Escritos sobre Uma Vida Ética
Dom Quixote
2008
9,90 €
Envio previsto até
Uma compilação dos ensaios mais importantes e bem - sucedidos de Peter Singer.
"... quero encorajar as pessoas a parar, pensar e tomar uma decisão consciente sobre o modo como vão viver."- Peter Singer
Escritos Sobre Uma Vida Ética reúne os ensaios mais importantes e bem - sucedidos de Peter Singer, filósofo mundialmente conhecido pelas posições controversas que assume e pelos textos polémicos que assina.
O livro aborda de uma forma provocadora, talvez mesmo perigosa, os temas mais importantes da actualidade, desafiando o senso comum e as ideias preconcebidas em assuntos como a eutanásia, o aborto, o uso de embriões humanos na investigação científica ou a obrigação moral das pessoas ricas ajudarem as pobres.
| Editora | Dom Quixote |
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| Categorias | |
| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Peter Singer |
Peter Singer
Nasceu em Melbourne, na Austrália, em 1946. Estudou na Universidade de Oxford e é professor de Bioética na Universidade de Princeton (University Center for Human Values) e na Universidade de Melbourne (Centre for Applied Philosophy and Public Ethics). Dirige o Centre for Human Bioethics e o Centre for Applied Philosophy and Public Ethics. Autor de uma vasta bibliografia sobre Ética Prática, na qual trata os problemas filosóficos a partir de uma perspetiva utilitarista, tornou-se particularmente conhecido com o livro Libertação animal, publicado em meados da década de 70 e considerado a bíblia do movimento com o mesmo nome. Da sua vasta bibliografia destacam-se também «Ética prática, A vida que podemos salvar e Como havemos de viver?».
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O Maior Bem que Podemos Fazer - Como o altruísmo eficaz está a mudar as ideias sobre viver eticamenteEm O Maior Bem que Podemos Fazer, Peter Singer demonstra como o altruísmo eficaz é algo de absolutamente notável e capaz de alargar os nossos horizontes morais, levando-nos a tomar decisões baseadas numa forma lata de altruísmo e a usar a razão para avalias as consequências prováveis das nossas ações. Numa nova era, é de esperar que as próximas gerações estejam à altura das suas responsabilidades relativas a problemas que serão tão globais quanto locais. -
The Life You Can Save: How to Play Your Part in Ending World PovertyThis is the right time to ask yourself: "What should I be doing to help?"For the first time in history, it is now within our reach to eradicate world poverty and the suffering it brings. Yet around the world, a billion people struggle to live each day on less than many of us pay for bottled water. And though the number of deaths attributable to poverty worldwide has fallen dramatically in the past half-century, nearly ten million children still die unnecessarily each year. The people of the developed world face a profound choice: If we are not to turn our backs on a fifth of the world´s population, we must become part of the solution. In The Life You Can Save, philosopher Peter Singer, named one of "The 100 Most Influential People in the World" by Time magazine, uses ethical arguments, provocative thought experiments, illuminating examples, and case studies of charitable giving to show that our current response to world poverty is not only insufficient but ethically indefensible.Singer contends that we need to change our views of what is involved in living an ethical life. To help us play our part in bringing about that change, he offers a seven-point plan that mixes personal philanthropy (figuring how much to give and how best to give it), local activism (spreading the word in your community), and political awareness (contacting your representatives to ensure that your nation´s foreign aid is really directed to the world´s poorest people). In The Life You Can Save, Singer makes the irrefutable argument that giving will make a huge difference in the lives of others, without diminishing the quality of our own. This book is an urgent call to action and a hopeful primer on the power of compassion, when mixed with rigorous investigation and careful reasoning, to lift others out of despair. -
Ética PráticaEsta obra - clara, informada e muito bem argumentada - enfrenta alguns dos grandes desafios éticos do nosso tempo. Trata-se dos desafios éticos impostos pela fome no mundo, pelo equilíbrio ecológico do planeta, pela exigência de igualdade e pela moderna ciência médica, entre outros. Que posições poderemos defender com respeito à eutanásia e ao aborto? E relativamente aos refugiados e à ajuda internacional aos países do Terceiro Mundo? E quanto aos animais? Teremos o direito de os fazer sofrer só para satisfazer o nosso prazer? Que desafios nos levanta uma sociedade verdadeiramente igualitária?Leitura obrigatória para estudantes de filosofia, direito, sociologia, relações internacionais e comunicação social, esta obra é de um interesse público indesmentível, constituindo ponto de reflexão fundamental para todos os que se preocupam com os grandes problemas éticos do nosso tempo. Um livro que nos permite exercer uma cidadania livre e crítica, fundamental numa democracia viva e participada. -
A Vida Que Podemos Salvar - Agir agora para pôr fim à pobreza no mundoNo presente livro, o filósofo Peter Singer, considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo, apresenta argumentos éticos, experiências mentais estimulantes, exemplos eloquentes e estudos de casos para demonstrar que a nossa resposta actual à pobreza mundial é não só insuficiente como eticamente indefensável. A Vida que pode Salvar é um livro que apela à acção, dando voz à esperança e à compaixão sem descurar a investigação rigorosa e o raciocínio cuidado que transparecem em todas as obras deste autor. Uma obra duplamente pertinente, numa altura em que as dificuldades económicas afectam até pessoas bem próximas de todos nós.Pela primeira vez na História, está ao nosso alcance a erradicação da pobreza e do sofrimento que esta traz consigo. Para que tal se concretize, afirma Peter Singer, é necessário alterar a nossa perspectiva quanto ao que implica viver uma vida ética. E ajuda-nos a provocar essa mudança, propondo um plano que combina filantropia individual, activismo local e consciência política. O autor expõe o argumento irrefutável de que podemos influenciar significativamente as vidas dos outros sem diminuir a qualidade da nossa. -
O Maior Bem que Podemos Fazer - Como o altruísmo eficaz está a mudar as ideias sobre viver eticamenteO altruísmo eficaz, que está a dar origem a um movimento emergente repleto de entusiasmo, baseia-se na ideia de que devemos fazer o maior bem que pudermos. Porém, a obediência às regras normais como não roubar, não enganar, não magoar ou não matar não é suficiente para os que têm a sorte de viver com conforto material. O ramo da filosofia conhecido como ética prática, e no qual Peter Singer se insere, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento do altruísmo eficaz e este, por seu lado, tem justificado a importância da filosofia, mostrando o seu papel na transformação do mundo. Peter Singer defende que levar uma vida ética minimamente aceitável implica utilizar uma parte substancial dos nossos recursos de sobra para fazer do mundo um lugar melhor; por outro lado, viver uma vida totalmente ética implica fazer o maior bem possível. Em O maior bem que podemos fazer o autor demonstra por que razões o altruísmo eficaz é algo de absolutamente notável e capaz de alargar os nossos horizontes morais, levando--nos a tomar decisões baseadas numa forma lata de altruísmo e a usar a razão para avaliar as consequências prováveis das nossas ações. Numa nova era, é de esperar que as próximas gerações estejam à altura das responsabilidades relativas a problemas que serão tão globais quanto locais. VER POR DENTRO Ver página inteira -
Ética no Mundo Real - 82 breves ensaios sobre coisas realmente importantesÀ semelhança do que acontece nos seus livros anteriores, Peter Singer tenta em grande medida responder a questões importantes para as pessoas alheias aos departamentos de filosofia. Rebatendo na prática o argumento de que não vale a pena falar do que puder ser compreendido por quem não estudou filosofia, Peter Singer defende que o que não puder ser dito claramente também não pode, por certo, ser pensado com clareza. "Ética no mundo real" reúne assim, de acordo com esta linha de pensamento, vários textos publicados em jornais e revistas, num estilo que, com a pressão de não exceder as mil palavras, deveria privilegiar tanto a clareza como a concisão. Estes 82 breves ensaios, traduzidos por Desidério Murcho, refletem sobre questões relacionadas com problemas que infelizmente ainda nos acompanham em domínios tão díspares como a bioética, a homossexualidade, a política, o desporto, o trabalho, os direitos dos animais, o aborto ou a eutanásia. -
Como ComemosConveniência, preço e embalagem tornaram-se as forças motrizes da dieta alimentar. Mas qual é o verdadeiro custo das nossas escolhas alimentares diárias? Para responder a esta questão oportuna e importante, os autores Peter Singer, o mais perspicaz eticista, e Jim Mason, um escritor ambientalmente consciente, empreendem uma odisseia dos tempos modernos simultaneamente chocante e reveladora. Começando a sua aventura à mesa de jantar de três famílias típicas, com gostos e hábitos de compras distintos, propõem-se determinar as origens dos alimentos que consumimos. «Ao termos em conta a ética das nossas escolhas, podemos agir a nível individual para reduzir o mal que as nossas compras de produtos alimentares infligem a outras pessoas e ao ambiente. Ao mesmo tempo, poderemos viver vidas mais saudáveis e dar um bom exemplo aos nossos filhos. Esperamos que este livro vos ajude a reflectir sobre as vossas prioridades e vos forneça as informações de que necessitam para escolhas éticas mas também práticas.» Peter Singer e Jim Mason -
Animal LiberationHow should we treat non-human animals?In this immensely powerful and influential book, Peter Singer addresses this simple question with trenchant, dispassionate reasoning. Accompanied by the disturbing evidence of factory farms and laboratories, his answers triggered the birth of the animal rights movement.In the decades since this landmark classic first appeared, some public attitudes to animals may have changed but our continued abuse of animals in factory farms and as tools for research shows that the underlying ideas Singer exposes as ethically indefensible are still dominating the way we treat animals. As Yuval Noah Harari’s brilliantly argued preface makes clear, this book is as relevant now as the day it was written. -
Libertação Animal - A Discriminação com Base na Espécie Assenta num Preconceito Imoral e IndefensávelDesde a sua primeira publicação, em 1975, este livro despertou milhões de pessoas inquietas para o abuso chocante de animais - inspirando um movimento mundial que visa abolir a experimentação laboratorial com animais, cruel e desnecessária, e denunciar a realidade arrepiante das actuais unidades de criação intensiva. Nesta nova edição, revista e ampliada, da obra que entretanto se tornou a bíblia do vegetarianismo, o filósofo da ética Peter Singer apresenta soluções sensatas e compassivas para aquilo que se tornou uma questão profundamente ambiental e social, tal como moral. “Libertação Animal” é um apelo importante e convincente à consciência, à justeza, à decência e à justiça, constituindo leitura essencial tanto para o defensor dos animais como para o céptico. CRÍTICAS DE IMPRENSA "A documentação de Singer não é retórica nem emotiva, os seus argumentos são cerrados e de peso: ele não baseia a sua causa em princípios pessoais ou religiosos, nem em princípios altamente filosóficos, mas somente em posições morais que a maioria de nós já aceita." The New York Times Book Review "(...) Com a publicação de Libertação Animal, de Peter Singer, os portugueses podem participar no debate internacional de ideias e de repensar algumas convicções mais generalizadas. O livro é de 1975 e foi responsável pela vitalidade dos mais importantes movimentos dos direitos dos animais. (...) Libertação Animal é de leitura obrigatória. Pela clareza, seriedade e honestidade. Pelo rigor lógico. Pela inteligência dos seus argumentos." Desidério Murcho, (livros), Julho/Agosto 2000 "Libertação Animal é já um clássico moderno por ter introduzido a questão do tratamento dos animais no centro da reflexão ética. Mesmo que o leitor não concorde com as perspectivas de Singer, certamente compreenderá porque razão essa não é uma questão que só interessa a pessoas loucas por cães ou por gatos. (...)" Pedro Galvão, Leituras, Público, 30/9/00 EXCERTOS "Quando Mary Wollstonecraft, uma percursora das feministas actuais, publicou a sua Vindication of the Rights of Women, em 1972, as suas opiniões eram de um modo geral consideradas absurdas, e surgiu logo a seguir uma publicação intitulada A Vindication of the Rights of Brutes. O autor desta obra satírica (que se sabe agora ter sido Thomas Taylor, um distinto filósofo de Cambridge) tentou refutar os argumentos avançados por Mary Wollstonecraft demonstrando que eles poderiam ser levados um pouco mais longe. Se o argumento de igualdade se podia aplicar seriamente às mulheres, porque não aplicá-los aos cães, gatos e cavalos?” “Os animais são capazes de sentir dor. Como já vimos, não pode existir qualquer justificação moral para considerar a dor (ou o prazer) que os animais sentem como menos importante do que a mesma dor (ou prazer) sentida pelos humanos.” “Como podem suceder estas coisas? Como podem pessoas, que não são sádicas, passar os seus dias de trabalho a arrastar macacos para uma depressão vitalícia, a aquecer cães até à morte, a transformar gatos em dependentes de drogas? Como podem eles depois tirar as batas brancas, lavar as mãos e ir para casa, jantar com as famílias? Como podem os contribuintes permitir que o seu dinheiro seja usado para financiar estas experiências?” “Ser vegetariano não é uma atitude meramente simbólica. Assim como não é uma tentativa de isolamento face às feias realidades do mundo, de se manter puro e, portanto, sem responsabilidades relativamente à crueldade e à carnificina perpetradas em torno de si. Ser vegetariano é uma medida altamente prática e eficaz que se pode adoptar para pôr fim tanto à morte como à inflicção de sofrimento a animais não humanos.” “O vegetarianismo traz consigo uma nova relação com a comida, com as plantas, com a natureza. A carne torna amargas as nossas refeições. Por mais que o disfarcemos, o facto de o elemento principal do nosso jantar provir de um matadouro, pingando sangue, permanece inalterado. Se não for tratada e refrigerada, a carne depressa começará a apodrecer e a cheirar mal. Quando a comemos, cai pesadamente nos nossos estômagos, bloqueando os nossos processos digestivos até, dias depois, lutarmos para a evacuar.” “Efectivamente, é enorme a coincidência que existe entre líderes de movimentos contra a opressão dos negros e das mulheres e os líderes dos movimentos contra a crueldade para com os animais; esta coincidência é tão grande que fornece uma forma inesperada de confirmação do paralelismo que existe entre racismo, sexismo e especismo.” “As nossas concepções quanto à natureza dos animais não humanos, e o raciocínio incorrecto acerca das implicações que advêm da nossa concepção da natureza, contribuem igualmente para o apoio da nossa atitude especista. Sempre gostámos de nos considerar menos selvagens do que os outros animais. Dizer que as pessoas são humanas significa que elas são gentis; dizer que são bestiais, brutais ou, simplesmente, que se comportam como animais é sugerir que são crueis e malévolas. Raramente nos detemos a considerar que o animal que mata com menos razão para o fazer é o animal humano.” “A ascensão do movimento de Libertação Animal deve ser único entre as modernas causas sociais na medida em que tem estado ligada ao desenvolvimento da questão enquanto tópico de discussão nos círculos filosóficos académicos. Ao considerar o estatuto dos animais não humanos, a própria filosofia sofreu uma transformação notável: abandonou o conformismo confortável do dogma aceite e regressou ao seu antigo papel socrático." -
Ética no Mundo RealPeter Singer é frequentemente descrito como o filósofo mais influente do mundo. É também um dos mais controversos. Neste livro de ensaios breves, Singer aplica as suas controversas formas de pensar a questões como as alterações climáticas, a pobreza extrema, os animais, o aborto, a eutanásia, a seleção genética humana, o doping no desporto, a venda de rins, a ética da arte de elevado preço e formas de aumentar a felicidade. Provocantes e originais, estes ensaios irão desafiar — e possivelmente mudar — as suas crenças sobre uma variedade de questões éticas do mundo real.
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Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
O Infinito num JuncoA Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo,La Vanguardia e The New York Times(Espanha). -
O Anticrítico«O Anticrítico» é uma compilação dos ensaios de Diogo Vaz Pinto — textos de crítica literária, e não só —, escritos entre 2014 e 2023, incluindo alguns inéditos. «Não tenho conta para as vezes todas em que, para ir com a rábula insultuosa que me tecem, pegando uns onde outros deixaram, numa cooperativa de imbecis que, sinceramente, me comove, já me quiseram tirar a condição que vem de tudo o que faço. Mais difícil seria desmontar alguma coisa. Resta que, ou ignoram muito vermelhuscos, ou a ideia é revogar-me a carta, licença, prostrar-me na indigência de eu ser uma qualquer abominação, «Bicho», monstro que ligam com tudo o que é baixo, e mesmo assim paira sobre eles sem explicação. Um Chernobyl encarnado. Crítico não sou. Ou só pseudo. Videirinho e jornaleiro, pilha-galinhas e o mais que eu coso bem ao meu estuporado currículo. Pois seja, eu fico então gordo disso tudo. E viro-me do avesso. Sou o anticrítico, então! Roubando esta de Augusto de Campos sem pudor. Há muito que não me retiram do sentido a ideia de que o principal é cortar com a impostura disto tudo. A gloríola da mediocridade, o sentido gregário, essa ratada ficção ligando os «egozinhos de porta-aberta» do nosso meio literato.» -
Terra QueimadaEnsaio profético e demolidor, TERRA QUEIMADA (2022) expõe a forma como o complexo internético se tornou «motor implacável de vício, solidão, falsas esperanças, crueldade, psicose, endividamento, vida desbaratada, corrosão da memória e desintegração social». Nele, Jonathan Crary faz uma crítica radical da digitalização do mundo e denuncia realidades inegáveis: a incompatibilidade entre um planeta habitável e a economia consumista e técnica, a atomização provocada pelas redes sociais, a era digital como fase terminal do capitalismo planetário. «Se é possível um futuro habitável e comum no nosso planeta», conclui, «esse futuro será offline, dissociado dos sistemas e da actividade do capitalismo 24/7, que destroem o mundo». -
Mário Cesariny e Antonio Tabucchi - Cartas e outros TextosFernando Cabral Martins: «O surrealismo português já tinha atingido no final dos anos sessenta uma definição que tornava possível, de um ponto de vista exterior, descomprometido, fazer uma avaliação de conjunto.» Antonio Tabucchi veio a Portugal no rasto de um poeta: Fernando Pessoa, ou melhor Álvaro de Campos, de quem lera por acaso o poema «Tabacaria». Quis aprender a língua do autor do poema e para isso inscreveu-se na cadeira de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Pisa, que então frequentava. O seu mestre foi uma professora especial, bela, inteligente e culta, Luciana Stegagno Picchio. Antonio quis conhecer o país onde se falava aquela língua e ao qual pertencia aquele poeta e, na Primavera de 1965, com o seu Fiat 500, chegou a Portugal. Aí conheceu uma portuguesa com quem falou de Pessoa, e com quem continuou a trocar correspondência até ao ano seguinte, quando se tornaram namorados, vindo depois a casar (1970). Mas até lá, veio amiúde a Portugal […] e começou a interessar-se pelo Surrealismo português, sobre o qual havia muito pouco material crítico, praticamente nada, em vista da sua futura tese de licenciatura. Conheceu então (1967) dois membros ilustres daquele movimento, dois grandes poetas, Alexandre O’Neill e Mário Cesariny de Vasconcelos, com quem passou muitas horas, primeiro para os entrevistar e depois, com sempre maior intimidade, já com laços de amizade, só pelo prazer de estarem juntos. [Maria José de Lancastre] Esta é a história de um desencontro. Cesariny, como o surrealismo, considerava a universidade um inimigo, e Tabucchi, para todos os efeitos, era em 1971 um universitário. Mesmo se, no caso dele, havia por parte do poeta o agrado de ver como a sua poesia e o seu lugar no surrealismo português eram reconhecidos — pela primeira vez — por um leitor com a distância crítica e a óbvia inteligência de Antonio Tabucchi. Aqui, nos textos que documentam o contacto directo entre ambos do final dos anos 60, pode ver-se uma ilustração do modo como a história do surrealismo foi sendo feita, com que ritmo e a partir de que posições. E que implica a consciência, por parte do poeta, da importância do sentido que a crítica atribui à História, capaz (ou não) de tornar o passado digno do presente, ou vice- -versa. E manifesta, por parte do jovem crítico italiano, a intuição da grandeza de um movimento que evoluía na sombra, num carceral jardim à beira-mar. [Fernando Cabral Martins]
