Desenhos da Prisão
Desenhos da Prisão foram publicados pela primeira vez pelas Edições «Avante!» em 1975 no quadro das iniciativas de recolha de fundos para o Partido Comunista Português. Foram executados de 1951 a 1959 nas cadeias da Penitenciária de Lisboa, onde Álvaro Cunhal passou sete anos de rigoroso isolamento e do Forte de Peniche, de onde se evadiu em 3 de Janeiro de 1960.
Há muito esgotada - foi entretanto publicada em 1989 uma II série de desenhos -, de novo se coloca à disposição do público a colecção editada em 1975.
Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de Novembro de 1913 – Lisboa, 13 de Junho de 2005) foi um político e escritor português, conhecido por ser um opositor ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao Partido Comunista Português (PCP). É descrito como uma das maiores personalidades políticas e intelectuais de Portugal do século XX, assim como do movimento comunista internacional.
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Obras escolhidas (Tomo IV 1967-1974)Com a publicação do IV tomo das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, que inclui textos escritos entre 1967 e 1974, fica concluído o período relativo à clandestinidade. Entre outros textos, destacam-se Acção Revolucionária, Capitulação e Aventura, A Questão do Estado, Questão Central de Cada Revolução, O Radicalismo Pequeno-Burguês de Fachada Socialista, mas também extensos textos preparatórios de reuniões do Comité Central sobre a situação política e as tarefas do Partido, entrevistas à Rádio Portugal Livre e a órgãos de comunicação social estrangeiros, intervenções em conferências internacionais, artigos e intervenções sobre importantes efemérides, como o centenário do nascimento de Lénine, os 50 anos da Revolução de Outubro ou os 50 anos de luta do Partido Comunista Português. -
Contribuição para o Estudo da Questão AgráriaBaseando-se numa exaustiva elaboração de dados estatísticos, esta obra revela as leis do desenvolvimento capitalista na sociedade rural portuguesa, demonstra os níveis de expansão capitalista já atingidos e enuncia as linhas da sua progressão futura. E à medida que o vai fazendo, são as próprias teses marxistas-leninistas sobre a questão agrária que encontram nela a confirmação da sua validade. É esta superioridade metodológica que permite a Álvaro Cunhal contestar sem apelo certas «estatísticas» oficiais, elaboradas não para revelar mas encobrir a realidade -
Obras Escolhidas: 1976 - Tomo VINeste volume encontram-se discursos, entrevistas, sessões de esclarecimento, que vão de Janeiro a Outubro de 1976, um período marcado pela realização de eleições legislativas e presidenciais, pela necessidade de consolidação do regime democrático e por uma intensa luta contra a recuperação capitalista que procurava dar largos passos contra as conquistas da Revolução. -
A Revolução de Outubro, Lénine e a URSSA antologia de textos escritos por Álvaro Cunhal, > Revolução de Outubro, Lenine e a URSS, está organizada tematicamente e traz textos escritos ao longo de mais de seis décadas, dando ao leitor a capacidade de acompanhar a evolução dos acontecimentos, em Portugal, na URSS e no mundo. Em todos os textos se verifica a mesma certeza e a mesma confiança: «o futuro pertence, não ao capitalismo, mas ao socialismo e ao comunismo». -
Os Barrigas e os MagriçosEsta é a história de um Portugal de há muitos anos atrás. Um Portugal onde havia uns homens conhecidos como os Barrigas - que comiam tanto, tanto que todo o corpo podia ser estômago; e outros conhecidos como os Magriços - que não tinham nada para lá meter. O conto de Álvaro Cunhal sobre o 25 de Abril para as crianças, com ilustrações originais de Susana Matos. -
História de um Gordo Chinês que estava de Barriga para o ArManuel e Mariazinha, de visita à China, não conseguiam perceber por que razão Pung-Chung passava o tempo de barriga para o ar. O gordo chinês bem lhes explicou que estar de barriga para o ar também cansa, mas foi um pobre camponês que explicou o que realmente estava a acontecer. Um conto de Álvaro Cunhal, escrito durante a Guerra Civil de Espanha para ser lido na Rádio Peninsular, publicado agora pela primeira vez em livro com ilustrações originais de Susana Matos. -
O Burro Tinha RazãoUm conto de Álvaro Cunhal sobre um menino preguiçoso que não quer fazer os trabalhos de casa, publicado originalmente em 1935 no periódico infantil “O Gaiato”, agora editado com ilustrações originais de Susana Matos, e que inclui a reprodução da edição original e de oito ilustrações de Álvaro Cunhal para o jornal. -
Ciclo de Debates CGTP-IN - 25 Anos com os Trabalhadores - Intervenção de Álvaro CunhalSegunda edição da comunicação proferida por Álvaro Cunhal no âmbito do 25.º aniversário da CGTP-IN, em Outubro de 1995, na sua sede, em Lisboa. Esta edição foi publicada pela CGTP-IN no ano em que se assinalou o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. Prefácio de Arménio Carlos. -
Obras Escolhidas Tomo V 1974-1975Com este tomo V das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal inicia-se uma nova fase da publicação da sua produção teórica em correspondência com o novo ciclo do processo revolucionário aberto pela revolução do 25 de Abril de 1974. Não é contudo apenas o conteúdo que muda, expressando as transformações operadas com o derrube do fascismo e a conquista da liberdade, mas a própria forma da intervenção teórica. Como o leitor poderá constatar, durante o período por este tomo abrangido, que vai de Abril de 1974 a Dezembro de 1975, são fundamentalmente duas as formas de intervenção na luta político-ideológica desenvolvida por Álvaro Cunhal, propiciadas pela possibilidade e pela necessidade de levar junto das largas massas de trabalhadores e do povo a palavra do Partido Comunista Português, emerso da clandestinidade a que o fascismo o condenara. Com efeito, é na forma do discurso político em comícios abertos aos militantes, aos simpatizantes e à população em geral, e em entrevistas à imprensa nacional e estrangeira de grande circulação, que Álvaro Cunhal fará chegar a palavra de esclarecimento de uma situação em processo de mudança acelerada, a palavra de orientação na procura do caminho certo numa realidade económica, social, política e ideológica complexa e contraditória, a palavra mobilizadora de vontades para uma luta sem tréguas em diversas frentes. -
Cadernos da PrisãoAproveitando a sessão evocativa dos 60 anos do julgamento de Álvaro Cunhal, que decorre no próximo dia 22 de Junho, às 17h30, no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, a Editorial Avante! lança um CD com os Cadernos da Prisão e outros materiais escritos por Álvaro Cunhal durante o longo cativeiro na Penitenciária de Lisboa e na Cadeia do Forte de Peniche, entre 4 de Abril de 1949 e 3 de Janeiro de 1960.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
Design e Risco de MudançaDesign e Risco de Mudança lança-nos interrogações múltiplas que se prendem, desde logo, com o próprio título: qual o risco a que se refere Victor Margolin? O Design, enquanto disciplina charneira entre um número crescente de áreas do saber, pode assumir-se como polo agregador e diversificador, acrescendo e aprofundando as redes de comunicação, gerando sinapses de qualidade. Estas dependem das interrogações e das escolhas que o Design opera. Assim, deveremos interrogar-nos sobre quem faz as escolhas e com que pressupostos são feitas, já que cada caminho é consonante com uma visão do mundo que, segundo a especificidade de cada designer, se manifesta na sua vida e se espelha no trabalho.CoediçãoVerso da HistóriaCoordenação EditorialRosa Alice BrancoPrefácioEduardo Corte-Real -
Laocoonte - Ou Sobre as Fronteiras da Pintura e PoesiaLaocoonte ou sobre as Fronteiras da Pintura e Poesia (1766), obra fundadora da estética moderna, moldou desde a sua publicação debates em torno da crítica e da teoria da percepção, influenciando áreas como a teoria da literatura e a história de arte. Estudo sobre o famoso grupo escultórico, provavelmente do século II a.C. - que retrata o suplício do sacerdote troiano e dos seus filhos, episódio narrado por Vergílio na Eneida -, Laocoonte foi um dos primeiros ensaios a abordar a natureza da poesia, como arte do tempo, e da pintura, como arte do espaço, traçando os seus limites, diferenças e domínios específicos, ao mesmo tempo que operou uma verdadeira libertação do ut pictura poesis horaciano.Laocoonte, numa prosa eloquente e de finíssima ironia, continua a suscitar vivas reflexões sobre o sentido da experiência artística.

