Consciência de Situação - Ensaio sobre The Falling Man
The Falling Man, de Richard Drew, é uma das mais conhecidas - porventura, a mais conhecida - fotografias do 11 de Setembro de 2001. Um homem em queda das Torres Gémeas. Em Consciência de Situação António Araújo fala dessa e doutras imagens de pessoas a cair dos céus, na manhã dos atentados em Nova Iorque, mas não só. De caminho, o 11 de Setembro visto de perto, minuto a minuto. Como se estivéssemos lá no alto, encurralados no cimo do World Trade Center.
"Na manhã de 11 de Setembro de 2001, as câmaras de televisão filmaram uma mulher na rua, horrorizada pelos corpos em queda do cimo das Torres Gémeas. Aos gritos, dizia: "há ali gente a saltar, gente a saltar! Acho que estão a tentar salvar-se!" Ninguém pode tentar salvar-se saltando de um 102.º andar de um edifício. Tudo depende, no entanto, do que entendermos por "salvação". Em função disso, o grito descontrolado daquela mulher pode ser encarado como uma frase insensata e ditada pelo pânico; ou, pelo contrário, como a observação mais certeira e sagaz alguma vez feita sobre os suicidas do 11 de Setembro."
| Editora | Abysmo |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Abysmo |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Araújo |
António M. F. Araújo é o diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário de Santo António e, desde janeiro de 2023, o diretor do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto. Em 2010, fundou a Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, que presidiu até 2017, sendo atualmente o presidente da Mesa da Assembleia Geral. Integra, desde 2013, o Conselho Nacional para a Oncologia e, entre 2017 e 2022, foi o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
Foi distinguido com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro, pelo município do Porto, em 2022. Depois de mais de 100 artigos científicos e capítulos de livros, como autor ou colaborador, É cancro. E agora?, escrito com Ana Rita Lopes, é o seu primeiro livro destinado ao grande público.
-
Matar o Salazar: o atentado de julho de 1937O ATENTADO À BOMBA QUE EXPÕE OS MECANISMOS DO ESTADO NOVO E OFERECE UM RETRATO ÚNICO DO OPOSICIONISMO DA ÉPOCA.O atentado aconteceu a 4 de Julho de 1937. António de Oliveira Salazar estava a sair do carro para assistir a uma missa dominical quando foi detonada uma bomba que partiu janelas de prédios, levantou tampas de esgoto na rua, mas deixou incólume o chefe do Governo. Matar o Salazar regressa a esse momento histórico para ir além da explosão, aprofundando de forma inédita os acontecimentos e o ambiente da época: as subsequentes manobras da propaganda para reforçar a imagem do ditador; a desastrosa investigação da PVDE que condenou inocentes; um processo judicial complexo que só se veio a conhecer em 1996 e expôs como nunca antes a rivalidade entre polícias durante o Estado Novo; o grau de envolvimento de anarquistas e comunistas; e o reforço das diferenças entre a Lisboa burguesa, que ficava entre as Avenidas Novas e as tertúlias da Baixa, e a Lisboa popular, a cidade oposicionista que nascia nos bairros tradicionais e ia além dos confins da Amadora. -
Morte à Pide! A Queda da Polícia Política do Estado NovoTerá sido a Revolução dos Cravos tão branda e pacífica como se diz? O que aconteceu na da PIDE, em Lisboa, no 25 de Abril de 74? Que destino tiveram os agentes da polícia política do Estado Novo?Toda a história no novo livro de António Araújo, um dos grandes especialistas da historiografia contemporânea.O sangrento assalto à sede da PIDE no 25 de Abril, a «caça aos pides» nas ruas de Lisboa, a espectacular fuga da prisão de Alcoentre no «Verão Quente» de 1975. Enquanto isso, os principais responsáveis políticos do anterior regime abandonavam o país sem prisões nem julgamentos, o que, entre outros factores, condicionou decisivamente o destino a dar aos funcionários e agentes da polícia política do Estado Novo. Viagem por um passado que ainda é presente. -
Da Direita à Esquerda: cultura e sociedade em Portugal, dos anos 80 à actualidadeComeçando por retratar a cultura de direita portuguesa dos anos 80 aos nossos dias, o autor debruça-se sobre os grandes pontos de clivagem que, pelo menos à superfície, continuam a dividir as culturas de esquerda e de direita em Portugal. Percorrendo diversas tendências contemporâneas como a proliferação do lifestyle e do trendy, a revisitação light do salazarismo, os livros de auto-ajuda e outras taras actuais, a sociedade portuguesa é apresentada como adversa a extremismos, realçando-se as muitas afinidades ocultas entre direita e esquerda - mais numerosas e profundas do que costumamos julgar. -
«O Mais Sacana Possível»: A Revista Almanaque (1959-1961)«O mais sacana possível», assim era o programa da Almanaque, a mítica revista que Cardoso Pires lançou em finais de 1959, com uma equipa de luxo – SttauMonteiro, Alexandre O’Neil, Augusto Abelaira, Baptista-Bastos, Vasco Pulido Valente, José Cutileiro – e o grafismo ímpar de Sebastião Rodrigues, além da colaboração de todos os grandes nomes da cultura portuguesa do pós-guerra. Durou pouco, 18 números, e o que dela ficou, ao fim destes anos todos, é demasiado pouco para aquilo que a Almanaque representou à época em que viu a luz, com a sua desconcertante originalidade. Foi uma aventura efémera e inconsequente, sem dúvida, que este livro tenta recuperar e honrar, mas também uma pedrada no charco da tacanhez provinciana do Portugal-Salazar.
-
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Ética no Mundo RealPeter Singer é frequentemente descrito como o filósofo mais influente do mundo. É também um dos mais controversos. Neste livro de ensaios breves, Singer aplica as suas controversas formas de pensar a questões como as alterações climáticas, a pobreza extrema, os animais, o aborto, a eutanásia, a seleção genética humana, o doping no desporto, a venda de rins, a ética da arte de elevado preço e formas de aumentar a felicidade. Provocantes e originais, estes ensaios irão desafiar — e possivelmente mudar — as suas crenças sobre uma variedade de questões éticas do mundo real. -
Inteligência ArtificialEste ensaio descreve, de forma acessível, o que é a inteligência artificial e a sua relação com a inteligência humana, assim como possíveis aplicações e implicações societais e económicas. Inclui uma perspectiva histórica e uma análise da situação actual da tecnologia. Reflecte sobre as possíveis consequências do desenvolvimento da inteligência artificial e convida-nos a projectarmos a nossa inteligência no futuro. -
Vertigem - A Tentação da IdentidadeVertigem, o terror das alturas, que na verdade é o medo de ceder à tentação de se deixar cair. Antes de Freud, as chamadas «ciências da alma», incluindo a emergente psiquiatria, reservavam às tonturas um lugar de destaque no quadro das patologias mentais, considerando-as o elemento desestabilizador e intoxicante — simultaneamente repulsivo e atraente — sem o qual a própria consciência não era concebível. Na filosofia, se para Montaigne e Pascal a vertigem podia parecer ainda um distúrbio da razão causado pela imaginação, mais tarde o pensamento deixa de a assimilar como uma instabilidade imaginativa ocasional a ser superada, para a reconhecer como parte do seu próprio processo: a identidade manifesta-se insegura, cinética, opaca, vertiginosa, precisamente. Andrea Cavalletti aproxima as suas análises teóricas da representação cinematográfica da queda no vazio de um famoso filme de Hitchcock, «Vertigo». A combinação genial, nunca antes tentada, de dolly e zoom, para criar o efeito de queda, descreve o movimento duplo de «empurrar e reter», que é a condição habitual do sujeito e da intersubjectividade. Para me encontrar, devo olhar para mim do fundo do abismo, com os olhos dos outros.Tradução de Miguel Serras Pereira -
Guardas de Passagem de NívelEste livro é um retrato de uma profissão em vias de extinção - a de guarda de passagem de nível. Fala sobre mulheres que trabalham à beira da via férrea, por vezes em sítios remotos e inóspitos, e que têm por missão assegurar que os comboios passem em segurança pelos atravessamentos rodoviários. O autor faz também uma incursão na vida dos ferroviários e num caminho-de-ferro que está a desaparecer: o cantonamento telefónico, as linhas onde a modernização ainda não chegou, ou que estarão um dia para fechar, e onde a segurança da circulação depende essencialmente de meios humanos. -
Portugal e o Comércio InternacionalO comércio internacional tem sofrido importantes transformações nas últimas décadas e é algo de omnipresente no mundo atual, afetando de forma direta e indireta os países e os indivíduos, quer enquanto consumidores, quer enquanto trabalhadores. Portugal tem testemunhado estas transformações e o bom desempenho das suas exportações é hoje essencial para um crescimento económico equilibrado. Neste contexto, é importante promover a compreensão dos fundamentos, vantagens e desafios do comércio internacional. Esse é o propósito deste livro. -
As Pescas em PortugalO debate sobre as pescas está viciado por mitos e meias-verdades sobre o condicionamento da Comunidade Europeia, a época áurea do Estado Novo ou o peso que perdeu na economia e na demografia. Com contributos de pescadores, armadores, cientistas e decisores políticos, esta é uma história das pescas portuguesas e um retrato do actual estado do sector, num ensaio que lança as bases para um debate urgente e sério sobre as pescas em Portugal. -
Textos sem Açaime - Crítica do Falso Mundo Liberal Progressista e WokeA visão manicomial do presente baseada na economia como pilar fundamental da sociedade e nos simulacros do progressismo (…) transformou a já degradante sociedade consumista e do espectáculo do homem atomizado numa sociedade do controlo, da vigilância e do pensamento único. Voltamos, passadas décadas sobre o terror dos fenómenos totalitários modernos, a assistir a perseguições, a uma cultura do cancelamento, com pensamentos e opiniões proibidas, julgamentos do passado com as lentes do presente, mortos desenterrados e julgados com o viés activista, assassinatos de carácter, culto da delação, proibição do uso de determinadas palavras, alteração dos significados dos conceitos, controlo total da linguagem e dos comportamentos.