Civilizações
Depois de Kenneth Clark e do seu Civilização, Mary Beard quer ir mais longe: não só desvia o foco do «génio» criador para o consumidor, como confere às mulheres a dose de protagonismo que merecem na história da «civilização». E não se fica pela Europa, conduz-nos a outros lugares e culturas, assentando na ideia de que não há, nem pode haver, uma narrativa única da arte e da cultura no mundo. Por isso, inclui e interpreta a diferença. Do princípio ao fim, paira a questão: o que é a civilização? Kenneth Clark não arriscou uma definição, quando se lançou na aventura de a abordar pelo prisma da arte. «Mas penso conseguir reconhecê-la quando a vejo», disse. Já Mary Beard confere uma resposta que contém uma imensidão em pouquíssimas
palavras. Um livro ao mesmo tempo interessante e belo!
| Editora | Gradiva |
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| Editora | Gradiva |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mary Beard |
Mary Beard é uma das classicistas mais originais e reconhecidas da atualidade. É professora na Universidade de Cambridge e membro da Newnham College, onde leciona desde 1984. Também é professora de literatura antiga na Royal Academy, É editora do Times Literary Supplement, membro da British Academy e membro internacional da Academia Americana de Artes e Ciências. Recebeu o Wolfson History Prize, a Bodley Medal, o Prémio Princesa das Astúrias para Ciência Social e a Getty Medal. Além de ter escrito artigos sobre história antiga e arqueologia e de apresentar documentários da BBC sobre história romana e arte, é autora de vários livros da mesma área, tais como SPQR: Uma História da Roma Antiga e Doze Césares.
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SPQR - Uma História da Roma AntigaRoma Antiga era uma cidade imponente até para os padrões modernos, uma metrópole imperial com mais de um milhão de habitantes, uma mistura de luxo e de lixo, de liberdade e de escravatura, de respeito e de guerra civil. Foi o centro de poder de um império que se estendia da Península Ibérica à Síria. S.P.Q.R. («o Senado e Povo de Roma») narra a ascensão inédita de uma pequena aldeia no centro da Itália a capital de uma civilização que, dois mil anos depois, ainda molda muitas das nossas conceções de poder, cidadania, responsabilidade e beleza. Questiona a forma como pensamos os romanos e explora o modo como os romanos se pensavam a si mesmos: como lidavam com o terrorismo e com a revolução, como encaravam as migrações e a mobilidade social e como inventaram um novo conceito de cidadania e de nação. É uma história surpreendente, eloquente e incontornável de Roma Antiga. -
Mulheres & Poder: um manifesto«No que toca a silenciar as mulheres, a cultura ocidental tem milhares de anos de experiência», escreve Mary Beard. Com sentido de humor e uma erudição imbatível, Mary Beard recorre a exemplos variados, dos clássicos à atualidade, para analisar o modo como as mulheres poderosas têm sido tratadas ao longo da História, os nossos pressupostos culturais sobre a relação das mulheres com o poder e os subterfúgios que usamos para justificar as «exceções» – da masculinização à androginização, narrativas às quais poucas mulheres poderosas escapam.Beard reflete sobre a misoginia declarada e dissimulada e sobre as suas próprias experiências com o sexismo e pergunta-se: se as mulheres não são vistas como fazendo parte das estruturas de poder, não será altura de redefinir o poder e essas estruturas?Um ensaio pragmático e culto sobre a (im)possibilidade da voz das mulheres no espaço público.#WomenandPower «Um livro brilhante.» Jacqueline Rose, The Guardian«Um manifesto cintilante e poderoso (…) Este livro é uma descarga de adrenalina.» Parul Sehgal, New York Times«Um clássico feminista moderno.» Rachel Cooke, The Observer«Este livro é um tesouro.» Herald«Claro, divertido, subversivo e espirituoso.» San Francisco Chronicle -
PompeiaÀs primeiras horas do dia 25 de Agosto de 79, a chuva de pedra-pomes que caía sobre Pompeia parecia abrandar, fazendo com que muitos habitantes saíssem de casa em busca de um abrigo seguro. Em vão, a erupção do Vesúvio não dava tréguas e os habitantes da pequena cidade no Sul de Itália encontraram a morte nas ruas da cidade que ficou coberta de cinzas, ficando oculta durante cerca de 1600 anos até ser redescoberta no século XVIII. As várias escavações em Pompeia permitiram recriar o dia-a-dia desta cidade da Roma Antiga. As cinzas e a lama moldaram os corpos das vítimas permitindo que fossem encontradas no modo exacto como conheceram a morte, muitas delas com objectos que permitem contar a sua história.Num texto fascinante, onde não faltam imagens e mapas, a historiadora recria o quotidiano dos habitantes de Pompeia, das suas profissões, leva-nos a visitar os banhos, os seus vários bordéis, a conhecer o teatro, os jogos e diversões e apresenta-nos personagens fascinantes como a sacerdotisa Eumáquia, Públio Casca, um dos assassinos de César, os gladiadores... -
Civilisations: How Do We Look/The Eye of FaithCompanion to the major new BBC documentary series CIVILISATIONS, presented by Mary Beard, David Olusoga and Simon Schama The idea of 'civilisation' has always been debated, even fought over. At the heart of those debates lies the big question of how people - from prehistory to the present day - have depicted themselves and others, both human and divine. Distinguished historian Mary Beard explores how art has shaped, and been shaped by, the people who created it. How have we looked at these images? Why have they sometimes been so contentious? In Part One, she examines how the human figure was portrayed in some of the earliest art in the world - from the gigantic stone heads carved by the Olmec of Central America to the statues and pottery of the ancient Greeks to the terracotta army of the first emperor of China. And she explains how one particular version of representing the human body, which goes back to the ancient world, still influences (and sometimes distorts) how people in the West see their own culture and that of others. Throughout this story, she is concerned not only with the artists who made images, but with those who have used them, viewed them and interpreted them. In other words: How Do We Look? In Part Two, Mary Beard turns to the relationship between art and religion. For centuries, religion has inspired art: from the Hindu temple at Angkor Wat to the Christian mosaics of Ravenna to the exquisite calligraphy of Islamic mosques. But making the divine visible in the human world has never been simple. All religions have wrestled with idolatry and iconoclasm, destroying art as well as creating it - and asking how to look with The Eye of Faith. -
SPQR: A History of Ancient RomeSunday Times Top 10 Bestseller Shortlisted for a British Book Industry Book of the Year Award 2016 The new series Ultimate Rome: Empire Without Limit is on BBC2 now Ancient Rome matters. Its history of empire, conquest, cruelty and excess is something against which we still judge ourselves. Its myths and stories - from Romulus and Remus to the Rape of Lucretia - still strike a chord with us. And its debates about citizenship, security and the rights of the individual still influence our own debates on civil liberty today. SPQR is a new look at Roman history from one of the world's foremost classicists. It explores not only how Rome grew from an insignificant village in central Italy to a power that controlled territory from Spain to Syria, but also how the Romans thought about themselves and their achievements, and why they are still important to us. Covering 1,000 years of history, and casting fresh light on the basics of Roman culture from slavery to running water, as well as exploring democracy, migration, religious controversy, social mobility and exploitation in the larger context of the empire, this is a definitive history of ancient Rome. SPQR is the Romans' own abbreviation for their state: Senatus Populusque Romanus , 'the Senate and People of Rome'. -
PompeiiMary Beard uses the relics buried by the eruption of Mt Vesuvius on AD79 to bring everyday Roman culture alive. Pompeii explodes a number of myths - from the very date of the eruption, probably a few months later than usually thought; the hygiene of the baths which must have been hotbeds of germs; and the legendary number of brothels, most likely only one, to the massive death count which was probably less than ten per cent of the population. Street Life, Earning a Living: Baker, Banker and Garum Maker (who ran the city), The Pleasure of the Body: Food, Wine, Sex and Baths, these chapter headings give a surprising insight into the workings of a Roman town. At the Suburban Baths we go from communal bathing to hygiene to erotica. A fast-food joint on the Via dell' Abbondanza introduces food and drink and diets and street life. These are just a few of the strands that make up an extraordinary and involving portrait of an ancient town, its life and its continuing re-discovery, by Britain's leading classicist. -
Doze Césares - Imagens do Poder da Antiguidade até aos Nossos DiasQual é o rosto do poder? Quem ganha a eternidade através da arte. E porquê?Pela mão da mais prestigiada classicista da atualidade, descobrimos como doze césares moldaram mais de dois mil anos de imagens do poder.Júlio César: implacável. Domiciano: cruel. Não é por acaso que os líderes menos recomendáveis dos últimos dois séculos são frequentemente caricaturados como Neros a tocar violino enquanto Roma arde. Durante mais de dois mil anos, o poder - leia-se: os mais ricos e reconhecidos nomes do mundo ocidental - foi retratado sob a extraordinária influência da arte clássica, sobretudo a partir da imagem de doze césares.Por que razão foram estes tão inesquecíveis quanto terríveis autocratas a estabelecer-se como modelos de imitação? De que forma gerações e gerações de artistas os perpetuaram nas representações das figuras dos seus tempos? Quantos homens e mulheres, ao longo de séculos, viram as suas identidades deturpadas, redesenhadas ou enformadas pela gloriosa vida de doze césares?Em quase 400 páginas a cores, esta viagem pelas representações do poder começa no retrato imperial e na extraordinária importância que este assume na política romana, passando pelo Renascimento e trazendo-nos depois até aos nossos dias, enquanto nos oferece um novo e muitas vezes surpreendente olhar sobre a arte e a forma como moldou - e molda - a nossa perceção de poder.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?