Almas Mortas
Almas Mortas é o grande romance de Nikolai Gógol, autor ucraniano que escreveu em russo.
A narrativa começa com a chegada de Tchítchikov a uma cidade provinciana da Rússia czarista, onde os servos estão presos à terra dos grandes proprietários. Divertido, astucioso, mundano, Tchítchikov seduz rapidamente os locais e cativa as mulheres com as suas boas maneiras, mas depressa se revela a estranheza das suas intenções ao serviço de um imaginativo negócio. Tchítchikov pretende comprar «almas mortas», isto é, servos já falecidos mas que ainda constam do recenseamento como vivos. A operação é facilitada pelo facto de os proprietários terem de pagar impostos pelos servos, incluindo os que morreram nos últimos anos.
Verdadeira comédia negra, o romance denuncia as fraquezas do Império Russo, a corrupção das elites e a miséria dos camponeses.
Pelo livro desfilam personagens que vão desde a velha proprietária avarenta e alcoólica ou dos militares obcecados com o jogo até aos funcionários venais e às mulheres atentas às modas moscovitas.
A primeira parte da obra foi publicada em 1842 e provocou escândalo, o que levou Gógol a queimar os manuscritos do segundo tomo, de que só uma parte foi resgatada.
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Coleção | Clássicos |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Nikolai Gógol |
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O Capote«O Capote é um texto inovador: contribuiu para a 'invenção' da cidade 'mais fantástica do mundo' (Dostoiévski) sem a qual não teriam sido possíveis as Petersburgos de Dostoiévski, Blok, Andrei Béli, Mandelstam, a Praga de Kafka, a Berlim de Benjamin, etc. A cidade onde os homúnculos frustrados e solitários de Gógol se perdem e perdem o que têm de mais íntimo (o nariz, o juízo, a identidade, o capote). É também um texto inovador na sua forma sacudida, na alternância de estilos contraditórios, nas hipérboles grotescas e, sobretudo, na assumpção da artificialidade da coisa escrita, na constante auto-ironia do que vai sendo escrito, criando uma distanciação ou uma ruptura do texto com o real cujo resultado é, contudo, uma estranha verosimilhança, uma aproximação do fantástico ao real (à falta de melhores palavras, um crítico russo chamou-lhe 'fantasia sem fantástico'), da vida à morte, do escrito ao vivido. Em minha opinião, neste aspecto Gógol é ainda hoje inimitável.»Filipe Guerra -
Almas MortasSe Púchkin foi o grande poeta da literatura russa moderna, Nikolai Gógol foi o seu grande prosador e Almas Mortas o seu grande livro. Este escritor ucraniano imaginou uma grande obra épica que não só retratasse a Rússia como lhe delineasse o futuro. Imaginou essa obra em três “tempos”, à maneira de A Divina Comédia, por esta ordem: o inferno, o purgatório, o paraíso. Pelas vicissitudes da sua vida e do seu percurso espiritual, Gógol ficou-se pelo inferno, ou seja, pelo I Tomo de Almas Mortas, que aqui apresentamos traduzido do original russo. Conta a chegada do vigarista Tchíchikov a uma cidade provinciana da Rússia esclavagista com o intuito de comprar aos senhores da terra locais, para fins inconfessáveis, “almas mortas” (servos da gleba já falecidos mas que ainda constavam dos registos de recenseamento como vivos). Estilo mordaz mas subtil, uma veia satírica e uma escrita moderna ainda hoje inimitáveis — é assim Almas Mortas.Gógol ficou-se pelo primeiro tomo porque queimou por duas vezes os manuscritos do segundo. Abençoado auto-de-fé: no que restou do segundo tomo (salvaram-se do fogo cinco capítulos, cuja tradução está também incluída nesta edição), o seu humor corrosivo já só aflora de vez em quando, a preocupação religiosa do autor em regenerar as almas e o seu afã em reanimar uma ordem social moribunda teriam deixado o resto de Almas Mortas a grande distância da parte genial publicada. -
O Retrato«[ ]Este O Retrato é o mais romântico dos contos de Petersburgo, quanto mais não seja pelo tema central o pacto com o demónio. É também uma profunda reflexão sobre a vida e a arte (a arte imitação da natureza ou imitação de Deus?), prefigurando o grande dilema da vida e da obra do próprio Gógol, do seu próprio destino: vamos encontrar em O Retrato o delineamento das grandes contradições que envolveram a criação de Almas Mortas, a grande hesitação e, finalmente, o repúdio da segunda parte deste livro, a queima da obra espúria, etc.É também, evidentemente, um conto sobre a cidade castradora Petersburgo. Desta vez, é um pintor que se vê privado do seu talento por obra do excesso de realismo e da ambição de glória e riqueza que nele desperta a cidade Tal como nos outros contos de Petersburgo, com Gógol quase acreditamos que o mal não é russo e que Petersburgo não é Rússia: aqui, entre os pobres cinzentões de Kolomna (bairro periférico a oeste de Petersburgo), o Diabo é ardente, agiota e estrangeiro »Filipe Guerra -
MírgorodMírgorod, editado pela primeira vez em 1835, é constituído pelas “histórias que são a continuação de Noites na Granja ao pé de Dikanka”, como diz o autor numa epígrafe. Inclui três contos famosos: “Um casal à antiga”, “Víi” e “História de como se zangaramIvan Ivánovitch e Ivan Nikiforovitch”, e a não menos famosa novela “Tarás Bulba”.Este livro de Gógol revela com grande simplicidade a arte do grande escritor russo em formular os mais contraditórios e, ao mesmo tempo, inseparáveis aspectos da vida: o triste e o cómico, o medíocre e o grandioso, o estúpido e o comovedor, o real e o fantástico. -
O Inspector - Comédia em Cinco ActosA publicação de O Inspector em português é a nossa homenagem a Gógol na passagem do bicentenário (1 de Abril de 1809) do seu nascimento. O Inspector foi estreado em19 de Abril de 1836 noTeatro Aleksandrínski de Petersburgo, na presença do imperador e da alta sociedade. Foi um êxito e um escândalo: a farsa foi aplaudida pelos liberais e atacada pelos conservadores. A partir de então, como era habitual no instável Gógol um fervoroso conservador , instalou-se um grave mal-entendido entre a peça e o seu autor, e este passou a justificar-se, a arranjar, a reescrever a sua comédia durante mais de 10 anos. Mas era uma comédia que já não lhe pertencia e seguia o seu caminho com independência e fereza. «O Inspector é o ponto culminante do riso na obra de Gógol, a sua criação mais cómica, mais irremissivelmente cómica», diz Andrei Siniávski, o grande especialista russo da obra de Gógol.No entanto, a natureza ambivalente do homem e do artista Gógol os elementos antinómicos de pesadelo de um lado e os do riso desenfreado do outro traçam juntos as linhas definidoras desta comédia que revolucionou o teatro russo.Otema do falso inspector foi-lhe dado por Púchkin («dê-me um tema, divertido ou não, mas que seja um episódio verdadeiramente russo»assim escreveu o autor ao seu poeta protector), e deve sublinhar-se este verdadeiramente russo. -
Almas MortasSe Púchkin foi o grande poeta da literatura russa moderna, Nikolai Gógol foi o seu grande prosador. E Almas Mortas o seu grande livro. Este ucraniano, morto de doença nervosa e desespero espiritual aos 42 anos, imaginou uma grande obra épica que não só retratasse a Rússia como lhe delineasse o futuro. Imaginou essa obra em três tempos, à maneira da Divina Comédia, por esta ordem: o inferno, o purgatório, o paraíso.Pelas vicissitudes da sua vida e do seu percurso espiritual, Gógol ficou-se pelo inferno, ou seja pelo primeiro tomo de Almas Mortas, que aqui apresentamos traduzido do original russo. Conta a chegada do vigarista Tchítchikov a uma cidade provinciana da Rússia esclavagista com o intuito de comprar aos senhores da terra locais, para fins inconfessáveis, «almas mortas» (servos da gleba já falecidos mas que ainda constavam dos registos de recenseamento como vivos).Estilo mordaz mas subtil, uma veia satírica e uma escrita moderna ainda hoje inimitáveis, aprofundamento dos caracteres até ao osso - é assim Almas Mortas.Gógol ficou-se pelo primeiro tomo porque queimou por duas vezes os manuscritos do segundo. Abençoado auto-de-fé: no que restou do segundo tomo (salvaram-se do fogo cinco capítulos, cuja tradução está também incluída nesta edição), o seu humor corrosivo já só aflora de vez em quando, a preocupação religiosa do autor em regenerar as almas, o seu afã em reanimar uma ordem social moribunda teriam deixado o resto de Almas Mortas a grande distância da parte genial publicada. -
Contos de São PetersburgoEstão aqui reunidas as cinco «Histórias de Petersburgo», «Avenida Névski» (1834), «Diário de um Louco» (1834), «O Nariz» (1836), «O Retrato» (1841) e «O Capote» (1841). Acrescentou-se «A Caleche» (1836), pequeno conto que alguns autores integram neste ciclo. Trata-se do chamado «segundo período» da obra do autor, que se seguiu ao período das histórias ucranianas, «Noites na Granja ao pé de Dikanka» e «Mírgorod». Estes contos do fantástico-real (ou real-fantástico?), integrando o humor e a sátira inconfundíveis de Gógol, tiveram grande influência no ulterior desenvolvimento da prosa literária russa e, também, no de todas as literaturas ocidentais. A modernidade das propostas de Gógol continua mais viva do que nunca nestas histórias em que a personagem principal é a cidade de Petersburgo: mesquinha, sufocante, ridícula, irrisória e ilusória. -
O Casamento e Outras PeçasCom O Casamento, Os Jogadores (peças acabadas) e os «fragmentos e cenas», contidos neste volume, fica abrangido o essencial da obra dramática de Nikolai Gógol. Realçamos a importância de O Casamento, uma farsa que evoca a trivialidade do mundo – o herói é um poltrão, um homem inconsistente, que inquieta pela sua vulgaridade. Como tudo em Gógol acaba por ser «autobiográfico», não é difícil descortinarmos na incapacidade desta personagem para se decidir a favor ou contra o casamento uma similitude com a falta de vontade crónica do próprio Gógol, que pedia a opinião de toda a gente para depois fazer precisamente o contrário (como descobriu Jean Nivat no decurso dos seus estudos profundos sobre a obra e a vida do autor). -
Roma - Fragmento«Roma é um fragmento do romance inacabado Annunziata, em que Nikolai Gógol trabalhou entre 1836 e 1839. Numa carta de 1838, Gógol escreveu: Quando, finalmente, voltei a ver Roma, oh, quanto mais bela me pareceu! Foi como se visse a minha pátria Não, não é bem assim, não vi a minha pátria, mas a pátria da minha alma aquela onde a minha alma tinha vivido antes de mim O fragmento foi publicado pela primeira vez na revista Moskvitiánin, em 1842.» -
Tarass Bulba, o CossacoA saga do velho coronel cossaco Tarass Bulba que parte com os seus dois filhos para os iniciar na vida dos cossacos, é uma ode à vida livre e honrada dos grandes guerreiros das estepes em conflito constante com a Rússia, a Polónia, os Tártaros e os Turcos. Contudo, o equilíbrio familiar é perturbado durante a viagem a uma cidade na Ucrânia quando Oslap, o filho mais novo de Tarass Bulba descobre numa cidade sitiada pelos cossacos a bela filha do governador polaco por quem se apaixonara quando estudava em Kiev.Grande percursor do romance histórico moderno, texto romântico vibrante pleno de batalhas e confrontos épicos, do folclore da vida dos cossacos, dos preconceitos sociais da época e da região, de paixões arrebatadoras, Tarass Bulba, o Cossaco é a exaltação dos valores cossacos e de um tempo que dificilmente voltará.Traduzido pela primeira vez do original russo, a obra-prima de Gogol que escandalizou a Rússia. Esta edição única junta no mesmo volume o conto original de 1835 que foi censurado pelas autoridades russas por ser "demasiado ucraniano" e a novela de 1842 reescrita pelo autor e que foi divulgada no mundo ocidental. Em conjunto as duas versões da história explicam em muito o conflito Rússia-Ucrânia ao longo dos tempos e sobretudo em tempos recentes.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet