
De Todas as Partes do Mundo - O Património do 5.º Duque de Bragança, D. Teodósio I
Jessica Hallett, Nuno Senos
(coord.)
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Detalhes do Produto
- Editora: Tinta da China
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- Ano: 2018
- ISBN: 9789896711771
Sinopse
Um retrato único da vida aristocrática do Portugal de quinhentos, a partir do inventário do Paço Ducal de Vila Viçosa.
D. Teodósio I, 5.º duque de Bragança, morreu em 1563. Sobreviveram-lhe o duque herdeiro, a muito jovem viúva D. Brites, e dois filhos menores cujos direitos tinham também de ser acautelados. As tensões familiares e a complexidade das partilhas levaram a que, ao longo dos três anos seguintes, dezenas de pessoas inventariassem exaustivamente o recheio do Paço Ducal de Vila Viçosa, listando mais de 45 mil objetos, dos vestidos da duquesa aos botões do duque, dos tachos e panelas da cozinha às sumptuosas alfaias litúrgicas da capela, das luxuosas tapeçarias às armas com que o duque equipava o seu exército. O resultado foi o maior inventário do Portugal quinhentista, e um dos maiores da Europa desse período. Ao debruçarem-se sobre este documento de riqueza incomparável, os estudos deste volume reconstroem a vida aristocrática em múltiplas vertentes, no preciso momento em que Portugal operava a sua transformação de país pequeno da periferia da Europa em potência imperial ultramarina.
«O homem que emerge ao longo das páginas deste livro e que nelas vai ganhando contornos cada vez mais precisos viveu num tempo de grandes mudanças na vida do seu país e do mundo, e nele participou plenamente. Esse foi o tempo do arranque e consolidação da presença portuguesa no Índico, da extensão dessa presença para lá do Estreito de Malaca, até à China e ao Japão e, do outro lado do globo, foi o tempo do princípio da ocupação espanhola das Antilhas, do México e do Peru, e da primeira descoberta portuguesa do Brasil. O mundo apresentavase a D. Teodósio e aos seus contemporâneos como nunca se tinha apresentado antes a ninguém. […] Estavam, portanto, reunidas condições para que D. Teodósio, como outros príncipes do seu tempo, tivesse acumulado no seu palácio testemunhos das várias novas partes do mundo, o que efetivamente fez.»
Nuno Senos