As duas fontes da moral e da religião
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| Editora | Edições 70 |
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| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Henri Bergson |
Henri Bergson foi um diplomata francês e um dos mais influentes filósofos da primeira metade do século XX. Conhecido principalmente por Ensaios sobre os Dados Imediatos da Consciência, A Evolução Criadora, O Riso e as Duas Fontes da Moral e da Religião, a sua obra é de grande atualidade e tem sido estudada em disciplinas como cinema, literatura, neuropsicologia, bioética, etc. Bergson foi o primeiro a elaborar aquilo que viria a ser chamado o «processo filosófico», que rejeita os valores estáticos em favor dos valores do movimento, da mudança e da evolução. Procurou ainda construir uma «metafísica positiva» e fazer da filosofia uma ciência baseada na intuição, cujos resultados viriam da experiência e seriam tão rigorosos como os das ciências baseadas na inteligência, como a matemática. Foi membro da Academia Francesa e em 1927 foi galardoado com o prémio Nobel da Literatura.
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As Duas Fontes da Moral e da ReligiãoNOTA DE APRESENTAÇÃO Se é verdade que "quando se trata do pensamento (...) é tanto maior a obra feita - que não coincide de modo algum com a extensão e o número dos escritos - quanto mais rico for, nessa obra, o impensado, isto é, o que através dessa obra e somente através dela vem até nós como nunca antes pensado", a obra de Henri Bergson (18/10/1859 - 03/01/1941) deve ser procurada entre as maiores. De facto, sob os diversos esquecimentos, incompreensões e silêncios de que foi alvo a sua filosofia (tanto mais estridentes quanto viva foi a presença de Bergson na vida intelectual do seu tempo), nunca esta deixou de ser palavra viva. Prova-o, por exemplo, o início da publicação dos Études bergsoniennes sete anos após a sua morte (primeiro na editora Albin Michel, depois na P.U.F.), a realização do Colóquio Internacional "Bergson et nous" em 1959 (comemorando o centenário do seu nascimento), o texto de Deleuze de 1966 (confirmando uma dívida insolúvel), o reconhecimento da sua influência por parte das ciências cognitivas, o interesse da neuro-filosofia, a leitura da fenomenologia contemporânea que o reclama como mestre, ou a meditação hermenêutica de P. Ricoeur que, reconhecendo a impossibilidade de pensar o tempo e a sua estrutura narrativa no esquecimento da textura fundadora da memória, regressa a Bergson para poder pensar a memória, a história e o esquecimento. Este regresso tornará claro a que ponto numa época de crise profunda da memória, patente na obliteração das vivências significativas, no depauperamento da curiosidade espiritual e na incompreensão da diferença, chama a pensar, com renovado vigor, a meditação desse "judeu ilustre" para quem "a nossa relação com a verdade passa pelos outros" e se forja na emoção vivida da plenitude do tempo reencontrado. Índice Capítulo I - A Obrigação Moral Capítulo II - A Religião Estática Capítulo III - A Religião Dinâmica Capítulo IV - Observações Finais Mecânica e Mística -
Ensaio Sobre Os Dados Imediatos da ConsciênciaEnsaio Sobre os Dados Imediatos da Consciência é uma obra seminal na produção filosófica de Henri Bergson (1859-1941), que apresenta, de forma notável, os fundamentos da doutrina bergsoniana da duração e nos permite compreender a visão que o filósofo tinha do inteleto como força aglutinadora do pensamento. -
A Evolução CriadoraObra importante de Bergson, este livro é fruto da crítica de uma doutrina à qual o filósofo tinha momentaneamente aderido: o evolucionismo de Spencer. Enquanto Spencer representava a vida como resultado de uma evolução puramente mecânica, Bergson vê nela uma força da natureza essencialmente psíquica, e, portanto, tão livre quanto imprevisível. -
As Duas Fontes da Moral e da ReligiãoEm As Duas Fontes da Moral e da Religião, publicado pela primeira vez em 1932, Bergson estabelece a distinção entre moral aberta e moral fechada como critério absoluto não só em moral e religião, mas também em política. O filósofo procura nestes conceitos o duplo fundamento na estrutura imutável do nosso espaço, e fá-lo, por um lado, nos atos imprevisíveis dos grandes homens de bem, e, por outro, nos místicos. Longe de se apoiar numa metafísica já estabelecida, este livro renova-a, entrando em discussão com as ciências do seu tempo, nomeadamente a sociologia; longe de prescrever uma moral ultrapassada, Bergson assume-se como um homem do seu tempo; longe de atestar uma crítica contra a democracia ou a técnica, coloca-as no centro da escolha dos homens. -
O Riso«Que significa o riso? Que há no fundo do risível? Que descobriremos de comum entre um esgar de palhaço, um jogo de palavras, um quiproquó de vaudeville, uma requintada cena de comédia? Que destilação nos dará a essência, sempre a mesma, a que tantos e tão diversos produtos vão buscar ora o seu odor indiscreto, ora o seu delicado perfume? Os maiores pensadores, desde Aristóteles, têm enfrentado este pequeno problema, que se escapa sempre aos seus esforços, desliza, foge, ressurge, desafio impertinente lançado à especulação filosófica.»
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A Identidade da Ciência da ReligiãoEsta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil. -
Decadência: o declínio do Ocidente«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»