Comentários
Inspira-se o título simples desta esta obra, nos célebres Commentarii de Júlio César, e contém 43 textos, onde o autor levanta questões pertinente que suscitam interesse e constituem problemas construtivos. Temas como a «santinha de Balazar» e o grande ensaísta brasileiro Wilson Martins são inesperados artigos de evidente frescura, tal como aquele que se refere a dedicatórias e autógrafos que abre com a análise da caligrafia do general Montegomery, o célebre general da Segunda Guerra Mundial que derrotou Rommel no Norte de África. Eça de Queiroz e António Sérgio tem aqui naturalmente, a primazia, constituindo assunto de primacial envergadura. A referência ao ensaio do autor Por Entre a névoa e a Realidade (n.º 4) chama a atenção para o mais conseguido dos seus ensaios.
| Editora | Colibri |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Colibri |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | A. Campos Matos |
-
Eça de Queiroz: correspondência - Vol. I e II“Esta edição da correspondência de Eça de Queiroz pretende reunir todas as cartas até agora conhecidas, desde as primeiras que, em 1916, António Cabral publicou na sua biografia de Eça de Queiroz, pioneira em Portugal. Foi feito um cotejo aturado de todas as cartas com os manuscritos e fac-similes disponíveis. À correspondência privada juntaram-se mais nove cartas, de carácter público, de grande importância, retiradas das Prosas Bárbaras e das Notas Contemporâneas e do Mandarim. Esta edição que agora apresentamos conta com um total de 898 cartas e algumas cartas inéditas.” -
Eça de Queiroz - Uma Biografia«Dizer que esta é a mais completa e mais rica biografia de Eça de Queiroz é dizer pouco. Neste volume o leitor encontrará não apenas a informação mais fidedigna sobre a vida do escritor, acompanhada de vasta e preciosa iconografia, mas também reflexões críticas de primeira ordem que, sem afastar do escopo biográfico, permitem uma visão aprofundada do percurso ideológico do autor e da repercussão da sua obra e da sua figura pública entre os contemporâneos. Neste livro generoso encontrará ainda o leitor uma sucinta apresentação editorial das mais notáveis obras queirozianas, acompanhadas de resumo do enredo e seleta coletânea de excertos de opiniões críticas.» -
Polémicas De Eça De Qeiroz E Pinheiro ChagasAs duas cartas publicadas entre 1880 e 1881 no jornal O Atlântico, escritas de Bristol, dirigidas a Pinheiro Chagas, são a resposta à contestação de cariz nacionalista e patriótico que este fez aos comentários críticos de Eça às conquistas dos portugueses no Oriente, publicados na crónica Um artigo do Times sobre o Brasil, para a Gazeta de Notícias do Rio, com o título Brasil e Portugal. -
Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e Seus ArredoresA. Campos Matos, queiroziano de referência, elabora um roteiro precioso sobre os mais eminentes locais de Lisboa e arredores presentes na obra de Eça de Queiroz. O significado desta geografia onde se movem as suas personagens é aqui escalpelizado, sendo convocados os edificios, ruas, travessas, largos jardins, cemitérios e paisagens urbanas, em excertos de textos cuidadosamente referenciados. Este livro destina-se não apenas aos admiradores de Eça que assim entendem melhor a transfiguração que se opera entre a realidade dos lugares e a respectiva transposição literária, mas também a todos os que amam a beleza estética ímpar de Lisboa. -
Eça de Queiroz: CorrespondênciaDe notar que este conjunto epistolar abre com uma carta inédita. Atinge-se agora o número total de 913 cartas, ou seja, 15 nesta monografia e 898 na edição de 2008.O aparecimento de novas cartas inéditas ou omitidas que entretanto surgiram, dá-nos oportunidade de fazer esclarecimentos importantes que não constam da edição de 2008, nomeadamente a referência das cartas que verificámos a partir dos autógrafos pois, como é sabido, muitas circulam cujos originais se desconhecem. Assim podemos creditar a fidelidade da transcrição dessas cartas, dada a circunstância de se terem publicado com frequência os seus fac-similes. -
Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e Seus ArredoresA. Campos Matos elaborou um roteiro precioso, agora em 2.ª edição revista e aumentada, sobre os mais eminentes locais de Lisboa e arredores presentes na obra de Eça de Queiroz. Este livro destina-se não só aos admiradores de Eça, mas também a todos os que amam a beleza estética ímpar de Lisboa. -
Sexo e Sensualidade em Eça de QueirozEste ensaio é uma incursão pormenorizada numa área das mais originais e ricas da narrativa queiroziana, a da sexualidade, que inclui uma boa parte do seu mundo onírico fantástico. Pretende demonstrar a riqueza surpreendente dessa narrativa, e também a ambiguidade insuspeitada, frequente no autor dA Relíquia. Essa ambiguidade passa naturalmente pela sua peculiar e difícil idiossincrasia. Sabemos que se não deve interpretar a obra de um autor a partir da sua individualidade, mas é imprescindível tê-la em conta, dada a intensidade da projecção do próprio eu que Eça investiu na ficção. Ele compreendeu, muito antes de Freud, a importância do sexo e dos sonhos na vida do homem. As ilustrações que acompanham o texto constituem, pela objectividade e expressão, um complemento indispensável da sua clarificação e da sua mensagem. -
Diário Intimo de Carlos da Maia (1839-1930)Nesta obra singular, predominantemente queiroziana, e também camiliana, convocam-se nomes como Tolstoi, Balzac, Romain Rolland, Charcot, Flaubert, Maupassant, Proust, Martin du Gard, Ruskin, Stefan Zweig, Axel Munthe, Freud, etc. Entre os autores de língua portuguesa figuram Castilho, Manuel Teixeira Gomes, Pinheiro Chagas, Antero, Oliveira Martins, Raúl Brandão, António Feijó, Luís de Magalhães, Aquilino, José Régio, Machado de Assis e naturalmente Eça de Queiroz. As alusões à grande pintura e aos mais salientes monumentos de arquitectura são constantes, sendo-nos oferecido um interessante percurso em Itália. Não faltam também as alusões musicais e reflexões gerais de grande interesse, ou seja, um testemunho cultural único. -
Construtores do Meu MundoEsta obra constitui, ao que parece, no domínio da Biografia, um género novo. Trata-se de uma antologia de textos presentes na formação cultural do autor: musical, literária, arquitectural e histórica. Uma boa parte é constituída pela exposição das monstruosidades dos fascismos europeus que presidiram à Segunda Guerra Mundial, nela se expondo o melhor e mais expressivo dos grandes autores que trataram até agora este tema de tão grande e inesgotável interesse. Dois nomes salientam-se na área ensaística e literária deste elenco: António Sérgio e Eça de Queiroz. A exposição é feita de um modo expressivo, em linguagem simples e apurada, como é timbre deste ensaísta e esta obra, embora monográfica, passará a ocupar um lugar de destaque na sua bibliografia. -
Reflexões Sobre Eça de Queiroz e Outros EscritosÉ vasta a obra do autor d’A Relíquia, mais de 6.000 páginas impressas, e muito mais profundo do que geralmente se acredita o seu pensamento. A simplificação admirável da escrita, que foi uma das preocupações essenciais do seu estilo, faz-nos esquecer isto. Temos, pois, uma enorme matéria de reflexão quer biográfica, quer literária, ambas indissoluvelmente ligadas, desenvolvidas nestas crónicas. Poderemos encontrar aqui questões candentes que nos desafiam e nos interrogam, para as quais há que dar respostas. É assim este escritor: um nunca acabar de desafios, para quem o queira ler com olhos de ler. Esta obra contém a correspondência trocada com a editora Gallimard, que recusou publicar a obra completa de Eça de Queiroz, ainda que subsidiada. Mas não será também a função de uma grande editora a promoção dos grandes autores?
-
O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».