Originalmente publicadas sob o título Educated Imagination e dirigidas a todos os «consumidores de literatura», o conjunto de palestras que formam este volume explora o valor e usos da literatura no nosso tempo. Neste livro intemporal, Frye argumenta que a imaginação deve ser cultivada não só para podermos fruir as grandes obras de arte, mas para podermos reivindicar as mais básicas capacidades humanas em todo o seu esplendor. No entanto, a imaginação, tal como a liberdade, só é operacional se for treinada: só temos liberdade de expressão se tivermos aprendido a usar a linguagem; só temos liberdade de movimentos se tivermos aprendido a andar. Da mesma forma, só podemos valer-nos da imaginação se a tivermos treinado. O grande ginásio da imaginação é a literatura.
As propostas de Frye para o ensino da literatura incluem uma ênfase precoce na poesia, a «forma literária central e original», o estudo intensivo da Bíblia e dos clássicos gregos e latinos, uma vez que estes incorporam todos os grandes temas duradouros do homem ocidental, e o estudo das grandes formas literárias: tragédia e comédia, romance e ironia.
Northrop Frye (1912-1991) foi um dos críticos literários mais influentes do século XX. Nasceu no Quebeque, mas foi em Toronto que se formou e terminou a carreira como professor emérito do Victoria College. Foi membro da Academia Britânica e da Academia Americana para as Artes e Letras. Harold Bloom apelidou-o, à época, «o maior estudioso da literatura ocidental»
Em O Código dos Códigos, o crítico literário Northrop Frye examina a Bíblia como a mais importante influência na tradição artística e literária ocidental. Neste estudo clássico, Frye rejeita as interpretações dogmáticas e literais, preferindo celebrar a singularidade da Bíblia como uma obra distinta dos restantes textos épicos e sagrados. A sua análise original apresenta a Bíblia como história redentora com uma perspetiva poética visionária que complementa a ciência na compreensão da natureza humana. Neste texto inexcedível, Frye mostra que a Bíblia pode e deve ser lida como uma das obras literárias mais elevadas da Humanidade.
«A capacidade [de Frye] de se mover com tanta confiança e tão despretensiosamente através do labirinto de tantas disciplinas e tanto conhecimento acumulado, sem nunca perder o fio condutor, coloca-o, sem dúvida, na vanguarda dos críticos modernos.»
The Times Literary Supplement
«Ninguém como Frye demonstrou tão claramente, tão subtilmente ou com tanta energia persuasiva o aspeto literário da nossa herança bíblica.»
New York Times Book Review
Em O Código dos Códigos, o crítico literário Northrop Frye examina a Bíblia como a mais importante influência na tradição artística e literária ocidental. Neste estudo clássico, Frye rejeita as interpretações dogmáticas e literais, preferindo celebrar a singularidade da Bíblia como uma obra distinta dos restantes textos épicos e sagrados. A sua análise original apresenta a Bíblia como história redentora com uma perspetiva poética visionária que complementa a ciência na compreensão da natureza humana. Neste texto inexcedível, Frye mostra que a Bíblia pode e deve ser lida como uma das obras literárias mais elevadas da Humanidade.
«A capacidade [de Frye] de se mover com tanta confiança e tão despretensiosamente através do labirinto de tantas disciplinas e tanto conhecimento acumulado, sem nunca perder o fio condutor, coloca-o, sem dúvida, na vanguarda dos críticos modernos.»
The Times Literary Supplement
«Ninguém como Frye demonstrou tão claramente, tão subtilmente ou com tanta energia persuasiva o aspeto literário da nossa herança bíblica.»
New York Times Book Review
Originalmente publicadas sob o título Educated Imagination e dirigidas a todos os «consumidores de literatura», o conjunto de palestras que formam este volume explora o valor e usos da literatura no nosso tempo. Neste livro intemporal, Frye argumenta que a imaginação deve ser cultivada não só para podermos fruir as grandes obras de arte, mas para podermos reivindicar as mais básicas capacidades humanas em todo o seu esplendor. No entanto, a imaginação, tal como a liberdade, só é operacional se for treinada: só temos liberdade de expressão se tivermos aprendido a usar a linguagem; só temos liberdade de movimentos se tivermos aprendido a andar. Da mesma forma, só podemos valer-nos da imaginação se a tivermos treinado. O grande ginásio da imaginação é a literatura.
As propostas de Frye para o ensino da literatura incluem uma ênfase precoce na poesia, a «forma literária central e original», o estudo intensivo da Bíblia e dos clássicos gregos e latinos, uma vez que estes incorporam todos os grandes temas duradouros do homem ocidental, e o estudo das grandes formas literárias: tragédia e comédia, romance e ironia.
A metáfora sazonal que configura o título deste livro tem duas explicações: uma, de natureza biográfica - o autor escolheu o título quando me se deu conta de que em breve ia perfazer oitenta anos de idade -, e outra, de natureza cultural - há múltiplos sinais de que a literatura, a teoria e a crítica literárias têm sofrido, desde o último quartel do século XX, uma crise que se pode simbolizar na metáfora do Inverno (inclemência do clima, chuva e vento adversos, frio e névoa). As elegias e os obituários a que tem dado origem esta crise, em contraste com a Primavera e o Verão que a literatura foi na cultura europeia do século XIX e da primeira metade do século XX, representam tanatografias não apenas da literatura, da teoria e da crítica literárias, mas co-envolvem diagnósticos tanatográficos de uma cultura e de uma sociedade nas quais a escrita, a leitura e o livro eram valores fundacionais.
Foi contra este pessimismo cultural que foram escritos os ensaios deste volume, todos eles procurando conhecer e explicar as formas e os sentidos que, desde há quase trinta séculos, constituem a literatura ? memória do Ocidente e voz insubstituível da liberdade, dos sonhos e das misérias do homem.