"A Criminologia tem como principal propósito estudar o crime e o comportamento criminal. No contexto luso-brasileiro, refletir e debater sobre a efetividade da justiça é um imperativo para a Academia, pois é fator-chave de desenvolvimento econômico e social. Nesse sentido, os estudos empíricos criminológicos devem orientar políticas judiciárias, a fim de que a Justiça Criminal seja mais efetiva na redução da criminalidade e na proteção das garantias e direitos dos indivíduos." (Fabrício Lunardi; José Cruz; Pedro Sousa)
“Esse livro permitirá ao leitor, ao final, uma compreensão ampla de todos os elementos que integram o crime, o criminoso e a vítima, bem como do atuar da Justiça Penal, com a sugestão de práticas [...] para uma justiça efetiva.” (Sebastião Reis Júnior, Ministro do STJ)"
Professor Permanente e Coordenador Acadêmico do Mestrado da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, Brasil (ENFAM). Doutor em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Pós-Doutorado em Direito pela Universidade de Coimbra. Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
José Neves Cruz Pedro Sousa
Pedro Sousa - Professor Auxiliar da Faculdade de Direito e da Escola de Criminologia da Universidade do Porto. Diretor da Escola de Criminologia. Doutor em Economia, desenvolve investigação no Centro de Investigação Interdisciplinar sobre Crime, Justiça e Segurança (CJS), de que é membro integrado, e ainda no Centro de Investigação Jurídica (CIJ) da FDUP. Tem privilegiado trabalhos científicos relacionados com a avaliação de programas de intervenção no Sistema de Justiça, Violência doméstica, Crimes de colarinho branco, crime organizado e redes criminais.
As Finanças Públicas foram durante muito tempo vistas como uma disciplina com fronteiras consolidadas. A disciplina estuda a intervenção do Estado na economia no desempenho de quatro funções (afectação, redistribuição, estabilização e promoção do desenvolvimento) e o seu financiamento. Nesta perspectiva mais tradicional, o conjunto de capítulos susceptíveis de serem incluídos num compêndio de Finanças Públicas depende de dois factores principais. Em primeiro lugar, depende da importância relativa que se atribui a uma aproximação dedutiva e feita predominantemente em termos reais (mais frequente nos compêndios de Economia Pública) comparativamente com uma aproximação mais indutiva e feita numa perspectiva institucional e financeira (mais frequente nos compêndios de Finanças Públicas). Em segundo lugar, depende do público-alvo. Textos elaborados para estudantes de Direito, em geral, incluem um capítulo sobre a função estabilização, capítulo ausente em muitos dos compêndios orientados para estudantes de Economia e Gestão em consequência desta problemática ser objecto de estudo em cadeiras específicas dos curricula. ( )
A disciplina das Finanças Públicas está em contínua mutação podendo hoje falar-se numa Nova Finanças Públicas. Esta Nova Finanças Públicas incorpora, em primeiro lugar, o estudo da intervenção do Estado na Economia mas agora quebrando a barreira tradicionalmente feita entre intervenção pública e intervenção privada, mas mantendo a análise num quadro de análise predominantemente nacional. São incluídos aqui novos temas como as parcerias sector público-sector privado e a nova gestão pública. Este movimento de alargamento do âmbito da disciplina não parou e hoje já pode incluir-se na disciplina o estudo da intervenção do Estado na economia abandonando a restrição do âmbito nacional.(...)
No caso presente, estamos perante um excelente compêndio dirigido predominantemente a alunos de primeiro ciclo de licenciaturas em Direito, mas que pode ser também usado em primeiros ciclos de licenciaturas em Economia e Gestão. Ao optar por remeter o tratamento mais matemático dos temas abordados para anexos, o autor consegue flexibilizar a obra no que respeita aos seus destinatários. Uma particularidade que agrada especialmente na obra agora publicada, é o recurso que o autor faz a muitos exemplos práticos. Esta obra combina bem análises típicas da Economia Pública e das Finanças Públicas, o que em si é também uma mais-valia. A importância dada às problemáticas do Federalismo Fiscal e da Teoria da Escolha Pública é já significativa. Ficam de fora os temas hoje incluídos na Nova Finanças Públicas, situação compreensível tendo em conta a restrição relativa à dimensão do compêndio e seus destinatários.
Conteúdo:
I A escolha pública e as finanças do estado
II As Funções do estado
III A tributação
IV O défice e a dívida pública
V O sistema político e a intervenção estatal
VI A descentralização
Da introdução
A análise do sistema político pela ciência económica como meio de tradução das preferências da comunidade em escolha pública já tem sete décadas. Esta abordagem é correntemente denominada de "Public Choice" e está especialmente vocacionada para o estudo das escolhas que os diferentes agentes (indivíduos ou grupos) fazem num ambiente institucional de interacção.
[ ]Este trabalho em termos gerais insere-se numa abordagem da política subordinada ao "individualismo metodológico". No entanto, contrapomos uma visão da escolha pública baseada na interacção de grupos organizados à volta de um interesse comum (este pode ser definido apenas a partir de uma visão estrita da racionalidade e) ou combinando motivações sociológicas - altruísmo, afinidade, simpatia, filiação, normas sociais, ética).
Estas duas perspectivas constituem os dois pilares essenciais a partir também dos quais os economistas edificaram o estudo da política.