Derrida Lecteur de Heidegger (après les Cahiers noirs)
«[…] Derrida avait lu Heidegger ainsi qu’un nombre assez important des philosophes français à partir des années 30 pendant lesquelles la philosophie allemande s’était presque autodissoute quand elle ne s’était pas exilée. Mais il avait lu, ce qui s’appelle lire ! c’est-à-dire scruter, interroger, évaluer, transformer, etc. D’autres lecteurs avaient produit, avant lui et en même temps que lui, des commentaires de haute tenue et de grande finesse. […] D’autres, Levinas le premier (et Foucault le deuxième) ayant reconnu très tôt l’importance de Heidegger, avaient entrepris de s’en détourner résolument (sans rien renier de leur reconnaissance initiale).
Derrida, lui, embarrassait puisqu’il ne se laissait pas classer d’un côté ou de l’autre. Que faisait-il donc ? Il lisait, vous diton :
il discernait, détachait, écartait et refaçonnait. Qui prête attention à la déclaration qu’il fait dans son ouvrage séminal – La Voix et le phénomène (1967) – sur le rôle décisif qu’a joué pour ce livre sa lecture de Heidegger doit se demander ce que sous-entend cette affirmation, qui reste sans autre explication. Il y a tout un travail de thèse à faire sur ce seul point.
Sans faire ce travail on peut en donner l’amorce : ce livre est celui où s’invente la différance. Or de celle-ci on sait qu’il est difficile d’exposer la pensée mais on sait aussi qu’il est au moins assez évident qu’elle se distingue, se défait et se délie de la différence ontico-ontologique. Derrida lecteur de Heidegger s’est d’emblée distancié, détaché de Heidegger le long de son mouvement même.
On peut dire qu’à partir de là était engagée une déhiscence jamais achevée, plutôt même toujours accentuée, avec la disposition de fond de Heidegger […]»
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Le 5 février 1988, une conférence réunissait à Heidelberg Hans-Georg Gadamer, Jacques Derrida et Philippe-Lacoue-Labarthe. Il s’agissait de discuter de l’implication de Martin Heidegger dans le nazisme : le livre de Víctor Farías venait d’être publié et la presse avait fait grand bruit des informations véhiculées par cet ouvrage.
Quand vint le tour de Jacques Derrida de parler, il eut une précaution oratoire qui sera aussi la nôtre : « [...] je voudrais adresser une demande qui est, au fond, celle que, implicitement, j’ai toujours adressée en France à ceux qui parlaient de ces problèmes graves, ou nous demandaient d’en parler. Je suppose donc qu’ici personne n’est favorable, d’une manière ou d’une autre, ou ne veut être favorable, à ce que nous appelons tout le temps très vite le nazisme, le totalitarisme, le fascisme; et que nous pouvons établir comme protocole d’une discussion que personne n’est, en conscience, suspect de vouloir défendre ces thèses ici. Que personne, non plus, ne prétend absoudre, disculper, innocenter Heidegger de toute espèce de faute de ce côté-là. »
| Editora | Palimage |
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| Editora | Palimage |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Cristina Peretti, Jean-Luc Nancy, Michel Lisse, Fernanda Bernardo |
Fernanda Bernardo é professora de filosofia contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - de longa data filosoficamente posicionada na Desconstrução e trabalhando na intersecção da filosofia com a literatura, a poética, as artes do visível, a ética e a política. Para além de tradutora de Jacques Derrida, de Emmanuel Levinas, de Maurice Blanchot e de Jean-Luc Nancy, é também autora de vários escritos, em revistas e obras colectivas nacionais e internacionais, "sobre" estes autores, de que se lembrarão aqui apenas os títulos dos do ano em curso: "Jean-Luc Nancy - peut-être du côté de l’anastasis"; "Les Carnets de Captivité - par-delà la mort, une ouverture sur le visage de Levinas. Entretien avec Alain David"; "A assinatura ético-metafísica da experiência do cativeiro de Emmanuel Levinas. Uma nova orientação para a filosofia - uma outra incondição para o humano"; "L'athéisme messianique de Derrida. "Penser et Agir à Contretemps" ou La portée hyper-politique de la Déconstruction"; "Moradas da Promessa. Demorança & Sobre-Vivência: Aporias da fidelidade infiel. Em torno do pensamento e da obra de Jacques Derrida"; "Penser le monde - Faire l'impossible: penser (et) agir à contretemps (La question de l'action dans la trace de Kant et de Heidegger contresignée par Derrida)" e "A "loucura" do perdão - um "impossível" da desconstrução derridiana"; "E. Levinas - J. Derrida: pensamentos da alteridade ab-soluta".
Membro do Comité Científico de Filosofia do SSHRC - CRSH (Canadá/2012), Fernanda Bernardo foi também a Representante de Coimbra-Cidade refúgio (2003-2006) no Réseau International des Villes Refuge afecto ao Parlement International des Écrivains (Strasbourg).
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Desconstução do Cristianismo: a adoração - Vol. II«Adoração: o movimento e a alegria de nos reconhecermos existentes no mundo. Não que esta existência não seja dura, ingrata, atravessada de infelicidade. Esta infelicidade não é, no entanto, um preço a pagar para abordar um outro mundo. Não resgata nada, mas, contanto que não renunciemos a viver, podemos pelo menos saudar de tempos a tempos alguns dos entes, nomeá-los. Adorar faz-se nomeando, saudando o inominável que o nome encobre, e que não é nada mais do que a fortuitidade do mundo.[…] a adoração, o endereçamento da palavra ao próprio fora de toda a palavra possível, é uma condição da existência «democrática» enquanto existência de sujeitos iguais.» J.-L. Nancy, A Adoração, p. 113-115. -
Desconstrução do Cristianismo: a declosão - Vol. I«Não se trata de ressuscitar a religião, nem mesmo a que Kant queria conter “nos limites da simples razão”. Trata-se, isso sim, de abrir a simples razão à ilimitação que faz a sua verdade. Não se trata de paliar uma deficiência da razão, mas de a libertar sem reserva: uma vez dadas todas as razões, trata-se de indicar o que resta para além da restituição. Não se trata de voltar a pintar os céus, nem de os reconfigurar: trata-se de abrir a terra obscura e dura e perdida no espaço. […] Voltar a pôr em jogo a tradição segundo a desconstrução […] não significa nem destruir para refundar, nem perpetuar - duas hipóteses que implicariam um sistema dado como tal e intocado como tal. Desconstruir significa desmontar, disjuntar, dar folga ao ajuntamento para deixar jogar, entre as peças deste ajuntamento, uma possibilidade de onde ele procede, mas que, enquanto ajuntamento, recobre.»J.-L. Nancy, A Declosão -
Escrita's da Resistência (Celan - Blanchot - Derrida - Nancy)[…] neste título, Escrita’s da Resistência, a palavra resistência é igualmente escutável como um epíteto da própria escrita, da sua incondicionalidade irredentista e da sua vocação vivificantemente inventiva – incondicionalidade que, índice da sua vulnerabilidade extrema, da insolência do seu magnífico impoder, se manifesta na justa hiperbolicidade de uma liberdade capaz de se opor não só a todo o tipo de poderes mundanos e/ou instituídos (políticos, económicos, religiosos, culturais, sociais, jornalístico-mediáticos, universitários, etc.), mas, mais liminarmente, ao próprio poder de poder. Assim escutada, resistência seria antes de mais como que o timbre da própria escrita – um timbre que lhe lavraria, para além da sua hiper-eticidade de princípio, um bem singular apolitismo hiper-político. Um apolitismo hiper-político que a situaria do outro lado da mundaneidade do mundo a fim de melhor velar por ela, e que, distanciando-a assim do próprio político pensado, como no essencial ele sempre foi, e continua maioritariamente a sê-lo, a partir da polis (da politeia, da res publica) e à luz do princípio de poder (e daí o apolitismo de princípio da escrita e deste pensamento da escrita), é todavia portador, e da promessa de muito criticamente repensar a imundice da dita mundialização do mundo, e da fé em novas Luzes para um novo mundo de Luzes por vir. Neste sentido, uma escrita digna do nome seria sempre uma escrita da resistência – de justa resistência e de re-invenção.» Limiar, p. 10 -
Derrida – Em Nome da Justiça - Do Cosmopolitismo à Alter-Mundialização por VirDerrida – em nome da justiçaDo cosmopolitismo à alter-mundialização por vir(Kant – Celan – Levinas – Derrida)«Die Welt ist fort, ich muss dich tragen» / «O mundo acabou, [eu] tenho de portar-te» é o verso de Paul Celan que, a título de exergo, me serve aqui de fio condutor para tentar dilucidar, a par, quer a singularidade da Desconstrução derridiana, como idioma de pensamento filosófico no contexto da História da Filosofia, quer a singularidade da ousadia sonhadora da sua proposta de re-pensar o cosmopolitismo em termos de alter-mundialização por vir ou de «nova Internacional democrática», assim revolucionando o tradicional paradigma onto-fenomenológico e, mesmo, onto-teológico do político (polis).ÍndicePreliminarUma nova arca de Noé para o século XXIICosmopolitas, mais um esforço!1. – Derrida e a promessa de um novo espírito das LuzesII«O mundo está longe, […]»Para além do cosmopolitismo– por um novo espírito alter-mundialista por vir1. – Para além do cosmopolitismo – o espírito da Justiça2. – «O mundo está longe» – ou os pressupostos metafísicos do cosmopolitismo2. 1. – A paixão do animal e o destino sacrificialista2. 2. – Origem, história e traços da tradição sacrificialista2. 3. – A «via de saída» da tradição sacrificialista – a «via da compaixão»III.«[…] eu tenho de portar-te»O meridiano po-ético da alter-mundialização por vir1. – Celan e o meridiano po-ético2. –Lévinas e Derrida e a «eticidade da ética»3. – Lévinas – a ética ou o reconhecimento da “santidade” (Kadosh)4. – O “terceiro” – a questão da justiça/direito5. – Derrida – a Desconstrução é a justiça6. – A justiça (ética) – o “para além” do cosmopolitismoBibliografia -
Espectrografias – Do Marxismo à Desconstrução«Será sempre uma falta não ler e reler e discutir Marx. Quer dizer, também alguns outros – e para além da “leitura” ou da “discussão” de escola. Será cada vez mais uma falta – uma falta à responsabilidade teórica, filosófica, política. […] Não haverá porvir sem isso. Não sem Marx – não há porvir sem Marx. Sem a memória e sem a herança de Marx: em todo o caso, de um certo Marx, do seu génio, de pelo menos um dos seus espíritos. Porque, tal será a nossa hipótese, ou antes o nosso parti pris: há mais de um, deve haver mais de um.»J. Derrida, Espectros de Marx, p. 40 «Houve esta radicalizaçãotentada do marxismoque se chama desconstrução»J. Derrida, Espectros de Marx, 158.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.