A Idade de Ouro da heterossexualidade está a chegar ao fim, e não faltam razões para celebrar. Sobretudo os heterossexuais, que até agora se limitaram a agir de acordo com um manual de instruções em cuja redação não foram tidos nem achados. A sua vida reduzia-se em grande medida à execução de uma receita herdada dos antepassados que prescrevia, sem que disso se dessem conta, até os mais ínfimos pormenores.
No entanto, graças a essa espécie de erro de produção a que chamamos «homossexualidade», é possível trazer à luz o conjunto de regras e exigências que já estavam desenhadas para cada indivíduo antes de nascer. Não encaixando desde o início nesses moldes, os homossexuais tiveram de demoli-los e de contruir as suas vidas de uma forma muito mais livre e criativa.
Luis Alegre escreveu um livro feliz, lúcido e mordaz, e, ao mesmo tempo, filosoficamente rigoroso, dando as chaves dessa distância racional de que precisamos para conquistar a felicidade e que constitui um dos poucos pontos de apoio com que podemos contar para construir uma humanidade mais civilizada e livre. Ao longo deste Elogio da Homossexualidade, distinguem-se já os alicerces de um novo mundo que, sem dúvida, será melhor do que aquele em que vivemos.
Luis Alegre é professor de Filosofia na Universidad Complutense de Madrid. Foi o responsável pela comunicação do partido político Podemos e redator (juntamente com Pablo Iglesias e outros) dos documentos fundacionais do partido. Durante Vistalegre II, abandonou todos os cargos que desempenhava no partido e regressou à vida académica.
A Idade de Ouro da heterossexualidade está a chegar ao fim, e não faltam razões para celebrar. Sobretudo os heterossexuais, que até agora se limitaram a agir de acordo com um manual de instruções em cuja redação não foram tidos nem achados. A sua vida reduzia-se em grande medida à execução de uma receita herdada dos antepassados que prescrevia, sem que disso se dessem conta, até os mais ínfimos pormenores.
No entanto, graças a essa espécie de erro de produção a que chamamos «homossexualidade», é possível trazer à luz o conjunto de regras e exigências que já estavam desenhadas para cada indivíduo antes de nascer. Não encaixando desde o início nesses moldes, os homossexuais tiveram de demoli-los e de contruir as suas vidas de uma forma muito mais livre e criativa.
Luis Alegre escreveu um livro feliz, lúcido e mordaz, e, ao mesmo tempo, filosoficamente rigoroso, dando as chaves dessa distância racional de que precisamos para conquistar a felicidade e que constitui um dos poucos pontos de apoio com que podemos contar para construir uma humanidade mais civilizada e livre. Ao longo deste Elogio da Homossexualidade, distinguem-se já os alicerces de um novo mundo que, sem dúvida, será melhor do que aquele em que vivemos.
Esta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil.
«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»