Aforismos (Escritos na Localidade Histórica de Zürau) - Edição Bilingue

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Depois de lhe ser diagnosticada uma tuberculose dos dois vértices pulmonares, e por recomendação do médico, Franz Kafka parte para Zürau. Contrariamente ao que se poderia imaginar, a perspectiva de abandonar Praga era-lhe agradável: podia assim «libertar-se finalmente de todas as obrigações (o trabalho extenuante no escritório em Praga, o "sofrimento de cinco anos" do noivado e o convívio diário e silenciosamente conflituoso com os pais)», e dedicar-se ao que o movia — a literatura. É nessa «pequena e humilde aldeia, perdida na peneplanície do Noroeste da Boémia, com pouco mais de trezentos habitantes, que se dedicam essencialmente à agricultura», que Kafka passa os oito meses seguintes, interrompidos por visitas esporádicas à cidade que pela primeira vez deixara para trás.
Isolado, dedica-se durante algum tempo a ler apenas, sem escrever, os autores que admirava, sobretudo Kierkegaard, sentindo grande empatia por ele (partilhavam o amor pela filosofia, assim como alguns aspectos da vida pessoal). «Em Zürau, Kafka está interessado mais naquilo que é o fundamento das coisas, nas questões da identidade, do significado, nas questões da vida e morte (Cf. Reiner Stach, op. cit., p. 228). Estas cogitações levam-no a registar nos cadernos in octavo apontamentos que parecem antes fragmentos de narração, pequenos versos ou mesmo parábolas.»
E assim nascem os «aforismos» que deram origem a este livro.
(as citações foram retiradas da apresentação deste livro, por Álvaro Gonçalves)

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Editora Assírio & Alvim
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Autores Franz Kafka
Franz Kafka

Franz Kafka nasceu em 1883, em Praga, no seio de uma família da pequena burguesia judia de expressão alemã. Começou a escrever os seus primeiros textos em 1904. Em 1906, terminou os seus estudos universitários, doutorando-se em Direito. Em vida, publicou apenas sete pequenos livros e alguns textos em revistas. De entre estes livrinhos e textos, destaca-se A Metamorfose, que veio a lume em 1915. Esta pequena novela viria a afirmar-se como uma das suas obras de referência. A 3 de junho de 1924, não resistindo à tuberculose diagnosticada em 1917, morre em Kierling, a poucos quilómetros de Viena, deixando três romances fragmentários, que seriam publicados postumamente pelo seu amigo e testamenteiro Max Brod: O Processo (1925), O Castelo (1926) e América (1927), a que se seguiram volumes com contos, cartas e diários. A sua obra, centrada no homem solitário moderno, refém de uma vida absurda, tornar-se-ia uma das mais influentes do mundo literário do século XX.

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