Esta é uma obra coletiva, onde se descrevem, em sete textos distintos, os resultados de alguns projetos de acção educativa que resultam de decisões curriculares autónoma e intencionalmente assumidas, cuja flexibilidade é condição de uma atividade docente e discente mais significativa. O que se espera é que cada um desses textos possa inspirar e servir de suporte a outras iniciativas, mobilizando a vontade, a inteligência e a inventividade de professores, de alunos e de todos os que, nas escolas, contribuem para a
educação das crianças e jovens que as habitam.
O que as iniciativas descritas e comentadas nos mostram é que estamos perante desafios, propósitos, estratégias e recursos diversos que indicam que há um caminho que já foi percorrido por alguns, e do qual todos podem beneficiar, quando decidirem definir e percorrer os seus próprios caminhos.
«A mensagem substantiva do conjunto das entrevistas», levadas a cabo por Rui Trindade «é a de que se vive em pós-democracia, onde o voto não vale nada (Fernando Ilharco), em transição energética, com a disputa pelos restos do petróleo a fazer do mundo um sítio pouco frequentável (Mário Baptista Coelho), reduzida à certeza ética, que rejeita o pessimismo demissionista e o otimismo ilusório (Viriato Soromenho Marques), e com um jornalismo desqualificado (António Granado).»
in Expresso
Esta é uma obra coletiva, onde se descrevem, em sete textos distintos, os resultados de alguns projetos de acção educativa que resultam de decisões curriculares autónoma e intencionalmente assumidas, cuja flexibilidade é condição de uma atividade docente e discente mais significativa. O que se espera é que cada um desses textos possa inspirar e servir de suporte a outras iniciativas, mobilizando a vontade, a inteligência e a inventividade de professores, de alunos e de todos os que, nas escolas, contribuem para a educação das crianças e jovens que as habitam.
Este é um trabalho através do qual se abordam e discutem as zonas de luz e sombra dos discursos matriciais em função dos quais se construiu o campo que M. Altet (1999) designa por campo das pedagogias da aprendizagem. Um campo que, de um modo geral, se caracteriza por enfatizar a necessidade de se reconhecer, quer a centralidade pedagógica dos alunos no âmbito dos projetos de intervenção educativa que têm lugar no seio das escolas, quer, concomitantemente, a valorização do ato de aprender, em detrimento do ato de ensinar, como condições necessárias à afirmação das escolas enquanto contextos educacionais mais humanos e cultos. É, assim, a partir deste propósito que se explica a escolha do objeto de estudo deste livro: a reflexão sobre os discursos originais de alguns dos pedagogos mais emblemáticos que se relacionam com o "Movimento da Educação Nova", no momento em que os podemos considerar como discursos matriciais do campo das pedagogias da aprendizagem.