Como Sobreviver depois da Morte
Em Sulfúreo, aldeia prestes a ser engolida por uma exploração de volfrâmio, os vivos não morrem e os mortos estão vivos. Entre constantes aparições de defuntos, a família Lustro-Urze vive atormentada pela morte da matriarca, misteriosamente afogada num ribeiro há quatro séculos. O romance acompanha a ascensão e a queda de Ramiro Lustro, um caçador de leopardos e cultivador de camélias que recusa vender a terra à companhia mineira – talvez por isso, sofre a insólita visita dos mortos. Ramiro deposita então todas as esperanças num dos netos, educado já pela república democrática, obcecado por descobrir a razão da incorruptibilidade dos corpos, decifrar o crime na origem da família e esclarecer o mistério do envenenamento das águas da montanha.
Esta é uma história de aparições, revoltas, traições, exílios, guerras constitucionais, a tragédia do progresso industrial, as conspirações históricas e a beleza natural de um mundo prestes a extinguir-se – e também a crónica de uma família cuja única propriedade é uma casa de pedra e uma camélia plantada num vale inóspito.
| Editora | Quetzal |
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| Editora | Quetzal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | André Canhoto Costa |
André Canhoto Costa nasceu em Oeiras, em outubro de 1978. Após dois anos na Universidade de Évora, regressou a Lisboa para concluir os estudos na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, em 2004. Trabalhou como bolseiro no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e fez o doutoramento em História Económica no ISEG. Concebeu o espetáculo sobre a vida e a poesia de Ruy Belo, Em Louvor do Vento, em 2013. Colaborou num manual de filosofia para o secundário, Ousar Saber. Publicou Os Vícios dos Escritores (2017) e As Cinco Grandes Revoluções da História de Portugal (2019). Escreve para a revista Ler e tem desde 2017 uma rubrica semanal, «Crónicas Portuguesas», na RDP Internacional. Escreveu também um dos volumes da coleção Portugal, Uma Retrospetiva (2019). Participou na construção e integra o Conselho Científico do Quake – Centro do Terramoto de Lisboa.
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Personagens Malditas da HistóriaA História está repleta de personagens malditas cujos nomes nunca mais serão esquecidos. Venha descobrir porquê. Dos líderes sanguinários como Hitler e Nero aos pensadores que chocaram os seus contemporâneos, como Sade e Nietzsche. Dos chefes militares cuja ambição não tinha limites, como Napoleão e Hernan Cortés aos fanáticos religiosos como Torquemada e Bin Laden. Mas ainda há espaço para algumas figuras maquiavélicas dos nossos dias, como George W. Bush, Saddam Hussein ou Kissinger. E, claro, a História de Portugal não poderia ficar de fora, com nomes amaldiçoados cujas ações se sentem ainda hoje: de D. Sebastião, ao Marquês de Pombal e Salazar. As Personagens Malditas da História, mais do que uma galeria impressionante de homens e mulheres cujos nomes nunca mais serão esquecidos, é um reflexo da sociedade, cultura e violência dos tempos em que viveram. Uma história da Humanidade em forma de pequenas biografias tão apaixonantes como inesquecíveis. -
As Cinco Grandes Revoluções da História de PortugalÉ impossível compreender um país sem pensar nas suas revoluções. Este livro vai mais longe e apresenta, pela primeira vez, uma história comparada das várias revoluções em Portugal, explicando as suas origens e consequências para compreendermos melhor a democracia portuguesa contemporânea.Foi 1383-1385 uma escaramuça entre nobres ou uma primeira manifestação das ambições políticas da burguesia, motivada pelo desenvolvimento económico da navegação?A revolta de 1640 impôs uma identidade nacional ou não passou de uma mudança dinástica desencadeada por uma aristocracia com medo de uma verdadeira revolução?As revoluções liberais de 1820 deram início à era democrática ou foram uma briga entre militares que desembocou num regime conservador manipulado por dois partidos elitistas?Foi a República de 1910 um reforçar da democracia ou uma derivação anticlerical e violenta que criou as condições para o aparecimento do Estado Novo?O 25 de Abril foi a tão esperada madrugada da Democracia ou um golpe militar motivado por razões de classe… e que pouco mudou as tendências ancestrais da sociedade portuguesa?Do século XIV ao século XX, a História de Portugal é uma sucessão de falsas partidas. A luta pelos direitos políticos acabou quase sempre manipulada por uma elite, garantindo a continuidade entre regimes económicos e políticos, mitigando a violência e fazendo de Portugal um oásis de pacifismo, mas também um país brando, apático e dos mais pobres da Europa. -
Os Vícios dos Escritores: as loucuras, manias e excessos dos grandes génios da literaturaSerá que um louco pode escrever uma obra-prima?Os especialistas em literatura afirmam que a vida dos autores não tem utilidade para compreender os seus livros. Mas os estudos sobre as grandes obras literárias acabam sempre por explicá-las através da vida e personalidade dos escritores. Kafka era um hipocondríaco vegetariano com um gosto suspeito por menores; Eça de Queiroz, um mulherengo vaidoso com tendência para o cinismo; Camilo Castelo Branco, um maníaco-depressivo, com tendência para o jogo; Dickens manteve uma amante secreta e expulsou a mulher de casa; Gogol era um fanático religioso e um homossexual reprimido; Dostoiévski arruinou financeiramente a família no casino. Sendo assim, será que a chamada grande Literatura nos pode ensinar alguma coisa sobre a vida? Os Vícios dos Escritores é uma viagem rara e surpreendente sobre os segredos da Literatura, os enigmas da beleza e as imposturas da crítica literária.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet