ARCUEIL é o disco mais recente da pianista portuguesa Joana Gama. Trata-se do segundo capítulo do seu trabalho em torno de Erik Satie, no seguimento de SATIE.150 (2017). Neste disco a obra de Satie dialoga com a de compositores como John Cage,
Morton Feldman, Federico Mompou, Marco Franco e Vítor Rua, que com ele partilham uma certa ideia de simplicidade e economia de meios. Às peças gravadas junta-se, no livro que o acompanha, um conjunto de criações extra-musicais, seja texto, desenho ou gravura, que inclui obras inéditas de Marco Franco, Nuno Moura, Ricardo Jacinto, André La anjinha, Tiago Cutileiro e Vítor Rua. Arcueil é o nome do subúrbio parisiense onde Satie viveu os últimos 27 anos da sua vida.
Amor. Sexo. Maternidade. Amor. Amor outra vez. Medo. Ansiedade. Amor. Morte. Insegurança. Amor. E mais uma vez o amor. Neste livro, Joana aborda temas difíceis, e ainda tabu, em textos escritos de uma forma crua, despretensiosa e verdadeira, com medo de falhar e de se expor, mas com coragem suficiente para avançar, palavra a palavra, frase a frase, por vezes com humor, outras com lágrimas, mas sempre intensos e pessoais.
Já repararam que desde que são semeadas, as árvores permanecem sempre no mesmo sítio, a partir do qual se alimentam, se defendem e se reproduzem? Não são como nós, que nascemos num país e podemos viajar ou até ir morar para o outro lado do planeta. E tal como a música difere de continente para continente, podemos encontrar árvores muito diferentes espalhadas pelo mundo: árvores que são autênticas casas, outras que movem multidões para serem admiradas, outras que produzem material que já chegou à lua… Mas não queremos estragar a surpresa: neste livro, que vem no seguimento do espetáculo homónimo, encontrarão árvores e música para todos os gostos!
Luís Villas Boas é unanimemente considerado o «pai» do jazz em Portugal. Nascido em Lisboa, a 26 de Março de 1924, numa família com fortes tradições musicais e ligada à cultura em geral.A ele se devem a criação do programa de rádio mais influente na divulgação do jazz, Hot Club, transmitido ininterruptamente entre 1945 e 1969, a organização das primeiras jam sessions, a autoria dos primeiros artigos de imprensa informados, a fundação das primeiras instituições jazzísticas nacionais - Hot Clube de Portugal, 1948; Discostudio, 1958; Luisiana Jazz Club, 1965 -, e a produção dos primeiros grandes concertos: Sidney Bechet, 1955; Count Basie, 1956; Bill Coleman, 1959.No final dos anos de 1970 teve um papel decisivo na promoção do ensino, fundando as escolas do Hot Clube de Portugal - onde se têm formado nos últimos cerca de 50 anos as sucessivas gerações de músicos que mantêm o jazz como um género musical vivo -, e do Luisiana Na década de 1980, juntamente com Duarte Mendonça, viria a ter os seus próprios programas de jazz - Aqui Jazz (1978-1979), Jazz Magazine (1978-1979), Club de Jazz (1982-1985) e Jazz para Todos (1986).Para celebrar o 100 º aniversário do nascimento de Luís Villas Boas este livro reúne uma primeira narrativa biográfica e, através de 70 entrevistas à imprensa, rádio e televisão, dá-lhe a palavra, acompanhando a evolução do seu pensamento e acção ao longo de quase 50 anos, bem como o percurso do jazz no Portugal do século XX.
Compositor e escritor, Boucourechliev
evoca algumas das grandes etapas
da linguagem musical, mas também
esclarece o fenómeno da música,
os mecanismos íntimos da composição
e da audição.
[Olhares sobre a música em Portugal no século XIX] é um volume repleto de informação inédita e
profundamente estimulante para todos os que se dedicam aos estudos artísticos e culturais em Portugal,
cuja leitura vem demonstrar a riqueza e complexidade de uma época à qual começamos enfim a prestar
justiça. Com este livro, ficamos a dever à autora a confirmação inequívoca de que a história da música em
Portugal no século XIX merecia, de facto, ser contada. [Paulo Ferreira de Castro].