Eneida
Edição Bilingue (Latim e Português)
A composição da Eneida — um dos livros fundamentais da nossa civilização e da nossa memória cultural, considerado um modelo de epopeia — ocupou Virgílio durante os últimos dez anos da sua vida (morreu em 19 a.C., com 51 anos).
A primeira parte dá-nos a ler um poema de migração: barcos cheios de refugiados em pleno Mediterrâneo, ansiosos por chegar a Itália – podíamos estar em 2022 d.C., mas estamos no século xii a.C. A segunda parte apresenta-nos esses imigrantes já instalados: a identidade de refugiados vulneráveis, que fora a dos Troianos sobreviventes nos Livros 1 a 6, dá lugar à identidade de colonizadores que agridem e dizimam a população autóctone de Itália.
Esta edição em verso – traduzida e anotada por Carlos Ascenso André – conta também com o original latino.
| Editora | Quetzal |
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| Editora | Quetzal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Virgílio |
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EneidaDiz-se que Virgílio é para a cultura latina o que Homero é para a cultura grega. A Eneida é um clássico, na primeira acepção da palavra: uma obra que se torna paradigma poético e modelo a imitar. É nela que tantos grandes poetas se olharam -- entre eles, claro, Camões.A grande epopeia de Virgílio é também uma antevisão da História do Ocidente. Essa a sua grandeza, quase profética, pois, mais do que de todas as outras epopeias da Antiguidade, a Eneida é a epopeia de todo o Ocidente, onde por detrás de cada sucesso se resguarda, implacável, o seu reverso.Carlos Ascenso André demorou seis anos a traduzir este livro. Optou pela tradução em verso, para manter a proximidade ao original e para permitir cotejá-la com o texto virgiliano; respeitou sempre que possível o código retórico, e foi parcimonioso nas anotações porque esta tradução pretende ser “um compromisso entre um trabalho de qualidade e rigor e uma obra ao alcance do grande público”.O TRADUTOR: Carlos Ascenso André é Professor da Faculdade de Letras de Coimbra (aposentado), Professor Honorário do Instituto Politécnico de Macau e Membro da Academia das Ciências de Lisboa. Doutorado em Literatura Latina, tem repartido a sua atenção por esta área, seja na Roma antiga, seja no Renascimento português, e também pela Literatura Portuguesa, com destaque para a poesia de Luís de Camões.Traduziu toda a poesia de amor de Ovídio: Arte de amar (2006); Amores (2006); Remédios contra o amor (2015); Heróides (2016); e, ainda, Poemas, de Tibulo (2015), todos eles publicados nos Livros Cotovia. -
Bucólicas, Geórgicas, EneidaTrês obras fundamentais do mais célebre dos poetas latinos, traduzidas diretamente do latim pelo grande homem de cultura que foi o professor Agostinho da Silva. Do ambiente pastoril das Bucólicas ao elogio da agricultura nas Geórgicas, passando pela epopeia daEneida, a perfeição formal de um poeta que resiste à erosão do tempo. Três clássicos da literatura universal, servidos por uma tradução de rigor e beleza inultrapassáveis. -
AeneidFleeing the ashes of Troy, Aeneas, Achilles mighty foe in the Iliad, begins an incredible journey to fulfill his destiny as the founder of Rome. His voyage will take him through stormy seas, entangle him in a tragic love affair, and lure him into the world of the dead itself--all the way tormented by the vengeful Juno, Queen of the Gods. Ultimately, he reaches the promised land of Italy where, after bloody battles and with high hopes, he founds what will become the Roman empire. An unsparing portrait of a man caught between love, duty, and fate, the Aeneid redefines passion, nobility, and courage for our times. Robert Fagles, whose acclaimed translations of Homer s Iliad and Odyssey were welcomed as major publishing events, brings the Aeneid to a new generation of readers, retaining all of the gravitas and humanity of the original Latin as well as its powerful blend of poetry and myth. Featuring an illuminating introduction to Virgil s world by esteemed scholar Bernard Knox, this volume lends a vibrant new voice to one of the seminal literary achievements of the ancient world. Translated by Michael J. Oakley The Aeneid is Virgil's Masterpiece. His epic poem recounts the story of Rome's legendary origins from the ashes of Troy and proclaims her destiny of world dominion. This optimistic vision is accompanied by an undertow of sadness at the price that must be paid in human suffering to secure Rome's future greatness. The tension between the public voice of celebration and the tragic private voice is given full expression both in the doomed love of Dido and Aeneas, and in the fateful clash between the Trojan leader and the Italian hero, Turnus. Hailed by T.S. Eliot as 'the classic of all Europe', Virgil's Aeneid has enjoyed a unique and enduring influence on European literature, art and politics for the past two thousand years. For more than 50 years, Wordsworth Classics have lead the publishing industry by offering a wide variety of beautiful, yet affordable classic literature to the English-speaking world. With more than 500 titles.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira