Arquivo Diogo Seixas Lopes
Este livro reúne a obra escrita de Diogo Seixas Lopes (1972-2016). É um arquivo aberto que preserva a produção textual de um arquitecto convicto do imperativo ético do pensamento, da necessidade de o enunciar e do prazer em escutar as ideias de outros para estabelecer diálogos intelectuais. A compilação tem como objectivo tornar acessível um trabalho até agora disperso em vários suportes e contextos, na expectativa que a sua consulta possa estimular a reflexão crítica e dar um novo folego ao trabalho de descoberta e ruminação de ideias que Seixas Lopes empreendeu.
O livro organiza-se em várias secções que partem das suas contribuições como crítico de música no semanário Já, em 1996, ao roteiro de actividades culturais em Alice, e à crítica de cinema na revista Première, entre 1999 e 2001. Às histórias de Banda Desenhada que produziu entre 1989 e 2002, seguem-se textos XPTO, produzidos em vários contextos, e a secção Música, Cinema & Arte abrange um arco temporal de 1998 a 2006. A Arquitectura ocupa o corpo central do livro, com textos de 1992 a 2016, desdobrando-se também nas secções Prototypo, a revista que co-editou 1999 e 2004, e Jornal Arquitectos, onde escreveu esporadicamente de 2000 a 2012 e da qual foi director-adjunto entre 2013 e 2015. Segue-se O Espelho, um jornal de parede colectivo em que se empenhou entre 2012 e 2014 e que marca a entrada dos dois últimos capítulos. O livro encerra com textos dedicados à sua própria Obra construída e, entre 2009 e 2015, o seu trabalho histórico e teórico dedicado à obra e pensamento de Aldo Rossi.
| Editora | Dafne Editora |
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| Editora | Dafne Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | André Tavares, Diogo Seixas Lopes |
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Duas Obras de Januário Godinho em OvarQuais as possibilidades e os limites implícitos no trabalho de um arquitecto? A partir de duas obras projectadas por Januário Godinho para a então vila de Ovar, o Mercado Municipal e o Tribunal Judicial, este livro ensaia hipóteses para responder a essa pergunta. Ambas as obras conheceram vários projectos e foram amplamente debatidas como elementos transformadores do carácter da vila. Esses debates, as suas variantes, hesitações e progressos, revelam aspectos do que é, ou do que foi, o fazer da arquitectura no século XX em Portugal. Estes projectos atravessaram os primeiros anos do profícuo percurso profissional de Januário Godinho e, o facto de Ovar ser a sua terra natal, fez coincidir o afecto pessoal que tinha pelo lugar com o conhecimento profissional que conduziu à sua transformação física. Para além disso estes foram os principais equipamentos construídos durante aquela época em Ovar, o que permite focar nessas operações um sentido de transformação urbana muito preciso. Este livro engendra-se por entre esse conjunto de coincidências, procurando extrair delas um sentido mais lato sobre as potencialidades que se oferecem ao exercício da arquitectura. -
Uma Anatomia do Livro de ArquitecturaExaminar os cruzamentos entre as culturas do livro e da arquitectura expõe eixos ao longo dos quais o conhecimento circula entre páginas e edifícios e, de novo, regressa aos livros. Seja na celebração de construções específicas ou na produção de livros singulares, as páginas e a impressão são manipuladas para transmitir ideias arquitectónicas.Ao dissecar uma quantidade substancial de livros através de cinco ferramentas conceptuais - textura, superfície, ritmo, estrutura e escala - André Tavares analisa as qualidades materiais dos livros para avaliar a forma como se entrelaçam com o conhecimento da arquitectura. A história detalhada de Befreites Wohnen, de Sigfried Giedion, e as duas encarnações do Crystal Palace em Hyde Park e Sydenham, oferecem um pano de fundo que nos confronta não apenas com o desenvolvimento do livro industrializado, mas também com a sua configuração enquanto poderoso instrumento de comunicação e conhecimento.Profusamente ilustrado com exemplos da biblioteca do Canadian Centre for Architecture, o livre discute um vasto leque de autores, incluindo Vitrúvio, William Morris, Gottfried Semper, El Lissitzky, Le Corbusier, Jacques-Ignace Hittorff, Owen Jones, A. W. N. Pugin, Humphrey Repton, Sebastiano Serlio, Andrea Palladio, John Tallis, Raphael, Viollet-le-Duc, Jean-Rodolphe Perronet, Jean-Nicolas-Louis Durand e Frank Lloyd Wright. -
Melancolia e Arquitectura em Aldo RossiO arquitecto Diogo Seixas Lopes estabelece neste livro uma relação entre sentimento de perda e arquitectura. O conceito de melancolia e as suas variações históricas alumiam o caminho pelas metrópoles urbanas e pelo universo fantasmático de Aldo Rossi, arquitecto até há pouco tempo proscrito como pós-modernista. As obras de Rossi dissociam-se do idealismo utópico moderno, dando forma a uma imensa tristeza histórica, como se observa no Cemitério de San Cataldo, em Modena, o caso de estudo aqui apresentado. Melancolia e Arquitectura em Aldo Rossi é o resultado da tese de doutoramento de Diogo Seixas Lopes, realizada na ETH Zurique, e foi considerado pelo The Guardian um dos melhores livros de 2015 na área de arquitectura. https://vimeo.com/192612267 -
Os Fantasmas de SerralvesCarlos Alberto Cabral foi um industrial têxtil que construiu a Casa e Jardins de Serralves à maneira das villas da aristocracia francesa. Com a agilidade de Marques da Silva, o seu arquitecto, conseguiu articular contributos de outros três arquitectos de destaque em Paris: Jacques-Émile Ruhlmann, Charles Siclis e Jacques Gréber. Exemplar notável das práticas de construção de luxo entre as exposições de Paris de 1925 e 1937, Serralves sintetiza uma ambição de liderança social e espiritual que acompanhou o debate das vanguardas europeias. Durante muitos anos o seu encanto residiu na inacessibilidade de um conjunto privado e misterioso, habitado pelos fantasmas de meninos, lindas senhoras ou industriais ricos e cosmopolitas. Este livro analisa a biografia dos arquitectos franceses e acompanha em detalhe as peripécias, indecisões, avanços e recuos da obra de construção da casa para que seja possível, descomplexadamente, gozar o sol da primavera e da leitura nos jardins públicos de Serralves. -
Vitrúvio Já Não Mora AquiO livro «Vitrúvio já não mora aqui», publicado pela editora Circo de Ideias, com autoria de André Tavares, fotografias de Nuno Cera e prefácio de Pedro Baía, é uma biografia das edições impressas de Vitrúvio. Ao percorrer a história de 500 anos de um livro, torna-se perceptível a permeabilidade que sempre existiu entre o texto teórico e a construção da arquitectura e, em paralelo, os usos e manipulações a que o autor e o tratado «De architectura» se ofereceram.O livro faz parte da colecção «Lições de Arquitectura», um projecto editorial que pretende reunir um conjunto de aulas que retratam o pensamento contemporâneo sobre a teoria e a prática da arquitectura.O projecto editorial contou com o apoio do Laboratório de Paisagens, Património e Território e da Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho e da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
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Direito de Cidade - Da «cidade-mundo» à «cidade de 15 minutos»Criador do conceito mundialmente conhecido de «cidade de 15 minutos», Carlos Moreno propõe soluções para responder ao triplo desafio ecológico, económico e social da cidade de amanhã.Em Direito de Cidade, Moreno questiona a nossa relação com os nossos espaços de convivência e com o tempo útil. Na sua visão de uma cidade policêntrica, as seis funções sociais essenciais — habitação, trabalho, compras, cuidados de saúde, educação e desenvolvimento pessoal — devem estar acessíveis num raio de 15 minutos a pé.O autor lançou um debate mundial ao analisar o complexo e vibrante laboratório ao ar livre que é a cidade, onde se exprimem as nossas contradições e se testam as mudanças nos nossos estilos de vida. Concentrando a maior parte da população mundial, mas também as grandes questões do desenvolvimento humano — culturais, ambientais, tecnológicas ou económicas —, os territórios urbanos estão hoje presos aos desafios do século e devem reinventar-se urgentemente.Ao propor uma descodificação sistémica da cidade, Carlos Moreno avalia os meios e os campos de ação do bem-viver e define as implicações das mudanças aceleradas pela urbanização e pela metropolização. -
Alegoria do PatrimónioNeste livro, a autora trata a noção de monumento e de património histórico na sua relação com a história, a memória e o tempo, analisa os excessos deste novo «culto» e descobre as suas ligações profundas com a crise da arquitectura e das cidades. -
Neutra: Complete WorksOriginally from Vienna, Richard Neutra came to America early in his career, settling in California. His influence on postwar architecture is undisputed, the sunny climate and rich landscape being particularly suited to his cool, sleek modern style.Neutra had a keen appreciation for the relationship between people and nature; his trademark plate glass walls and ceilings which turn into deep overhangs have the effect of connecting the indoors with the outdoors. His ability to incorporate technology, aesthetics, science, and nature into his designs brought him to the forefront of Modernist architecture.In this volume, all of Neutra’s works (nearly 300 private homes, schools, and public buildings) are gathered together, illustrated by over 1,000 photographs, including those of Julius Shulman and other prominent photographers. -
Eiffel TowerCommanding by day, twinkling by night, the latticework wonder of the Eiffel Tower has mesmerized Francophiles and lovers, artists and dreamers for over 125 years. Based on an original, limited-edition folio by Gustave Eiffel himself, this book presents design drawings, on-site photographs, and historical documents to explore the making of a..Vários -
As Origens da ArquitecturaA arquitectura é o conjunto dos cenários artificiais, construídos pela família humana durante a sua presença na Terra, desde a pré-história. Hoje, precisamos de toda essa experiência para enfrentar as tarefas actuais. Esta obra é um relato dos primórdios da Arquitectura, desde a Pré-História. É uma interpretação nova, que alarga as fronteiras da disciplina e propõe uma ideia unitária da tradição de que descendemos. -
Popular Architecture in the Communities of the Alentejo“This is a most impressive dissertation on a subject of enormous importance for future developments in architecture and ways of living, especially at this time of recession and of a new and increasing concern with the environment and sustainability, problems of global warming and of reliance on fossil fuels, destruction of natural biodiversity, corals, rainforests, and a range of species. In such a context, this dissertation makes a remarkable contribution to the task of recreating a better way of life and of building. José Baganha has create, l what must be one of the most complete records of regional architecture and urban planning, methods of construction, use of local materials, relation of vernacular buildings to landscape and to ways of life and work. Among the numerous superb illustrations are sketches and photographs, plans and sections, by the author, ranging from distant views of towns such as Monsaraz and Mértola to decorative details like the sgraffito ornament at Évora. His beautiful photograph of the Praça do Giraldo at Évora with its low arcade and great fountain shows more than any words what we need to preserve and recreate. Considering in his dissertation the damage done to these towns and villages from the 1960s, José Baganha modestly expresses the 'hope that it can be an operating manual for all those intending to intervene in the villages, towns, and cities of the Alentejo. In fact, with his numerous wise recommendations ranging from planning and building to the importance of kitchen gardens and orchards, his dissertation will be a source of inspiration far beyond this region of Portugal. DAVID WATKIN Ph.D, Litt.D, Hon. FRIBA, FSAEmeritus Professor of the History of Architecture -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Monumentalidade Crítica de Álvaro SizaEste livro, publicado pela editora Circo de Ideias, com edição de Paulo Tormenta Pinto e Ana Tostões elege o tema da “monumentalidade” na obra de Álvaro Siza como base de um discurso crítico sobre a arquitectura e o papel dos arquictetos em relação à cidade contemporânea. O Pavilhão de Portugal, projectado para a Expo'98, é o ponto de partida desta pesquisa, apresentando-se na sua singularidade como momento central de um processo de renovação urbana, com repercussões na consciência política do final do século XX. Em Portugal, os ecos dessa política prolongaram-se após a exposição de Lisboa, consolidando uma ideia urbanística que vinha sendo teorizada desde o final da década de 1980. A leitura dos territórios num tempo longo e a imersão na cultura arquitectónica são pressupostos invariáveis na abordagem de Siza e alicerces discursivos sobre a “monumentalidade”.