As Finanças Públicas foram durante muito tempo vistas como uma disciplina com fronteiras consolidadas. A disciplina estuda a intervenção do Estado na economia no desempenho de quatro funções (afectação, redistribuição, estabilização e promoção do desenvolvimento) e o seu financiamento. Nesta perspectiva mais tradicional, o conjunto de capítulos susceptíveis de serem incluídos num compêndio de Finanças Públicas depende de dois factores principais. Em primeiro lugar, depende da importância relativa que se atribui a uma aproximação dedutiva e feita predominantemente em termos reais (mais frequente nos compêndios de Economia Pública) comparativamente com uma aproximação mais indutiva e feita numa perspectiva institucional e financeira (mais frequente nos compêndios de Finanças Públicas). Em segundo lugar, depende do público-alvo. Textos elaborados para estudantes de Direito, em geral, incluem um capítulo sobre a função estabilização, capítulo ausente em muitos dos compêndios orientados para estudantes de Economia e Gestão em consequência desta problemática ser objecto de estudo em cadeiras específicas dos curricula. ( )
A disciplina das Finanças Públicas está em contínua mutação podendo hoje falar-se numa Nova Finanças Públicas. Esta Nova Finanças Públicas incorpora, em primeiro lugar, o estudo da intervenção do Estado na Economia mas agora quebrando a barreira tradicionalmente feita entre intervenção pública e intervenção privada, mas mantendo a análise num quadro de análise predominantemente nacional. São incluídos aqui novos temas como as parcerias sector público-sector privado e a nova gestão pública. Este movimento de alargamento do âmbito da disciplina não parou e hoje já pode incluir-se na disciplina o estudo da intervenção do Estado na economia abandonando a restrição do âmbito nacional.(...)
No caso presente, estamos perante um excelente compêndio dirigido predominantemente a alunos de primeiro ciclo de licenciaturas em Direito, mas que pode ser também usado em primeiros ciclos de licenciaturas em Economia e Gestão. Ao optar por remeter o tratamento mais matemático dos temas abordados para anexos, o autor consegue flexibilizar a obra no que respeita aos seus destinatários. Uma particularidade que agrada especialmente na obra agora publicada, é o recurso que o autor faz a muitos exemplos práticos. Esta obra combina bem análises típicas da Economia Pública e das Finanças Públicas, o que em si é também uma mais-valia. A importância dada às problemáticas do Federalismo Fiscal e da Teoria da Escolha Pública é já significativa. Ficam de fora os temas hoje incluídos na Nova Finanças Públicas, situação compreensível tendo em conta a restrição relativa à dimensão do compêndio e seus destinatários.
Conteúdo:
I A escolha pública e as finanças do estado
II As Funções do estado
III A tributação
IV O défice e a dívida pública
V O sistema político e a intervenção estatal
VI A descentralização
Da introdução
A análise do sistema político pela ciência económica como meio de tradução das preferências da comunidade em escolha pública já tem sete décadas. Esta abordagem é correntemente denominada de "Public Choice" e está especialmente vocacionada para o estudo das escolhas que os diferentes agentes (indivíduos ou grupos) fazem num ambiente institucional de interacção.
[ ]Este trabalho em termos gerais insere-se numa abordagem da política subordinada ao "individualismo metodológico". No entanto, contrapomos uma visão da escolha pública baseada na interacção de grupos organizados à volta de um interesse comum (este pode ser definido apenas a partir de uma visão estrita da racionalidade e) ou combinando motivações sociológicas - altruísmo, afinidade, simpatia, filiação, normas sociais, ética).
Estas duas perspectivas constituem os dois pilares essenciais a partir também dos quais os economistas edificaram o estudo da política.
A aprovação de mais uma Lei do Orçamento do Estado implica profundas modificações em quase todos os diplomas que integram este Códigos Tributários. Surge, por isso, esta 27ª edição, contemplando já as recentes alterações fruto da aprovação do Orçamento do Estado para 2024, pela Lei nº 82/2023, 29 de dezembro, que, não fugindo à regra, vem introduzir extensas alterações de forma transversal neste título. Também a 29 de dezembro, foi publicada a Lei nº 82-A/2023, que adaptou as regras de determinação do resultado fiscal, em sede de IRC, alterando o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e a Lei nº 22-A/2007, de 29 de junho. A presente edição contempla ainda as alterações da Lei nº 81/2023, de 28 de dezembro, que transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva (UE) 2020/284 do Conselho, de 18 de fevereiro de 2020, que altera a Diretiva 2006/112/CE no que diz respeito à introdução de determinadas obrigações aplicáveis aos prestadores de serviços de pagamento, e alterou, entre outros, o Regime Geral das Infrações Tributárias e o Regime Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira.
A publicação de cada novo Orçamento do Estado representa, invariavelmente, uma significativa alteração aos códigos fiscais e tributários. Já era esperado, portanto, que o Orçamento do Estado para 2024, aprovado pela Lei n.º 82/2023, de 29 de dezembro, implicasse inúmeras mudanças aos conteúdos deste Fiscal – Edição Académica, o que justificava, por si só, a publicação desta 32.ª edição. Assim, para além de incluir as tabelas de retenção de IRS para 2024, esta obra contempla as alterações introduzidas aos seguintes diplomas:• Código do IRS e tabelas de retenção na fonte;
• Código do IRC;
• Código do IVA e listas I e II anexas ao mesmo;
• Código do Imposto do Selo e tabela anexa;
• Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis;• Código do Imposto Municipal sobre Imóveis;
• Estatuto dos Benefícios Fiscais;
• Código Fiscal do Investimento;
• Lei Geral Tributária;
• Código de Procedimento e de Processo Tributário;
• Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro;
• Regime Geral das Infrações Tributárias;
• Regime Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária Aduaneira;• Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
Esperamos, com esta nova edição, voltar a disponibilizar a estudantes das mais variadas áreas do ensino superior, e também a profissionais no âmbito do Direito Fiscal e Tributário, uma obra que lhes mereça total confiança e que lhes seja da maior utilidade.
A presente edição destas Lições mantém quase intacta a estrutura discursiva e sistemática subjacente às edições anteriores. Apenas se procederam a alterações pontuais, embora não insignificantes, motivadas quer pelas contínuas intervenções normativas - que colocam os estudiosos em constante sobressalto científico -, quer pelas sempre úteis decisões jurisprudenciais, que continuam a ser ainda um dos mais valiosos substratos da obra.
Tratando-se de um texto essencialmente para estudiosos, entende-se que não pode deixar de ser feito o adequado compromisso entre um enfoque doutrinário, tendencialmente mais abstrato e axiologicamente mais denso, e um enfoque baseado nos casos decididos, necessariamente mais concreto e que envolve uma natureza mais praxiológica.
As Lições de Finanças Públicas e Direito Financeiro correspondem às aulas da disciplina de Finanças Públicas na licenciatura em Direito, da Escola de Lisboa, da Universidade Católica Portuguesa. Estas foram revistas e atualizadas, apresentando um novo programa.
Pensadas para alunos, estas Lições são úteis para todos os que queiram ficar com uma visão de conjunto sobre as matérias mais relevantes de Finanças Públicas. A sua leitura permitirá a compreensão dos principais momentos de evolução histórica da disciplina, bem como da organização e desenvolvimento da atividade financeira. Permitirá ainda um conhecimento geral sobre o Orçamento do Estado, o Tribunal de Contas e as Parcerias Público-Privadas, não deixando de abordar os constrangimentos orçamentais que a pertença à União Europeia implica.
A 8ª edição destas lições de Direito Económico, publicada 30 anos após a 1ª edição, continua, como as anteriores, a procurar corresponder às exigências da disciplina, quer quanto ao seu conteúdo, quer quanto às suas linhas orientadoras. Daí o relevo concedido à ordem jurídica da economia da União Europeia, bem como a domínios que assumem um papel decisivo neste quadro, como a regulação da concorrência e da cooperação entre empresas, do sistema monetário e financeiro, da qualidade, do ambiente e da informação e comunicação na economia digital.
Na estruturação e no discurso adotados, refletem-se os propósitos antes de mais académicos e pedagógicos destas lições, buscando um equilíbrio entre densidade teórica, rigor informativo e capacidade de síntese. No entanto, houve também o intuito de construir um instrumento útil a todos quantos, nos meios jurídico, político, económico, empresarial e da comunicação social, sintam a necessidade de uma abordagem simultaneamente teórica e prática destas matérias.
A aprovação de mais uma Lei do Orçamento do Estado implica profundas modificações em quase todos os diplomas que integram qualquer coletânea de legislação fiscal.Surge, por isso, esta edição, contemplando já as recentes alterações fruto da aprovação do Orçamento do Estado para 2024, pela Lei nº 82/2023, de 29 de dezembro.Também a 29 de dezembro, foi publicada a Lei nº 82-A/2023, que adaptou as regras de determinação do resultado fiscal, em sede de IRC, alterando o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e a Lei nº 22-A/2007, de 29 de junho.A presente edição contempla ainda as alterações da Lei nº 81/2023, de 28 de dezembro, que transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva (UE) 2020/284do Conselho, de 18 de fevereiro de 2020, que altera a Diretiva 2006/112/CE no que diz respeito à introdução de determinadas obrigações aplicáveis aos prestadores de serviços de pagamento, e alterou, entre outros, o Regime Geral das Infrações Tributárias e o Regime Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira.
Constitui objectivo deste livro fornecer aos alunos do 1º ciclo uma exposição das principais matérias versadas nas aulas. Nele são tratados os temas clássicos da teoria geral do direito fiscal e feita uma descrição do sistema fiscal português, a que acresce um capítulo sobre o "direito económico fiscal", novidade sem paralelo nos manuais de direito fiscal, e uma alusão ao direito penal fiscal.
Após uma introdução a fixar o conceito de imposto e a delimitar o âmbito do direito fiscal, entra-se na correspondente teoria geral. Nela se trata da teoria geral do ordenamento jurídico-fiscal, cuidando, depois, da teoria geral da relação jurídica fiscal, em que se percorre a relação fiscal, a actividade administrativa fiscal e as garantias dos contribuintes. Em sede do sistema fiscal, além da sua evolução e estrutura, descreve-se a dinâmica dos impostos que integram a tributação do rendimento, do património e do consumo.
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