Arte de Ser Português
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O Arte de Ser Português tem um propósito pedagógico, pretendendo descrever, de forma verdadeira, o conjunto de características que definem Portugal e os seus habitantes. Para que melhor se modelem as juvenis almas portuguesas, Teixeira de Pascoaes propõe o ensino de noções gerais sobre o País, caracteriza as qualidades e os defeitos da “alma pátria”, sugere a forma mais adequada de cultivar o sentimento de sacrifício e explica o idealismo português.
Julgando ter dado à estampa um manual, Teixeira de Pascoaes ambicionou que nascessem “bons portugueses” da leitura deste livro, quando, na verdade, tinha imaginado uma história em que Portugal era a personagem principal e ser português constituía uma nova forma de arte.
| Editora | Assírio & Alvim |
|---|---|
| Coleção | Obras de Teixeira de Pascoaes |
| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Teixeira de Pascoaes |
Teixeira de Pascoaes
Teixeira de Pascoaes [1877-1952]
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O Penitente (Camilo Castelo Branco)Pascoaes foi iniciado na leitura de Camilo Castelo Branco por sua mãe, que guardava à cabeceira da cama os livros deste autor e, quando chegava ao último volume, voltava a ler o primeiro. Assim se interessou um autor pela figura romanesca do outro, cujos passos descreverá, desde a infância até ao suicídio. Através da leitura desse percurso ficam-se a conhecer diferentes episódios, como a profanação da sepultura de Maria do Adro, a prisão de Ana Plácido e Camilo, e os últimos dias em Ceide. No epílogo deste livro, Teixeira de Pascoaes alerta para o facto de não ter escrito uma biografia, ou uma crítica literária, pois quis apenas aproveitar, da vida e obra de Camilo Castelo Branco, o que constitui o “drama camiliano”. Desta forma se explica que, como afirma António-Pedro Vasconcellos na sua introdução ao livro, Camilo, visto por Pascoaes, seja “uma personagem saída da imaginação de um Shakespeare ou de um Dostoiévski, um eterno enamorado da morte e um irredutível solitário”. -
Os Poetas LusíadasDo convite de Eugenio d’Ors, director do Instituto de Estudos Catalães, a Teixeira de Pascoaes para a realização de um conjunto de conferências em Barcelona, resulta Os Poetas Lusitanos. Neste livro, Pascoaes romanceia sobre a história da poesia portuguesa, desde a sua “idade de oiro”, com D. Dinis, passando pelo período “marítimo ou henriquino”, “sebastianista” e “político” até aos dias de hoje, em que perdura ainda o período “neo-sebastianista”. Ao efabular sobre poesia, a arte que, para Pascoaes, nasceu da dança, o escritor interpreta Camões, Agostinho da Cruz e Bernadim Ribeiro, Guerra Junqueiro, António Nobre e Antero de Quental. -
Regresso ao ParaísoRegresso ao Paraíso, livro escrito por Teixeira de Pascoaes em 1912, inicia-se com a descrição do Inferno, onde “Satã consome o fogo dos seus dias cuidando, com amor, do martírio das almas” que ali lhe chegam. Da fronte do Diabo sobressai o símbolo do seu Império, a serpente que seduziu Eva ao enroscar-se na árvore do Paraíso, transformando-a, e a Adão, nos dirigentes das nocturnas legiões de Satã. Quando Satã, ouvindo a serpente que prevê o fim da humanidade, envia Adão e Eva para o mundo “à frente dos demónios aguerridos”, não esperava que, através das recordações do Paraíso, estes revivessem o amor original, sentindo piedade dos seus filhos. Trava-se, assim, uma batalha entre Anjos e Demónios em que, se Adão vencer o demónio que nele se entranhou, poderá regressar ao Paraíso. O homem vive, em Regresso ao Paraíso, uma tragédia onde os personagens principais são Deus e Satã. -
A Saudade e o Saudosismo (dispersos e opúsculos)Em A Saudade e o Saudosismo apresenta-se um conjunto de artigos dispersos, escritos por Teixeira de Pascoaes de 1910 a 1952, mas que o autor não pensou publicar em vida. Organizado cronologicamente por Pinharanda Gomes, este livro inclui os artigos iniciais de A Águia e os que aludem ao estatuto doutrinal da Renascença Portuguesa, bem como o núcleo da polémica com António Sérgio, as conferências sobre a “Saudade”, e os estudos de alguns poetas, como António de Magalhães e João Lúcio. -
Santo AgostinhoSanto Agostinho, livro publicado em 1945 e que Pinharanda Gomes apresenta, é a última biografia de Teixeira de Pascoaes, onde este caracteriza o escritor das Confissões como um ser complexo, simultaneamente poeta e filósofo, místico e racionalista. Assim, “Santo Agostinho místico é um suicida, um foragido do mundo, como esses internados nas solidões da Tebaida, famintos de Deus e de silêncio, metidos numa caverna tumular, tendo, à entrada, em certas noites, um anjo resplandecente de brancura. (…) E é ainda filósofo e poeta, que a filosofia sem poesia é osso sem carne, um roer sem gosto.”Esta descrição do Santo poder-se-ia aplicar a qualquer um dos biografados por Pascoaes, esses espíritos de “qualidade transcendente”, que o escritor, como explica no prefácio deste livro, persegue, por adoração, como se fosse um “carrasco-poeta”. A leitura de Santo Agostinho constitui, pois, o último capítulo da autobiografia de Pascoaes. -
As Sombras. À Ventura. Jesus e PãAs Sombras, 1900, o poema À Ventura, 1907, e Jesus e Pã, 1903, são as obras incluídas neste livro, apresentado por Gil de Carvalho.No primeiro livro, Pascoaes representa diferentes sombras, do passado, do vento, da vida, do amor, e também de figuras como Eurídice, Jesus, Pã, Deus e o Homem. Após a leitura de As Sombras, Miguel de Unamuno caracterizou Pascoaes como um ser eleito, “que dizia adeus ao sol, falava ao vento, saudava a aurora e lia no infinito”. -
NapoleãoEscreve Teixeira de Pascoaes que a história napoleónica nos seduz porque é “o maior dos romances: o romance da humanidade”. Considerando a História como “a descrição interpretativa do sonho humano”, Pascoaes descreve o Napoleão mais autêntico, o de Goethe e Walter Scott, Stendhal e Dumas. Publicada em 1940, esta biografia romanceada de Napoleão, esse homem que “realiza o que sonha”, é uma das obras maiores de Pascoaes. Nela se trata com maestria a infância e adolescência de Napoleão, as suas aventuras no cerco de Toulon, em Itália, sob o sol do Egipto e as suas desventuras em Waterloo, durante a retirada da Rússia, e em Santa Helena, local do seu calvário. -
O BailadoDesejando falar de si neste livro, Teixeira de Pascoaes acabará, como explica no prólogo a O Bailado, por falar dos outros, esses seres que vivem de si, roubando-lhe a existência. Assim se explica que, na superfície da sua alma, “superfície de lágrima, as cousas projectam a sua imagem; (…) como um grande espelho numa sala de baile, reproduzindo os dançarinos”. O escritor, possuído pelo Acaso, “é um personagem nas mãos de Molière ou Shakespeare”, sendo obrigado a dançar na “corda bamba”, para espectáculo dos deuses. O Bailado, 1921, assemelha-se a uma “velha sala de visitas”, repleta de pessoas desaparecidas que o escritor reuniu, como se a criação fosse, como escreve Pascoaes em Verbo Escuro, um baile de máscaras. -
O Homem UniversalApós a publicação de São Paulo, a primeira biografia de Teixeira de Pascoaes, este é criticado pelos opositores do Estado e da Igreja, que o julgam vendido ao pensamento dominante em Portugal, e pelos próprios Estado e Igreja, para quem a sua descrição dos acontecimentos da vida do Santo não se encontra em concordância com o cânone católico. Partindo da máxima “o meu pensamento sou eu próprio”, Pascoaes procura, em O Homem Universal, defender-se desses ataques, definindo as concepções centrais da sua prosa e poesia desde os primeiros trabalhos literários até à data (1937). Disserta, assim, sobre natureza e ciência, poesia e filosofia, ética e estética, apresentando uma “concepção (…) mais ou menos lógica do homem.”Este livro inclui, além de O Homem Universal, um conjunto de textos dispersos escritos por Pascoaes entre 1907 e 1950, colocando à disposição do leitor verdadeiras raridades bibliográficas. -
A Beira (num relâmpago). Duplo PasseioUm longo período separa a publicação de A Beira (num relâmpago), escrito em 1916, e Duplo Passeio, editado em 1942. Ambos os livros descrevem um passeio de carro mas se em A Beira, “viajar em auto é correr o mundo, a cavalo num relâmpago”, relatando-se a transformação vertiginosa da paisagem e as emoções originadas pela velocidade, em Duplo Passeio “o que se repete banaliza-se”, pelo que, como explica António Mega Ferreira na sua introdução a este livro, “vulgarizador, o automóvel não é já o agente de uma percepção nova”. A temática futurista de A Beira é substituída, em Duplo Passeio, pela caracterização da paisagem, da Natureza que se impõe ao homem para que este, com a sua arte, a falsifique. Como explica Pascoaes no epílogo de Duplo Passeio, “Que é a arte? Suponhamos que a Lua era o único astro alumiante; e que um poeta se lembrava de imaginar o sol e as cores e as formas que uma paisagem tomaria à sua luz. Resultaria falsa a paisagem? Pois bem: esta falsidade é a da arte”.
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Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
O Infinito num JuncoA Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo,La Vanguardia e The New York Times(Espanha). -
O Anticrítico«O Anticrítico» é uma compilação dos ensaios de Diogo Vaz Pinto — textos de crítica literária, e não só —, escritos entre 2014 e 2023, incluindo alguns inéditos. «Não tenho conta para as vezes todas em que, para ir com a rábula insultuosa que me tecem, pegando uns onde outros deixaram, numa cooperativa de imbecis que, sinceramente, me comove, já me quiseram tirar a condição que vem de tudo o que faço. Mais difícil seria desmontar alguma coisa. Resta que, ou ignoram muito vermelhuscos, ou a ideia é revogar-me a carta, licença, prostrar-me na indigência de eu ser uma qualquer abominação, «Bicho», monstro que ligam com tudo o que é baixo, e mesmo assim paira sobre eles sem explicação. Um Chernobyl encarnado. Crítico não sou. Ou só pseudo. Videirinho e jornaleiro, pilha-galinhas e o mais que eu coso bem ao meu estuporado currículo. Pois seja, eu fico então gordo disso tudo. E viro-me do avesso. Sou o anticrítico, então! Roubando esta de Augusto de Campos sem pudor. Há muito que não me retiram do sentido a ideia de que o principal é cortar com a impostura disto tudo. A gloríola da mediocridade, o sentido gregário, essa ratada ficção ligando os «egozinhos de porta-aberta» do nosso meio literato.» -
Terra QueimadaEnsaio profético e demolidor, TERRA QUEIMADA (2022) expõe a forma como o complexo internético se tornou «motor implacável de vício, solidão, falsas esperanças, crueldade, psicose, endividamento, vida desbaratada, corrosão da memória e desintegração social». Nele, Jonathan Crary faz uma crítica radical da digitalização do mundo e denuncia realidades inegáveis: a incompatibilidade entre um planeta habitável e a economia consumista e técnica, a atomização provocada pelas redes sociais, a era digital como fase terminal do capitalismo planetário. «Se é possível um futuro habitável e comum no nosso planeta», conclui, «esse futuro será offline, dissociado dos sistemas e da actividade do capitalismo 24/7, que destroem o mundo». -
Mário Cesariny e Antonio Tabucchi - Cartas e outros TextosFernando Cabral Martins: «O surrealismo português já tinha atingido no final dos anos sessenta uma definição que tornava possível, de um ponto de vista exterior, descomprometido, fazer uma avaliação de conjunto.» Antonio Tabucchi veio a Portugal no rasto de um poeta: Fernando Pessoa, ou melhor Álvaro de Campos, de quem lera por acaso o poema «Tabacaria». Quis aprender a língua do autor do poema e para isso inscreveu-se na cadeira de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Pisa, que então frequentava. O seu mestre foi uma professora especial, bela, inteligente e culta, Luciana Stegagno Picchio. Antonio quis conhecer o país onde se falava aquela língua e ao qual pertencia aquele poeta e, na Primavera de 1965, com o seu Fiat 500, chegou a Portugal. Aí conheceu uma portuguesa com quem falou de Pessoa, e com quem continuou a trocar correspondência até ao ano seguinte, quando se tornaram namorados, vindo depois a casar (1970). Mas até lá, veio amiúde a Portugal […] e começou a interessar-se pelo Surrealismo português, sobre o qual havia muito pouco material crítico, praticamente nada, em vista da sua futura tese de licenciatura. Conheceu então (1967) dois membros ilustres daquele movimento, dois grandes poetas, Alexandre O’Neill e Mário Cesariny de Vasconcelos, com quem passou muitas horas, primeiro para os entrevistar e depois, com sempre maior intimidade, já com laços de amizade, só pelo prazer de estarem juntos. [Maria José de Lancastre] Esta é a história de um desencontro. Cesariny, como o surrealismo, considerava a universidade um inimigo, e Tabucchi, para todos os efeitos, era em 1971 um universitário. Mesmo se, no caso dele, havia por parte do poeta o agrado de ver como a sua poesia e o seu lugar no surrealismo português eram reconhecidos — pela primeira vez — por um leitor com a distância crítica e a óbvia inteligência de Antonio Tabucchi. Aqui, nos textos que documentam o contacto directo entre ambos do final dos anos 60, pode ver-se uma ilustração do modo como a história do surrealismo foi sendo feita, com que ritmo e a partir de que posições. E que implica a consciência, por parte do poeta, da importância do sentido que a crítica atribui à História, capaz (ou não) de tornar o passado digno do presente, ou vice- -versa. E manifesta, por parte do jovem crítico italiano, a intuição da grandeza de um movimento que evoluía na sombra, num carceral jardim à beira-mar. [Fernando Cabral Martins]
