Da Ciência à Transcendência - Epistemologia da Motricidade Humana
Começar esta coleção com uma coletânea de textos de Manuel Sérgio é um gesto fundador, com a força simbólica própria dos gestos que dão origem a uma história. Na sua obra, encontramos o mais importante esforço de construção de uma filosofia do desporto, em Portugal, e o contributo mais decisivo para a formulação de um novo paradigma: a motricidade humana. Em Manuel Sérgio, a «meditação» sobre o desporto é uma forma de pensar o mundo da vida.
| Editora | Universidade Católica |
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| Editora | Universidade Católica |
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| Autores | Manuel Sérgio |
Manuel Sérgio nasceu em Lisboa em 20 Abril de 1933 e é filósofo, professor, educador, activista e político português. É licenciado em Filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa e Doutor e Professor Agregado em Motricidade Humana pela Universidade Técnica de Lisboa. A sua tese de doutoramento, intitulada “Para uma Epistemologia da Motricidade Humana”, defende a existência da ciência da motricidade humana, de que a educação física é a pré-ciência. É sócio da Associação Portuguesa de Escritores e autor e co-autor de 40 livros e de inúmeros artigos, em revistas nacionais e estrangeiras. É professor catedrático convidado aposentado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Foi professor catedrático da Universidade Fernando Pessoa e do Instituto Superior da Maia, e ainda da Faculdade de Educação de Física da Universidade Estadual de Campinas.
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Desporto em PalavrasSó há pouco tempo se começou a entender a revolução científica das ideias de Manuel Sérgio, que, porque sabe que o Desporto é uma atividade humana e não só uma atividade física, encontrou, na prática desportiva, um meio indispensável de pedagogia e desenvolvimento. Quando o treinador do F.C.Porto, José Maria Pedroto, referindo-se a Manuel Sérgio, o classificou como um profeta, encontrou a palavra certa para salientar o seu trabalho epistemológico e filosófico, principalmente durante as décadas de 70 e 80 do século passado. Poderíamos ainda relembrar as palavras de José Mourinho, sobre o seu velho professor. Quem acompanha de perto o Desporto, ou o estuda e investiga, como o autor deste livro, sabe que o Desporto se expressa principalmente através de gestos, de uma linguagem (incluindo a corporal), de símbolos, de motivações, de significações e de valores. Estamos indiscutivelmente na área do humano, onde a Ética desempenha um papel indispensável. O caminho intelectual de Manuel Sérgio parece nos ser este: epistemologia-ontologia-axiologia. Por isso, ele foi e continua novo, na sua visão do Desporto. José Carlos Lima, Coordenador do PNED -
Para um Desporto do Futuro“Nesta obra, de inestimável interesse, Manuel Sérgio exalta o desporto como instrumento privilegiado para agir positivamente sobre todos os constrangimentos elencados, sendo, em simultâneo, uma ferramenta de educação, ao serviço da construção do futuro num mundo plural e diversificado.”João Paulo Rebelo “Neste sentido, Para um Desporto do Futuro – um texto curto mas feliz, que sintetiza o que o desporto deveria ser do ponto de vista do ideal da perfeição – devia não só ser lido por todos os desportistas como, sem querermos exagerar, ser obrigatório o debate das suas variadas teses em todos os colóquios e congressos ligados à actividade desportiva, contribuindo assim para tornar real e actual o que parece ser da ordem de um tempo longínquo.”Miguel Real -
Antologia PoéticaPrimeiro e grande doutrinador de toda a história do desporto português, autor de uma tese inédita e inovadora sobre a motricidade humana, Manuel Sérgio é hoje, nessa área, um nome sobejamente conhecido e admirado dentro e fora do país. Menos conhecida mas não menos importante é a sua outra faceta de poeta. Esta Antologia Poética, que reúne alguns dos melhores poemas que vem escrevendo desde 1961, não deixa qualquer dúvida a esse respeito. Poeta católico, a sua relação com Deus leva-o para coordenadas poéticas que entroncam sobretudo na estética presencista. Segundo o seu prefaciador, José Eduardo Franco, "Ler a poesia de Manuel Sérgio é banhar-se em águas cristalinas e deslizar em riachos suaves, como que realizando um movimento de regresso à infância e à inocência perdida". E "(...) um hino à vida, à liberdade, à amizade, ao amor, à família e à humanidade". -
O Futebol e EuPedroto chamou-lhe profeta, Mourinho considera-o como o seu guru. Na verdade, não há treinador que não queira encontrar-se com Manuel Sérgio para melhor entender o conceito de Motricidade Humana por si criado e que veio revolucionar por completo a forma de encarar os atletas e o treino. Este livro, condensa toda a longa e vasta experiência de Manuel Sérgio junto do mundo do futebol. Como muito bem costuma dizer: O que importa não é o chuto, é o homem que chuta. -
Para Uma Epistemologia da Motricidade Humana: prolegómenos a uma nova ciência do homemDecorrente da sua Tese de Doutoramento, Para Uma Epistemologia da Motricidade Humana veio criar um novo paradigma, a motricidade humana, e anunciar uma nova metodologia para análise do desenvolvimento do corpo e exercício físico, assente no conhecimento científico, que provocou uma autêntica revolução no âmbito do ensino da educação física e do desporto. Da enorme importância desta obra resultou a criação da Faculdade de Motricidade Humana e a consagração de Manuel Sérgio como o nosso grande teorizador e filósofo do desporto. -
As Lições do Professor Manuel SérgioA tese de Manuel Sérgio revolucionou a forma de olhar o desporto em geral e o futebol em particular. José Maria Pedroto, em finais dos anos 70 e princípios dos anos 80, foi o primeiro a percebê-lo. Conversava então com o Professor para melhor entender o significado da motricidade humana e a forma de aplicar este conceito inovador ao seu trabalho de treinador de futebol, também ele, por seu lado, muito adiantado no tempo. José Mourinho, vinte anos depois, operacionalizou, como ninguém, os princípios que aprendeu com Manuel Sérgio na faculdade. E tornou a motricidade humana alvo da maior curiosidade no mundo do futebol. Em Portugal e em todo o mundo. Este livro traduz o conteúdo das conferências que o Professor Manuel Sérgio realizou em Lisboa, em Maio de 2013, e nas quais participaram alguns dos mais respeitados treinadores de futebol nacionais da actualidade, tais como José Peseiro, Rui Vitória, Toni, José Couceiro, Ricardo Sá Pinto, Álvaro Magalhães, José Dominguez, para além de Lúcio Antunes, seleccionador de Cabo Verde. -
Filosofia do FutebolManuel Sérgio, guru que inspira treinadores tão importantes como José Mourinho ou Jorge Jesus, apresenta sob a forma de livro a matéria que fez parte de uma cadeira que leccionou numa universidade brasileira. José Mourinho resume tudo ao escrever que Manuel Sérgio "quando fala de futebol, pede desculpa por saber tão pouco. É a humildade dos sábios". -
Uma Reformulação da Ética e Outros EscritosManuel Sérgio, porque não tem a sua obra traduzida em língua inglesa, não merece ainda o reconhecimento internacional que a sua obra inteiramente merece. A partir da década de 60, trouxe para o estudo e pesquisa do desporto alguns dos nomes maiores da epistemologia contemporânea, tais como Bachelard, Canguilhem, Althusser, Piaget, Foucault, Popper, Kuhn, Marcuse, Habermas e Feyerabend e os portugueses Adérito Sedas Nunes, Vitorino Magalhães Godinho, Armando Castro e Boaventura de Sousa Santos. Criou o paradigma da Faculdade de Motricidade Humana, dando à palavra Motricidade a definição de «movimento intencional e solidário da transcendência (ou superação)». Num tempo de crise, como o nosso, que se manifesta por um incessante suceder de modas - crise que é sobretudo de valores - impõe-se a tarefa de encontrar uma nova ética que tenha o ser humano como ponto de partida e de chegada. E sempre através da transcendência. -
Filosofia do FutebolManuel Sérgio, professor e filósofo que inspirou treinadores tão marcantes como José Mourinho ou Jorge Jesus, apresenta neste livro, agora republicado, a matéria que fez parte de cadeiras que lecionou em universidades brasileiras e portuguesas.«Quando Manuel Sérgio fala de futebol, pede desculpa por saber tão pouco; é a humildade dos sábios», diz José Mourinho. -
Desporto é dizer TranscendênciaAos 90 anos de idade, Manuel Sérgio ainda nos oferece, com a sua habitual juventude de espírito, um livro onde é visível uma invulgar erudição e a uma vontade, que não esconde, de religar desporto e filosofia. Este volume alberga dois livros: «Para um desenvolvimento do desporto nacional», editado pela Moraes, em Dezembro de 1974, a partir do qual Manuel Sérgio dá corpo a uma ideia que vem defendendo, através dos anos – a necessidade da criação de um Ministério do Desporto. A este livro, já esgotado, acrescentou três ensaios e uma homenagem, totalmente inéditos, e assim nasceu um novo livro Desporto é dizer transcendência. Enfim, Manuel Sérgio não deixa de pensar e de escrever…
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.