A Verdade e A Mentira das Vacinas
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a vacinação evita a morte de dois a três milhões de pessoas por ano em todo o mundo. É a maior conquista da medicina e da Saúde Pública. Mas a memória é curta, e as novas gerações já não se recordam de como, nos tempos dos nossos avós, as doenças agora evitáveis pela vacinação matavam e desfiguravam tantas pessoas. Como tal, estão a regressar estas doenças e a morrer crianças sem necessidade. Chegou a altura de dizer “basta!” às discussões falaciosas propagadas nas redes sociais e nos media. Argumentando com a segurança da Ciência, este livro expõe a verdade e a mentira das vacinas, para que todos possam, livre e conscientemente, ser responsáveis pela decisão de vacinar ou não vacinar.
| Editora | Desassossego |
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| Editora | Desassossego |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mário Cordeiro |
Mário Cordeiro é médico e professor de Pediatria e de Saúde Pública, muito ativo nas áreas da saúde e dos direitos das crianças e dos adolescentes. Como pediatra, pai e cidadão, considera ser urgente refletir sobre a sexualidade dos mais novos, para se conseguir uma vivência responsável e gratificante, com maiores graus de liberdade e decisões informadas e conscientes, pugnando por estilos de vida mais saudáveis. Também romancista e poeta, é autor dos livros O Grande Livro do Bebé, O Livro da Criança, O Grande Livro do Adolescente e Educar com Amor, entre outros.
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Malaquias não gosta de perderO urso Malaquias é como alguns meninos e meninas: não gosta de perder. Todavia, perder faz parte da vida, tal como ganhar. O que importa é definirmos objetivos que não sejam demasiado ambiciosos e termos a noção de que nem sempre os conseguiremos atingir.No entanto, com estratégia, inteligência, organização, método, trabalho e tempo teremos mais hipóteses de vencer e, tão importante quanto isso, saber vencer, como perder e saber perder.Nesta história, o Malaquias percebeu que a reação de raiva que teve, quando perdeu o jogo com a girafa Manelinha, o deixou triste, zangado e mais afastado dos amigos. Felizmente, o leão Sabichão estava atento… -
Malaquias não resiste a um chocolateO urso Malaquias é guloso – afinal somos todos um bocadinho, não é? Mas uma coisa é ser guloso e controlar a gulodice, outra é, devido a ela (ou ao desejo de ter o que é dos outros), apropriarmo-nos do que não é nosso, seja um chocolate ou outro objeto.Depois de não ter resistido a um impulso e de ter roubado o chocolate à girafa Manelinha, o Malaquias viu como o seu gesto afetou os seus amigos e o deixou mal perante os outros. Valeu a sabedoria do leão Sabichão, que soube como resolver o problema a bem. -
Malaquias Vence o MedoO urso Malaquias tem medo, tal como todos nós! Mas ter medo não é mau; é saudável e ajuda-nos a sobreviver. No entanto, é fundamental aprender a enfrentá-lo. Arranjar dentro de nós coragem, que nos permita compreender as razões para os nossos receios, e vencer os medos que nos paralisam é uma arte que requer estratégias que devem ser ensinadas às crianças.O Malaquias, nesta história, apesar do medo que sentia, encheu-se de coragem e salvou os seus amigos do perigo, deixando todos incrédulos e orgulhosos. Provou, deste modo, ser um urso corajoso, capaz de vencer os seus medos de forma responsável. -
Malaquias Faz Um Novo AmigoEmpatia é a capacidade de nos aproximarmos dos sentimentos dos outros e fazermo-los nossos, pois desta forma seremos mais capazes de os acompanhar na dor e na tristeza, na alegria e nos sucessos. Solidariedade é sermos capazes de dar um pouco de nós, do nosso tempo, das nossas posses, em função das necessidades dos outros, por quem sentimos empatia, «obrigação moral» e sentido ético. São, pois, estes os temas abordados nesta história, que lembra o contexto dos refugiados. Malaquias vai ter de vencer os seus preconceitos e a sua desconfiança face à chegada de um novo animal à floresta. Descobrirá, com a ajuda dos amigos e do professor Sabichão, que uma atitude de abertura, empatia e solidariedade é o ponto de partida para que todos saiam a ganhar. -
O Grande Livro do Bebé - O primeiro ano de vidaO nascimento de um filho é um momento único na vida dos pais. Chegados a casa, inicia-se uma fantástica aventura onde todas as horas, noites, dias, semanas, meses, contam. O primeiro ano de vida é longo, repleto de dúvidas, perguntas, inquietações e momentos críticos. Estes doze meses intensos são fundamentais para a personalidade e o desenvolvimento do vosso filho. Infelizmente, ou felizmente, o vosso bebé não vem com «manual de instruções». -
O Livro da Criança - Do 1 aos 5 AnosParabéns. o vosso filho já tem 1 ano. Inicia-se agora uma nova etapa da vida dele e das vossas também! Em O Livro da criança, o pediatra Mário Cordeiro fala-nos das crianças do 1 aos 5 anos. Embora não tenhamos memórias deste período, trata-se de uma fase marcante das nossas vidas, já que é nestas idades que se estabelecem os príncipios e valores, o sentimental social e asegurança afectiva. Em que os neurónios se organizam como nunca mais na nossa vida, em que o cérebro fisicamente se desenvolve em dependência com o ambiente, o afecto, as regras e o contexto familiar e social. Mário Cordeiro responde a todas estas questões do dia-a-dia, com uma linguagem clara e prática. Um livro indispensável para ficar a conhecer os novos desafios e as necessidades do vosso filho. -
O Grande Livro do BebéO nascimento de um filho é um momento único na vida dos pais. Chegados a casa, inicia-se uma fantástica aventura onde todas as horas, noites, dias, semanas, meses, contam. O primeiro ano de vida é longo, repleto de dúvidas, perguntas, inquietações e momentos críticos. Estes doze meses intensos são fundamentais para a personalidade e o desenvolvimento do vosso filho. Infelizmente, ou felizmente, o vosso bebé não vem com «manual de instruções».O autor foca todas as necessidades fundamentais do bebé - alimentação, sono, desenvolvimento, saúde e conforto - que são objecto de grande preocupação por parte dos pais.Devo dar de mamar?Posso dar banho ao meu bebé recém-nascido?Como combater a febre?Que alimentos pode comer o meu bebé aos 6 meses?O meu filho não dorme bem, é normal? O que posso fazer?O que é melhor para o meu filho, ficar em casa com os avós ou ir para o infantário? -
O grande livro dos medos e das birrasTodos os dias é a mesma coisa, não quer tomar banho e foge aos berros da casa de banho. Hoje estávamos no supermercado e como não lhe comprei o que queria começou a espernear, aos gritos, a deitar-se no chão…. Uma vergonha! De cada vez que lhe digo que não pode ver televisão, começa aos berros e quer morder-me. A hora da refeição cá em casa é crítica, agora não gosta de nada e chora convulsivamente em frente ao prato. Num momento está muito bem, no outro não sei bem porquê desata aos gritos e a chorar… será preciso descrever mais cenários, ou o panorama, além de assustador, é bem conhecido dos leitores que todos os dias têm de lidar com as birras dos seus filhos? O pediatra best-seller em Portugal Mário Cordeiro garante: não é anormal fazer birras, nem indica qualquer desvio comportamental. Os pais não precisam de se sentir envergonhados e é normal os pais sentirem-se cansados e esgotados perante as birras. Impotentes sem saberem como actuar. A birra é apenas uma expressão de uma multiplicidade de sentimentos, logo, para a compreender há que perceber a sua relação com esses mesmos sentimentos, designadamente o medo e a frustração, o temperamento individual e as etapas do desenvolvimento da criança. Neste livro prático, Mário Cordeiro aborda o tema dos medos e das birras, nas suas mais diferentes situações: à mesa, no banho, no carro, na escola, nas férias, nas compras… Cenários onde a criança tem sono, fome, está cansada, se vê num ambiente estranho, frustrada ou perante estranhos, e explica-lhe como deve actuar em cada uma delas: Mantenha-se calmo perante uma birra; Levemos a criança para um local onde possa dar-lhe apoio e conversar sem outras pessoas a comentar, a incomodarem-se ou a darem palpites sobre o que fazer; Diga à criança que gosta dela e que ela é querida, embora o comportamento esteja a ser duvidoso. -
O Livro da Criança - Do 1 aos 5 AnosEm O Livro da Criança, o pediatra Mário Cordeiro fala-nos das crianças do 1 aos 5 anos. Embora não tenhamos memórias vivas deste período, trata-se de uma fase marcante das nossas vidas, já que é nestas idades que se estabelecem os princípios e valores, o sentimento social e a segurança afectiva. Em que os neurónios se organizam como nunca mais na nossa vida, e em que o cérebro fisicamente se desenvolve em dependência com o ambiente, o afecto, as regras e o contexto familiar e social. É também neste período que se dá a importante passagem da linguagem pré-simbólica para a linguagem simbólica.Para além da alimentação ou da higiene, sempre fundamentais quando se fala de uma criança, do 1 aos 5 anos há outras questões que preocupam os pais: - Como lidar com uma birra? - Como ensinar o meu filho a deixar as fraldas? - O que fazer quando as refeições se tornam intermináveis? - Como acompanhar o meu filho na escola? - O que fazer quando pedem chocolates, gomas e refrigerantes? – Quando deve o meu filho começar a aprender uma segunda língua? - Há «horas de ir para a cama»? - Como controlar as horas em frente da televisão? – Como posso explicar ao meu filho que não posso comprar tudo o que ele quer? – Como descodificar o choro, a agressividade, a raiva? -
1333 Perguntas para Fazer ao Seu PediatraAlimentação, sono, crescimento, higiene, desenvolvimento, educação, escola, brincar, sexualidade, acidentes, saúde.Ter dúvidas é próprio da parentalidade ou não vivia o ser mãe e o ser pai com amor, afeto, preocupação e interesse. Mais, o crescimento e o percurso de vida da criança revelam-se por questões que, no dia a dia, incomodam, perturbam e causam stresse. Ter filhos também é isso: ganhar cabelos brancos. Mas se pudermos viver o quotidiano com menos ansiedade, viveremos mais felizes e teremos tempo e disponibilidade para investir noutros aspetos mais interessantes deste fantástico fenómeno de sermos mães ou pais. Durante muitos anos fui escutando as questões que os pais me traziam - e fico grato a todos os que o fizeram, porque confiaram em mim - e recebo e-mails e mensagens com perguntas, que para muitas pessoas poderiam ser banais e «comezinhas», mas que ficam a «morder» e prejudicam a tranquilidade da vida diária. Como pai, sei também «na pele» o que isso é.A minha função como pediatra, para lá de promover a saúde das crianças e identificar e prevenir a doença, é ajudar os pais a ter uma parentalidade feliz e gostosa. Neste livro decidi reunir 1333 questões. São muitas. Mas estou certo de que, ao lerem-nas, se identificarão com a maioria delas. Do sono à alimentação, passando pelo crescimento e desenvolvimento, sexualidade, brincar, escola e educação, birras, vacinas, amigos. Bom, já viram que os temas são muitos e que justificam tantas questões. São 1333 perguntas, mas podiam, certamente, ser muitas mais.
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Manual de EpidemiologiaA epidemiologia é, atualmente, uma área fundamental na formação na área das ciências da saúde. Seja a nível laboratorial ou de saúde pública, as aplicações da epidemiologia são variadas, ajudando a compreender como se distribuem os fenómenos relacionados com a saúde e a doença e os seus determinantes. Resultado da prática de ensino da epidemiologia, este livro abrange os aspectos essenciais da epidemiologia, nomeadamente no que diz respeito ao método epidemiológico e aos seus pressupostos, aos principais desenhos de estudo e às medidas de frequência e de associação e risco. Aborda, ainda, as questões da causalidade em saúde. Com uma maior preponderância da epidemiologia observacional, analisam-se, ainda, as questões éticas inerentes à investigação epidemiológica e apresenta-se um guia prático para a elaboração de projetos de investigação tendo por base as orientações internacionais mais recentes. -
De Alma a Harry: crónica da democratização da saúdeEste livro é sobre as ideias que têm influenciado o mundo da saúde e sobre algumas das pessoas que as protagonizaram. É também sobre o que é que estas ideias podem significar para o bem-estar das pessoas, na sua vida de todos os dias. Advoga a necessidade de comunicar de forma tangível noções complexas, dando-lhes vida em cenários da história e da actualidade da saúde. Sem comunicar melhor dificilmente haverá progressos na democratização da saúde. O livro conduz-nos para junto do que pensaram e fizeram, em Portugal, pessoas excepcionais que já nos deixaram, como Arnaldo Sampaio, Gonçalves Ferreira, João dos Santos e Torrado da Silva, entre outros, ao mesmo tempo que torna mais acessível ao leitor português o pensamento e a acção de personalidades internacionais influentes como Hafden Mahler, Jo Asvall e Ilona Kickbusch. Expõe avanços exaltantes e atrasos deprimentes, continuidades e rupturas, fronteiras que separam e pontes que aproximam. Para este efeito transporta-nos das savanas soalheiras de África, com seus mártires e heróis, até ao Centro Médico do Texas, de cirurgiões super-stars como Michael DeBakey e Denton Cooley, das praias da Dinamarca onde se queimam fogueiras pagãs no dia mais longo do ano, até à longínqua Alma Ata nas planuras do antigo Turkistão. Este livro procura saber do que são feitos os grandes empreendedores públicos da saúde, como os acima citados, mas inclui também organizadores excepcionais como Coriolano Ferreira, homens competentes e discretos como Augusto Mantas, inovadores como Deolinda Martins, para não falar em todos aqueles que conhecemos ainda no activo. Convida-nos a recuperar e aperfeiçoar estes bons exemplos, indispensáveis para uma melhor governação da saúde.PREFÁCIO Desde o ano 2000, altura em que comecei a desempenhar as funções de Director Regional da Organização Mundial de Saúde na Europa, que me têm perguntado frequentemente, sobre como vejo o futuro da saúde, a médio e longo prazo e o que pensamos fazer na Organização para influenciá-lo. A necessidade de pensar o futuro é cada vez mais evidente. A Estratégia de Saúde da OMS para a Europa, denominada "Saúde 21" convida-nos a fazer isso mesmo. O programa das Nações Unidas contra a pobreza, adoptado em 2000, pela sua Assembleia-Geral, identifica metas de desenvolvimento para o novo milénio. Trabalhar para o futuro da saúde requer sempre um exercício de antecipação, muitas vezes difícil, sobre os desafios que nos aguardam. O tempo e os calendários deste processo de antecipação, racionalização e planeamento, são particularmente importantes, especialmente no sector da saúde. Os sistemas de saúde são muitas vezes demasiado complexos, rígidos e difíceis de mover. A sensibilidade da opinião pública nesta matéria de saúde, a importância dos interesses profissionais, e a forma como funcionam as agendas políticas, têm constituído no passado, fortes obstáculos para a reforma desta saúde. Portanto, começar a pensar e a actuar a tempo, é indispensável no domínio da saúde. No entanto prever o futuro é uma operação arriscada para todos os que se atrevem a fazê-lo. No início deste novo século em que há pouco entramos, é bom ter em mente aquilo que os peritos em saúde pública diziam há 20 ou 30 anos. Nessa altura todos diziam que o tempo das doenças transmissíveis tinha terminado, e que isso tinha significado uma grande vitória para a saúde pública. Agora a prioridade passava a estar nas doenças "não transmissíveis" e nos seus factores de risco. E no entanto surgiu a SIDA e a tuberculose pulmonar reemergiu. Mais recentemente apareceu a SARS e outros riscos infecciosos, como a gripe das aves. Não foi fácil aos sistemas de saúde adaptarem-se às novas situações. Assim, temos que ser realistas ao pensar no futuro, e a primeira lição a tirar do passado recente é a de que estas crises inesperadas vão-se repetir provavelmente no futuro. Por isso uma das nossas prioridades é assegurar que os sistemas de saúde aprendam a conviver melhor com este tipo de incertezas e se preparem também para responder rápida, eficiente e eficazmente a estas situações. Mesmo sem saber da natureza da próxima crise que nos espera, é possível trabalhar utilmente para criar os sistemas de detecção precoce e resposta rápida de que necessitamos para fazer face a estes desafios no futuro. Recentemente, tivemos mais uma vez a ocasião, aqui na OMS da Região Europeia, de pensar as nossas prioridades de acção para os próximos cinco anos. A minha primeira, prioridade para além da já citada necessidade de melhorar a nossa capacidade de resposta para situações de crise, está na melhoria dos sistemas de saúde e dos recursos humanos que os servem. Pensamos que este objectivo pode assentar em quatro pilares fundamentais. O primeiro pilar é o de assegurar um acesso real a todos os cidadãos, não só aos cuidados de saúde, mas também à promoção da saúde, à prevenção da doença e à informação de saúde. O segundo pilar para o desenvolvimento do sistema de saúde está na melhoria da qualidade dos cuidados e da segurança dos doentes. É quase chocante que os serviços de saúde possam ser arriscados para o doente. Os serviços de saúde não podem ser mais descuidados com a segurança dos seus doentes, do que as companhias de aviação o são com os seus passageiros. Ninguém entra num avião se não estiver convencido que o piloto goza de boa saúde, teve um exame médico recente, e que o avião cumpriu escrupulosamente as regras de segurança. O terceiro pilar tem a ver com a participação e envolvimento do cidadão nas decisões sobre a sua saúde. E este é um aspecto onde se têm verificado muitos progressos ultimamente. As novas tecnologias da informação e da comunicação dão aqui uma boa ajuda. Finalmente, o último deste pilares tem a ver com a questão, sempre sensível, de saber qual é a melhor forma de utilizar os recursos humanos e financeiros da saúde Esta não pode ser considerada uma questão de somenos importância. É preciso aprender com o que se faz noutros sectores. Mas a saúde não é um empreendimento qualquer. É necessário estabelecer delicados equilíbrios entre as leis do mercado e fortes valores humanos e sociais. Isso exige capacidade, vontade e coragem política. Com sistemas de saúde de qualidade insuficiente não é possível responder bem aos mais importantes desafios da saúde. O SIDA e a infecção pelo HIV é hoje o principal problema global da saúde. Não só é uma doença grave para as pessoas, mas também é hoje uma questão de credibilidade para os sistemas de saúde. É importante que se cumpra o objectivo da OMS de proporcionar medicamentos para 3 milhões destes doentes até fim de 2005 (o programa "3 em 5"). Este sucesso pode mobilizar novos recursos para a luta contra esta doença e ter assim um efeito multiplicador. É, no entanto, importante não esquecer outras doenças transmissíveis graves como a tuberculose pulmonar. Esta doença atingiu proporções muito preocupantes nalguns países da antiga União Soviética. Na minha lista de prioridades para a Europa, a obesidade vem a seguir. A luta contra a obesidade tem muitas facetas. Tem a ver com a possibilidade de mudar os hábitos alimentares das pessoas, mas também com a forma como a oferta e os mercados alimentares funcionam. Como alguém disse "não é razoável esperar que os consumidores tirem o sal e o açúcar escondidos nos produtos alimentares que compram". Podemos aprender com a história da luta contra o tabaco. Ao contrário do que pudemos fazer com o tabaco, aqui deverá ser possível estabelecer boas parcerias com aquela indústria alimentar disponível para uma atitude de promoção de saúde. É possível estabelecer parcerias em que ambas as partes ganhem - a saúde e a indústria alimentar. A recente convenção à escala mundial, liderada pela OMS, para a luta contra o tabaco encerra lições importantes para a saúde pública do futuro. Mas não é por começarmos a falar mais de obesidade, que nos devemos esquecer daqueles que ainda morrem de fome. O mundo globalizado onde hoje se vive, assim como as suas instituições de saúde, têm que fazer melhor do que aceitar passivamente esta contradição impressionante: enquanto uma parte do mundo está preocupada com excessos alimentares, uma outra, não tem literalmente o que comer. Seja qual for a perspectiva ou as prioridades que adoptemos para a saúde pública, existe um aspecto que assume hoje uma grande importância. Este é o domínio do conhecimento e da evidência. Só a evidência científica relevante pode assegurar acção com sucesso. Damos grande importância a este aspecto. Para além do Observatório sobre Sistemas de Saúde localizado em Bruxelas, instituímos mais recentemente a "Health Evidence Network" (HEN) cuja missão é promover o acesso à melhor evidência disponível aos decisores da saúde. Ao olharmos para o futuro não devemos esquecer de aprender com os sucessos do passado. Nos últimos anos fizemos importantes progressos na área da saúde mental e na da saúde ambiental, foi possível anunciar uma Europa sem poliomielite. Esperamos que em 2010 seja possível anunciar a erradicação do sarampo. Foi um momento de particular emoção para mim, aquele em que, depois de anos de uma guerra terrível, pudemos reunir à volta de uma mesa com todos os Ministros de Saúde dos países da ex-Jugoslávia, para cooperarmos no campo da saúde. A saúde tem algo que fazer pela paz e a paz pode fazer muito pela saúde. Para mim, esta experiência confirmou o papel da saúde como "mediador da paz" e a OMS como uma Organização que promove valores essenciais para o futuro da humanidade. Isto é uma parte importante da "governação ética" que a OMS procura promover a todos os níveis. Isso faz-se com pessoas e com ideias. É por isso que é importante conhecer a história das ideias e das pessoas no desenvolvimento dos sistemas da saúde. Poucas pessoas podem contar esta história tão bem como Constantino Sakellarides. Conhece-a porque a viveu sempre de uma forma muito apaixonada. Não é pessoa de emoções ligeiras. Constantino Sakellarides foi, nos tempos mais recentes, a pessoa mais influente e mais determinada, dentro da Organização, em fazer com que a OMS se dedicasse com mais profundidade ao estudo da evolução dos sistemas de saúde na Europa e desse à melhoria dos sistemas de saúde maior importância política. Como Director para a Política e Serviços de Saúde, promoveu e liderou a Conferência Internacional de Ljubljana em 1996, sobre este tema. O extenso trabalho de preparação desta Conferência Europeia da OMS, promoveu as capacidades humanas e analíticas que permitiram, pouco depois, o lançamento do Observatório Europeu dos Sistemas de Saúde. Mas é o trabalho no terreno, país a país, de que Constantino Sakellarides sempre foi grande apreciador e cultor, aquilo que acaba por dar às ideias o toque de realidade e proximidade, que lhes faz sempre falta. MARC DANZON Director Regional da OMS para a EuropaÍNDICE Prefácio de Marc Danzon Prólogo: Conversas de Verão 1. Uma Lua para Todos Vila Gouveia (Moçambique), Houston (Texas) e Lisboa, em 1968 2. A Beleza das Leiteiras Apontamentos da História da Saúde até Bismarck 3. De Bismarck a Cohn-Bendit Dos seguros de saúde até o Serviço Nacional de Saúde. 4. O Professor do Púngue Saúde em Moçambique - Deolinda Martins e Arez da Silva 5. Primavera em Portugal Gonçalves Ferreira, Arnaldo Sampaio e o SNS. 6. A Grande Ideia Cuidados de saúde primários, Alma Ata e Hafden Mahler 7. O Esteta do Conhecimento Ciências da Saúde nos Estado Unidos - Reuel Stallones 8. Cegueira Curável Estratégias de Saúde e Jo Asvall 9. Dançar Pode Fazer Mal Promoção da saúde e Ilona Kickbusch 10. Rosto e a Máscara Saúde mental infantil e João dos Santos 11. Homens de Incorrigível Esperança Acção no espaço local - Tudor Hart e Torrado da Silva 12. Escola, SA Sistemas de saúde e as culturas dos países do sul da Europa 13. O Pêndulo de Touraine Apontamentos sobre a saúde em Portugal nos últimos 20 anos 14. A Bela e o Monstro Governação da saúde 15. Mãos Invisíveis A Europa, os Estados Unidos e as influências globais 16. O Comboio de Oeiras Empresas e serviços públicos - o empreendedor público da saúde -
NeurociênciasEste é um livro de texto abrangente destinado principalmente a estudantes das áreas da saúde, sobretudo medicina e das áreas das neurociências, neuroanatomia, neurofisiologia e neurobiologia. Dada a forma como foi concebido, é também uma referência para os profissionais e estudantes das áreas da psicologia, biologia celular, bioquímica, biologia molecular, genética, ciências farmacêuticas e outras áreas da ciência relacionadas com as neurociências. Esta obra foi escrita por destacados professores, investigadores e profissionais especializados nos tópicos que redigiram, sendo coordenada por três conceituados investigadores da Universidade de Coimbra. Os capítulos são profusamente ilustrados com figuras originais que descrevem os conceitos teóricos abordados pelos autores e que foram elaboradas por profissionais que se dedicam ao estudo e investigação na área, o que a torna única. Os conteúdos foram organizados em duas partes: uma dedicada ao desenvolvimento, à estrutura e à função do sistema nervoso, e outra mais orientada para a clínica. Acreditamos que esta obra, atual e rigorosa, será um marco na história das Neurociências em língua portuguesa.Vários -
A Atividade do Médico e Cirurgião Bissaya-Barreto nos Hospitais da Universidade de Coimbra (1911-1956) - Contributos para a História da Medicina e Cirurgia em PortugalVisando retraçar, analisar e compreender a relação entre Bissaya-Barreto, a Medicina e Cirurgia, a presente tese parte de um quadro teórico e conceptual, incluindo o tema, a problemática, o objeto de estudo, a historiografia, fontes e metodologia, delimitação cronológica e estrutura. -
Dislexia - Teoria, Avaliação e IntervençãoA aprendizagem da leitura é uma competência complexa, que requer a conversão de grafemas nos fonemas correspondentes, envolvendo um adequado funcionamento de diversas funções neurocognitivas e a ativação de diferentes substratos neuronais. Para as crianças com Dislexia esta aprendizagem é particularmente difícil, morosa e, muitas vezes, frustrante, provocando um crescente desinteresse pelo processo geral da aprendizagem e um risco acrescido de insucesso escolar. A Dislexia é uma Perturbação do Neurodesenvolvimento de origem multifatorial (e.g., genética, neurofuncional, neurocognitiva), que conduz a dificuldades na descodificação de palavras, na fluência leitora, no reconhecimento global da palavra e na competência ortográfica.Este livro reúne um conjunto articulado de capítulos que aborda os diversos modelos conceptuais, a natureza neurobiológica, o perfil endofenótipo tipicamente encontrado nas crianças disléxicas, as alterações nos processos leitores e ortográficos, bem como as questões em torno da avaliação e dos modelos de intervenção reeducativa.Dada a especificidade das temáticas abordadas e a importância de melhor compreender os fatores implicados na aprendizagem da leitura e na Dislexia, esta obra constitui-se como um recurso indispensável a psicólogos, professores, terapeutas da fala, médicos, sendo útil também para pais e outros técnicos de saúde e educação. -
Pesos e Porções de AlimentosA avaliação da ingestão alimentar requer a quantificação da porção de cada alimento consumido. Obteve-se a porção média de alimentos a partir de pesagens efetuadas por um grupo constituído por cinco nutricionistas.À semelhança da segunda, a presente edição do manual resulta da necessidade de adicionar novos alimentos e de reformular alguns valores de alimentos já apresentados. Adicionalmente, são apresentadas outras formas de apresentação, visando responder às necessidades demonstradas por utilizadores das edições anteriores, nas diferentes áreas de aplicação deste manual. -
Psicologia na MedicinaEscrita por autores nacionais dedicados quer à prática clínica quer ao ensino universitário, a obra destina-se a todos os interessados no exercício de uma medicina centrada no doente.