Este primeiro volume trata de uma abordagem sobre Música Palaciana.
Oferece-se neste volume uma selecção de textos sobre música medieval
ibérica, escritos ao longo de mais de duas décadas. A primeira parte do livro,
sobre a música palaciana, é organizada tematicamente em três secções (visões
de conjunto sobre a cantiga medieval; lírica profana; Cantigas de Santa Maria).
Dentro de cada secção, os capítulos aparecem por ordem cronológica de
redacção.
Este volume pretende assinalar o lugar de destaque que Manuel Carlos de Brito tem ocupado no campo da História da Música, não só em Portugal, a cujo passado musical dedicou a maioria dos seus estudos, como além-fronteiras. Enquanto musicólogo, Manuel Carlos de Brito adoptou como princípios orientadores a actualização científica, a perspectiva cosmopolita da investigação e a defesa de «um campo unificado da musicologia onde os seus diversos ramos possam colaborar, orientados por uma perspectiva por assim dizer antropológica dos fenómenos musicais». O seu principal campo de investigação abrange a música dos séculos XVII a XIX, particularmente o estudo da ópera em Portugal no século XVIII. À distância, esta abordagem à vida musical em Portugal que põe de parte os preconceitos dogmáticos e procura perspectivas inovadoras solidamente escoradas na documentação constitui um dos maiores contributos de Manuel Carlos de Brito para a disciplina. A Tabula gratulatoria deste volume testemunha o seu largo horizonte e o relacionamento privilegiado com o mundo latino europeu, reflectido também nas contribuições reunidas neste livro e assinadas por musicólogos de três gerações sucessivas, oriundos de Portugal, Brasil, Espanha, Inglaterra, França e Itália.
Um esforço colectivo para dar a conhecer os compositores portugueses que marcaram o horizonte estético. Panorâmica da escrita musical em Portugal no século XX escrita por alguns dos mais reputados musicólogos nacionais do momento. A vida e a obra dos dez compositores portugueses mais relevantes do século passado: Emmanuel Nunes, Joly Braga Santos, Jorge Peixinho, Luís de Freitas Branco, entre outros.
Luís Villas Boas é unanimemente considerado o «pai» do jazz em Portugal. Nascido em Lisboa, a 26 de Março de 1924, numa família com fortes tradições musicais e ligada à cultura em geral.A ele se devem a criação do programa de rádio mais influente na divulgação do jazz, Hot Club, transmitido ininterruptamente entre 1945 e 1969, a organização das primeiras jam sessions, a autoria dos primeiros artigos de imprensa informados, a fundação das primeiras instituições jazzísticas nacionais - Hot Clube de Portugal, 1948; Discostudio, 1958; Luisiana Jazz Club, 1965 -, e a produção dos primeiros grandes concertos: Sidney Bechet, 1955; Count Basie, 1956; Bill Coleman, 1959.No final dos anos de 1970 teve um papel decisivo na promoção do ensino, fundando as escolas do Hot Clube de Portugal - onde se têm formado nos últimos cerca de 50 anos as sucessivas gerações de músicos que mantêm o jazz como um género musical vivo -, e do Luisiana Na década de 1980, juntamente com Duarte Mendonça, viria a ter os seus próprios programas de jazz - Aqui Jazz (1978-1979), Jazz Magazine (1978-1979), Club de Jazz (1982-1985) e Jazz para Todos (1986).Para celebrar o 100 º aniversário do nascimento de Luís Villas Boas este livro reúne uma primeira narrativa biográfica e, através de 70 entrevistas à imprensa, rádio e televisão, dá-lhe a palavra, acompanhando a evolução do seu pensamento e acção ao longo de quase 50 anos, bem como o percurso do jazz no Portugal do século XX.
Compositor e escritor, Boucourechliev
evoca algumas das grandes etapas
da linguagem musical, mas também
esclarece o fenómeno da música,
os mecanismos íntimos da composição
e da audição.
[Olhares sobre a música em Portugal no século XIX] é um volume repleto de informação inédita e
profundamente estimulante para todos os que se dedicam aos estudos artísticos e culturais em Portugal,
cuja leitura vem demonstrar a riqueza e complexidade de uma época à qual começamos enfim a prestar
justiça. Com este livro, ficamos a dever à autora a confirmação inequívoca de que a história da música em
Portugal no século XIX merecia, de facto, ser contada. [Paulo Ferreira de Castro].