Marta Rebelo seleccionou, de entre os filmes da sua vida, os trinta títulos mais marcantes, partindo do princípio de que «cada vida é um filme». Curta ou longa-metragem, drama ou comédia romântica, terror, pavor com muitos ou poucos actores e milhares de figurantes. Por vezes vive-se uma obra prima do ponto de vista do cinéfilo mas um filme é tão mais importante quanto mais nos obrigar a reinventar a sua história, e até a modificá-la. Por isso, este não é um livro sobre cinema, mas sobre as vidas que o cinema nos obrigou a ser, a viver e a imaginar. Cada história de cada filme é uma vida que tomamos de empréstimo. Quem nunca imaginou ser um desses personagens de celulóide? Quem nunca imaginou que era o intérprete de uma história inventada pelo melhor dos realizadores? Neste livro, Marta Rebelo reinventa as histórias de Citizen Kane, Casablanca, La Dolce Vitta, Janela Indiscreta, Há Lodo no Cais, Último Tango em Paris, O Leopardo, Era Uma Vez no Oeste, A Idade da Inocência, O Lugar do Morto, Pulp Fiction, Match Point, Million Dollar Baby ou Este País Não É para Velhos, entre outros - e obriga-nos a retomar o nosso lugar na cadeira do cinema para reviver uma nova história desses filmes, mais próxima de nós. E mais tentadora. Ou apenas comovente.
Este escrito, imbuído em entusiasmo europeísta, procura falar da Europa aos europeus, aproximando-os de uma realidade que julgam uma EUtopia. Trata uma das questões mais prementes no âmbito da União Europeia: a legitimidade social, a identificação popular com o patamar europeu de governação.
Do momento constitucional ainda em curso deveriam extrair-se todas as consequências no sentido de encontrar a base de sustentação social da UE. Procurámos encontrar o fim prosseguido pelo "Tratado que institui uma Constituição para a Europa", detendo-nos na ambiguidade da sua linguagem constitucional e no método de aprovação, jus-internacional mas constitucional. Não oferecendo à questão da legitimidade social resposta cabal, é um passo fundamental para o futuro da Europa. Todavia, a nossa EUtopia não encontra aqui concretização, mas sim numa verdadeira Constituição. Que materialmente pré-existe à formalidade socialmente legitimadora.
Índice
I. Legitimidade em crise
II. Legitimidade e Povo
III. Legitimidade e Constituição
IV. Breves Conclusões
V. Referências bibliográficas
As transferências do orçamento do Estado para as autarquias locais,
encontram-se no cerne da problemática das finanças públicas. A
Constituição reclama descentralização e impõe justiça na repartição
de recursos públicos. Como descentralizar e transferir competências
sem o necessário incremento das transferências? Como encontrar
critérios de justiça na repartição de recursos escassos entre o Estado
e as autarquias, quando aquele não pode sustentar um aumento das
transferências fiscais e aquelas não podem suportar a despesa local
sem um volume crescente de transferências?
Partindo da análise da descentralização territorial e da autonomia local,
do estudo da economia pública local e da descentralização financeira,
conduzimos o debate sobre o modelo de financiamento local, avançando
com um modelo misto e considerando já, no derradeiro Capítulo, a
nova Lei das Finanças Locais e o modelo que preconiza.
PLANO DE TRABALHO
Introdução
Parte I - A descentralização
Capítulo I - O princípio da descentralização Capítulo II - O princípio da autonomia local Capítulo III - Descentralização financeira
Parte II - A justa repartição de recursos entre o Estado e as autarquias locais
Capítulo I - As Autarquias locais
Capítulo II - Finanças das autarquias locais em Portugal
Capítulo III - Repartição, equidade e eficiência - a reformulação do sistema de transferências orçamentais
Capítulo IV - Conclusões - Comparação das premissas do modelo proposto à luz da nova LFL
O estudo que ora se apresenta configura-se como um contributo jurídico-financeiro para a concretização
de um objectivo de natureza eminentemente territorial: a reorganização do território autárquico municipal,
cujo momento é determinado pelos parceiros de Portugal no plano de ajustamento que o país se viu na
contingência de celebrar com a célebre troika.
As finanças locais podem, agora, influenciar a dimensão dos municípios a montante, mas não apenas: partindo
de uma apreciação das funcionalidades relacionais dos municípios nas suas fronteiras pré-existentes
obtemos um indicador relativo às competências e ao financiamento, que permitirá reformular tais fronteiras.
De molde a que o interior destas corresponda à dimensão financeira óptima municipal, adequada para
a alocação de despesas provisão de modo eficiente e concorrente para o bem-estar daquele colectivo e
apta também ao financiamento das mesmas. Os princípios operativos propostos neste estudo a integração
e finanças federativas, metropolitanas e integradas juntam-se, assim, aos instrumentos clássicos
de ponderação das fronteiras municipais, procurando soluções de primeiro óptimo para a reorganização
territorial que vamos experimentar.