à crise da União Europeia, passando pelas descrições empolgantes do Maio de 68 e da Primavera de Praga, Raquel Varela coloca o trabalho e as suas relações políticas e sociais no centro das grandes mudanças que ocorreram nos últimos 100 anos. Este é um livro que levanta questões provocadoras e nos dá respostas sérias e rigorosas. Terá sido o apocalipse da Segunda Guerra Mundial - o episódio mais brutal da história da Humanidade, com a perda de 80 milhões de pessoas - a resposta de uma classe suicidária à crise de 1929? E o século XX, que começou (ainda que não oficialmente) em 1917, terá terminado em 1989 com a queda do Muro de Berlim, ou em 2008, com o fim do pacto social europeu? -
A People's History of the Portuguese RevolutionOn April 25, 1974, a coup destroyed the ranks of Estado Novo’s fascist government in Portugal. Ordinary people flooded the streets of Lisbon, placing red carnations in the barrels of guns and demanding a land for those who work in it. This spontaneous revolt placed power in the hands of the working classes, trade unions, and women.In order to understand the Carnation Revolution, we must recognize it as an international coalition of social movements, comprised of struggles for independence in Portugal’s African colonies, the rebellion of the young military captains of the Armed Forces Movement, and the uprising of Portugal’s long-oppressed working classes. Cutting against the grain of mainstream accounts, Raquel Cardeira Varela shows how it was through the organizing power of these diverse movements that a popular-front government was instituted along with the nation’s withdrawal from its overseas colonies.Offering a rich account of the challenges these coalitions faced and the victories they won through revolutionary means, this book tells the tumultuous history behind the Carnation Revolution. -
Don´t Fuck My JobEste é um livro de história e de reflexão. De reflexão sobre os desafios que os estivadores enfrentam, como a precariedade e a automação. E de história porque é através da história secular da indústria portuária, da luta dos estivadores e dos desafios que enfrentaram que se descobrem lições sobre como agir no presente e preparar o futuro. Fala-se, obviamente, de Portugal. Das lutas, mas também das condições em que os estivadores exercem o seu trabalho e das implicações que estas têm para a sua saúde. Mas as histórias aqui contadas abrangem quase todos os continentes, da Europa às Américas do Norte e do Sul, África e Austrália. A longa luta de 28 meses dos estivadores de Liverpool entre 1995 e 1998 é aqui abordada ao pormenor. Saldou-se por uma derrota, mas das lições tiradas dessa derrota saiu um dos grandes trunfos dos estivadores de todo o mundo: a criação do International Dockworkers Council - IDC, o sindicato internacional dos estivadores. Em Portugal, o panorama do sindicalismo tradicional é desolador. Os sindicatos que continuam a agir como se o pacto social nascido no pós-guerra não tivesse entrado em rutura nos anos 80 estão em retrocesso: acumulam derrotas e a percentagem de sindicalizados caiu para menos de 20%. O SEAL - Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística faz a diferença. Aqui abordam-se os porquês dessa diferença. -
Uma Revolução na Saúde - História do Serviço Médico à Periferia (1974-1982)Na década de 70 do século XX, o Serviço Médico à Periferia foi a estratégia que ajudou a cumprir o objetivo de melhorar os índices em saúde e garantir a generalização do direito à saúde, que é reconhecido na Constituição da República Portuguesa, mas que, sem a dimensão do acesso, isto é, sem que os Portugueses tivessem acesso efetivo e atempado à prestação de cuidados, de nada serviria. (...)A acompanhar a evolução do SMP, a autora relata-nos paralelamente a evolução política e social, indissociáveis da revolução que ia acontecendo na saúde. Numa espécie de tempestade perfeita, em que se reuniram todas as condições essenciais, Portugal assistiu à revolução e ao seu efeito em todos os sectores e, na saúde, vemos desenhar-se o Serviço Médico à Periferia como um dos pilares da criação do Serviço Nacional de Saúde. -
Revolução ou Transição? - História e memória da revolução dos cravos«Este livro é polémico porque ancora em si visões diferentes e teoricamente distintas, mas tem uma espinha dorsal comum: ele foi escrito por um grupo de cientistas sociais, historiadores, que olham a história como um processo, feito de sujeitos sociais, classes e suas frações, e que tem como núcleo explicativo do processo histórico o conflito social» -
História do Povo na Revolução Portuguesa - 1974-75A luta política assume nas sociedades contemporâneas, em condições de calendário eleitoral estável, essencialmente, a forma da luta entre os partidos. Quando uma revolução se coloca em movimento, no entanto, tudo pode ser subvertido, porque milhões de pessoas inativas ou até desinteressadas despertam para a luta social. Este livro apresenta-nos uma rigorosa investigação sobre a revolução portuguesa que ambiciona dar voz aos que não tiveram voz. Nos livros de história eles são, não poucas vezes, invisíveis. Mas são os rostos comoventes destas grandes massas populares que oferecem sentido àquelas maravilhosas fotografias da revolução portuguesa. Anónimos, os seus retratos nas manifestações dizem-nos tudo o que precisamos de saber sobre a esperança e a frustração, a fúria e o medo, o entusiasmo e a ilusão, e tudo aquilo que oferece grandeza à vida e não cabe em palavras. Foram eles que fizeram a revolução. Nas páginas deste livro bate um coração que tem respeito e admiração por essa gente. -
Breve História da EuropaDa Grande Guerra aos Nossos DiasBreve História da Europa – Da Grande Guerra aos Nossos Dias é um ensaio histórico sobre os principais acontecimentos que marcaram o continente entre 1917 e 2017, num olhar aguçado sobre as dinâmicas sociais de um século.Do militarismo imperialista à Revolução Russa, da crise de 1929 à Segunda Guerra Mundial, do fim do pacto social à crise da União Europeia, passando pelas descrições empolgantes do Maio de 68 e da Primavera de Praga, Raquel Varela coloca o trabalho e as suas relações políticas e sociais no centro das grandes mudanças que ocorreram nos últimos cem anos. Este é um livro que levanta questões provocadoras e que nos dá respostas sérias e rigorosas.Terá sido o apocalipse da Segunda Guerra Mundial – o episódio mais brutal da história da Humanidade, com a perda de 80 milhões de pessoas – a resposta de uma classe suicidária à crise de 1929? E o século xx, que começou (ainda que não oficialmente) em 1917, terá terminado em 1989 com a queda do Muro de Berlim, ou em 2008, com o fim do pacto social europeu?
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.