As Runas Desvendadas - Dois Milénios de História e Mistério
UMA VIAGEM DESDE A ANCESTRALIDADE ATÉ À ACTUALIDADE DA ESCRITA USADA PELOS VIKINGS
Mitos, Lendas, Origens, Evolução e Usos das Runas ao Longo da História
A palavra “runa” traz à mente noções de mistério, magia e segredo. Mas não só isso é apenas uma pequena parte da História, como é uma parte muitas vezes enfatizada à custa de outras, mais significativas: se a Edda Poética está pejada de referências a encantamentos rúnicos e várias inscrições são de teor mágico, são muitas mais as que têm uma natureza memorialista, prática, quotidiana e até obscena.
As runas foram um sistema de escrita fonético (isto é, os símbolos representam sons) empregue para escrever todo o tipo de textos durante mais de mil anos. E essa longevidade e diversidade de uso faz das mais de seis mil inscrições sobreviventes uma fonte de informação que não só desmente crenças modernas sobre as runas (de que são símbolos mágicos ou que foram suprimidas pela Igreja), como é um recurso importante para os historiadores.
Este não é pois um livro de magia, embora fale em parte dela. Não são páginas sobre divinação, ainda que tenha linhas sobre isso. Nem é um volume sobre neopaganismo, se bem que toca no assunto. Este é um livro sobre runas em toda a sua diversidade, das origens aos nossos dias, sobre como foram e são estudadas, distorcidas, usadas e reutilizadas. Para uma melhor compreensão do passado, mas também do presente.
| Editora | Zéfiro |
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| Coleção | Ventos da História |
| Categorias | |
| Editora | Zéfiro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Hélio Pires |
Hélio Pires nasceu em Alcobaça em 1980. Fez mestrado em Estudos Viking e Medievais na Universidade de Uppsala, na Suécia, e depois doutoramento em História Medieval na Universidade Nova de Lisboa, cuja tese, revista em toda a sua extensão, assume agora a forma de livro. É membro do Instituto de Estudos Medievais e do NEVE, conferencista ocasional e tem vários artigos publicados, em Portugal e no estrangeiro, sobre a Idade Viking, a Escandinávia antiga e mitologia nórdica.
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Os Vikings em Portugal e na GalizaEscandinávia, França, Ilhas Britânicas, Gronelândia e América do Norte. São estes os locais que o grande público associa com frequência aos vikings e com razão, porque deles partiram ou neles protagonizaram episódios memoráveis entre os finais dos séculos VIII e XI. Contudo, é pouco divulgado que estiveram também no território que hoje é português e galego, não de forma esporádica, mas sistemática, e isto ao longo de aproximadamente duzentos anos. Para além disso, na primeira metade do século XII, a presença de nórdicos na costa ibérica persistiu, já não como piratas pagãos, mas como cruzados. Esta obra pretende dar a conhecer uma parte da nossa História que se encontra intimamente ligada à da Escandinávia e da Europa ocidental. Quem eram os vikings? De onde vinham, que crenças tinham, quais as suas motivações, até onde chegaram e o que fizeram, não só no que é hoje Portugal e a Galiza, mas também noutros lugares, sendo enquadrados num contexto mais amplo? Neste livro encontrará as respostas a estas e outras perguntas. Os vários capítulos que o constituem encontram-se tematicamente subdivididos, ajudando a decifrar a informação de fontes nem sempre claras, muitas delas obscuras e quase todas breves. E o resultado, espera-se, será um melhor conhecimento da Idade Viking, que é também uma parte da nossa História, para lá dos clichés da violência e dos elmos com cornos que, na verdade, não eram usados. -
Mitos e Lendas Nórdicas: a mitologia dos Vikings e outros nórdicosHistórias das Eddas e Sagas.Uma viagem pelos mitos de Odin, Thor e Loki, Freyr, Freya e Heimdall, pelas lendas de Sigurd, Fáfnir e Brynhild e as sagas de Egill e Eric, o Vermelho, como nunca se tinha feito em Portugal.Do corpo de Ymir, Odin e os seus irmãos fizeram o mundo e da terra nasceram os anões. Heimdall multiplicou os humanos, os Vanir lutaram até entrar na comunidade divina e os deuses fizeram uma muralha com um acordo arriscado e um toque de trapaceiro. E depois… depois vieram outros episódios de amor e vingança, guerra e paz, de tesouros mágicos e demandas heróicas, de monstros e deuses, maldições e profecias, laços solenes e votos quebrados, vikings e reis, poetas e exploradores – até ao destino final que tudo destrói e renova.Este livro aborda uma mitologia ao mesmo tempo conhecida e desconhecida entre nós, por um lado popularizada pelos mecanismos da cultura moderna, por outro desconhecida na sua expressão antiga, preservada em textos medievais tantas vezes distantes para o grande público. Distância essa que se pretende colmatar, dando a conhecer episódios, personagens, teorias e questões que marcam os mitos e lendas nórdicas, oferecendo narrativas próximas das originais e uma análise cuidada de cada uma.Como diria a vidente que abre a Edda Poética: «Conhece a origem dos tesouros divinos? A génese da poesia? A história da entrada de Skadi na comunidade divina? A maldição do anel? A vingança de Gudrún? As aventuras de Egill? As viagens de Leif?» Com este livro, conhecerá!
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?