
Da Arte de Conversar na Corte e no Palácio - De Corte na aldeia (1619) a Arte de galanteria (1628)
José Adriano de Freitas Carvalho
Poderá gostar
Detalhes do Produto
- Editora: Afrontamento
- Categorias:
- Ano: 2020
- ISBN: 9789723618365
- Número de páginas: 170
- Capa: Brochada
Sinopse
COMO DIZIA UM CORTESÃO ITALIANO, NA CORTE DOS REIS A MAIOR PARTE DO TEMPO É GASTO A CONVERSAR, E, COMPLETAVA OUTRO, PORTUGUÊS, NO PALÁCIO O SABER VIDAS ALHEIAS É O PASSATEMPO MAIS VULGAR.
Do registo de uma conversação que procurava não deixar esquecer pautas e formas de usos consagrados nas relações sociais de um palácio real, seria tentar perceber em tais registos a arte de conversar. Privilegiamos comportamentos e práticas sociais do cortesão – na corte ou no palácio – sem nos demorarmos na teorização – retórica, sobretudo – que os explica e justifica ou, talvez melhor, os explicaria e justificaria. Por este ângulo, em Corte na aldeia, obra escrita por um Rodrigues Lobo que nunca terá frequentado uma corte real – Vila Viçosa, com todos os seus esplendores e realengas etiquetas, não era uma corte real, mas apenas uma corte principesca comparável à de algumas cortes italianas do seu tempo –, tentamos «descortinar» como deveria conversar o cortesão «bem acostumado» para ser «agradável aos com quem pratica»; e em Arte de galanteria, pensada por alguém que frequentou, por direitos de berço e sangue e de serviços, a corte de Espanha, procurámos entrever a arte de conversar que, culminando a «fina galantaria», era «chave dourada» da «cultura de palácio», essa cultura que os dois autores lastimavam faltar no Portugal do seu tempo.
Ler mais