Antologia Poética
Primeiro e grande doutrinador de toda a história do desporto português, autor de uma tese inédita e inovadora sobre a motricidade humana, Manuel Sérgio é hoje, nessa área, um nome sobejamente conhecido e admirado dentro e fora do país. Menos conhecida mas não menos importante é a sua outra faceta de poeta.
Esta Antologia Poética, que reúne alguns dos melhores poemas que vem escrevendo desde 1961, não deixa qualquer dúvida a esse respeito. Poeta católico, a sua relação com Deus leva-o para coordenadas poéticas que entroncam sobretudo na estética presencista. Segundo o seu prefaciador, José Eduardo Franco, "Ler a poesia de Manuel Sérgio é banhar-se em águas cristalinas e deslizar em riachos suaves, como que realizando um movimento de regresso à infância e à inocência perdida". E "(...) um hino à vida, à liberdade, à amizade, ao amor, à família e à humanidade".
| Editora | Nova Vega |
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| Editora | Nova Vega |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Manuel Sérgio |
Manuel Sérgio nasceu em Lisboa em 20 Abril de 1933 e é filósofo, professor, educador, activista e político português. É licenciado em Filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa e Doutor e Professor Agregado em Motricidade Humana pela Universidade Técnica de Lisboa. A sua tese de doutoramento, intitulada “Para uma Epistemologia da Motricidade Humana”, defende a existência da ciência da motricidade humana, de que a educação física é a pré-ciência. É sócio da Associação Portuguesa de Escritores e autor e co-autor de 40 livros e de inúmeros artigos, em revistas nacionais e estrangeiras. É professor catedrático convidado aposentado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Foi professor catedrático da Universidade Fernando Pessoa e do Instituto Superior da Maia, e ainda da Faculdade de Educação de Física da Universidade Estadual de Campinas.
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Desporto em PalavrasSó há pouco tempo se começou a entender a revolução científica das ideias de Manuel Sérgio, que, porque sabe que o Desporto é uma atividade humana e não só uma atividade física, encontrou, na prática desportiva, um meio indispensável de pedagogia e desenvolvimento. Quando o treinador do F.C.Porto, José Maria Pedroto, referindo-se a Manuel Sérgio, o classificou como um profeta, encontrou a palavra certa para salientar o seu trabalho epistemológico e filosófico, principalmente durante as décadas de 70 e 80 do século passado. Poderíamos ainda relembrar as palavras de José Mourinho, sobre o seu velho professor. Quem acompanha de perto o Desporto, ou o estuda e investiga, como o autor deste livro, sabe que o Desporto se expressa principalmente através de gestos, de uma linguagem (incluindo a corporal), de símbolos, de motivações, de significações e de valores. Estamos indiscutivelmente na área do humano, onde a Ética desempenha um papel indispensável. O caminho intelectual de Manuel Sérgio parece nos ser este: epistemologia-ontologia-axiologia. Por isso, ele foi e continua novo, na sua visão do Desporto. José Carlos Lima, Coordenador do PNED -
Para um Desporto do Futuro“Nesta obra, de inestimável interesse, Manuel Sérgio exalta o desporto como instrumento privilegiado para agir positivamente sobre todos os constrangimentos elencados, sendo, em simultâneo, uma ferramenta de educação, ao serviço da construção do futuro num mundo plural e diversificado.”João Paulo Rebelo “Neste sentido, Para um Desporto do Futuro – um texto curto mas feliz, que sintetiza o que o desporto deveria ser do ponto de vista do ideal da perfeição – devia não só ser lido por todos os desportistas como, sem querermos exagerar, ser obrigatório o debate das suas variadas teses em todos os colóquios e congressos ligados à actividade desportiva, contribuindo assim para tornar real e actual o que parece ser da ordem de um tempo longínquo.”Miguel Real -
O Futebol e EuPedroto chamou-lhe profeta, Mourinho considera-o como o seu guru. Na verdade, não há treinador que não queira encontrar-se com Manuel Sérgio para melhor entender o conceito de Motricidade Humana por si criado e que veio revolucionar por completo a forma de encarar os atletas e o treino. Este livro, condensa toda a longa e vasta experiência de Manuel Sérgio junto do mundo do futebol. Como muito bem costuma dizer: O que importa não é o chuto, é o homem que chuta. -
Para Uma Epistemologia da Motricidade Humana: prolegómenos a uma nova ciência do homemDecorrente da sua Tese de Doutoramento, Para Uma Epistemologia da Motricidade Humana veio criar um novo paradigma, a motricidade humana, e anunciar uma nova metodologia para análise do desenvolvimento do corpo e exercício físico, assente no conhecimento científico, que provocou uma autêntica revolução no âmbito do ensino da educação física e do desporto. Da enorme importância desta obra resultou a criação da Faculdade de Motricidade Humana e a consagração de Manuel Sérgio como o nosso grande teorizador e filósofo do desporto. -
Da Ciência à Transcendência - Epistemologia da Motricidade HumanaComeçar esta coleção com uma coletânea de textos de Manuel Sérgio é um gesto fundador, com a força simbólica própria dos gestos que dão origem a uma história. Na sua obra, encontramos o mais importante esforço de construção de uma filosofia do desporto, em Portugal, e o contributo mais decisivo para a formulação de um novo paradigma: a motricidade humana. Em Manuel Sérgio, a «meditação» sobre o desporto é uma forma de pensar o mundo da vida. -
As Lições do Professor Manuel SérgioA tese de Manuel Sérgio revolucionou a forma de olhar o desporto em geral e o futebol em particular. José Maria Pedroto, em finais dos anos 70 e princípios dos anos 80, foi o primeiro a percebê-lo. Conversava então com o Professor para melhor entender o significado da motricidade humana e a forma de aplicar este conceito inovador ao seu trabalho de treinador de futebol, também ele, por seu lado, muito adiantado no tempo. José Mourinho, vinte anos depois, operacionalizou, como ninguém, os princípios que aprendeu com Manuel Sérgio na faculdade. E tornou a motricidade humana alvo da maior curiosidade no mundo do futebol. Em Portugal e em todo o mundo. Este livro traduz o conteúdo das conferências que o Professor Manuel Sérgio realizou em Lisboa, em Maio de 2013, e nas quais participaram alguns dos mais respeitados treinadores de futebol nacionais da actualidade, tais como José Peseiro, Rui Vitória, Toni, José Couceiro, Ricardo Sá Pinto, Álvaro Magalhães, José Dominguez, para além de Lúcio Antunes, seleccionador de Cabo Verde. -
Filosofia do FutebolManuel Sérgio, guru que inspira treinadores tão importantes como José Mourinho ou Jorge Jesus, apresenta sob a forma de livro a matéria que fez parte de uma cadeira que leccionou numa universidade brasileira. José Mourinho resume tudo ao escrever que Manuel Sérgio "quando fala de futebol, pede desculpa por saber tão pouco. É a humildade dos sábios". -
Uma Reformulação da Ética e Outros EscritosManuel Sérgio, porque não tem a sua obra traduzida em língua inglesa, não merece ainda o reconhecimento internacional que a sua obra inteiramente merece. A partir da década de 60, trouxe para o estudo e pesquisa do desporto alguns dos nomes maiores da epistemologia contemporânea, tais como Bachelard, Canguilhem, Althusser, Piaget, Foucault, Popper, Kuhn, Marcuse, Habermas e Feyerabend e os portugueses Adérito Sedas Nunes, Vitorino Magalhães Godinho, Armando Castro e Boaventura de Sousa Santos. Criou o paradigma da Faculdade de Motricidade Humana, dando à palavra Motricidade a definição de «movimento intencional e solidário da transcendência (ou superação)». Num tempo de crise, como o nosso, que se manifesta por um incessante suceder de modas - crise que é sobretudo de valores - impõe-se a tarefa de encontrar uma nova ética que tenha o ser humano como ponto de partida e de chegada. E sempre através da transcendência. -
Filosofia do FutebolManuel Sérgio, professor e filósofo que inspirou treinadores tão marcantes como José Mourinho ou Jorge Jesus, apresenta neste livro, agora republicado, a matéria que fez parte de cadeiras que lecionou em universidades brasileiras e portuguesas.«Quando Manuel Sérgio fala de futebol, pede desculpa por saber tão pouco; é a humildade dos sábios», diz José Mourinho. -
Desporto é dizer TranscendênciaAos 90 anos de idade, Manuel Sérgio ainda nos oferece, com a sua habitual juventude de espírito, um livro onde é visível uma invulgar erudição e a uma vontade, que não esconde, de religar desporto e filosofia. Este volume alberga dois livros: «Para um desenvolvimento do desporto nacional», editado pela Moraes, em Dezembro de 1974, a partir do qual Manuel Sérgio dá corpo a uma ideia que vem defendendo, através dos anos – a necessidade da criação de um Ministério do Desporto. A este livro, já esgotado, acrescentou três ensaios e uma homenagem, totalmente inéditos, e assim nasceu um novo livro Desporto é dizer transcendência. Enfim, Manuel Sérgio não deixa de pensar e de escrever…
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira