Exploradores Portugueses e Reis Africanos
Alcançar o interior de África era o objetivo de todos. Exploradores portugueses, em rivalidade com os seus congéneres britânicos e de outras nações, procuravam realizar o velho sonho de ligar Angola a Moçambique, dando a conhecer os mistérios dos seus povos e da sua geografia. Um desafio avassalador, dificultado pela fome, sede, cansaço extremo e doença. A milhares de quilómetros do seu mundo, envolvidos em querelas de vida ou de morte, no meio de estranhos com quem o malentendido era a regra, estes homens temiam morrer ou, no mínimo, enlouquecer.
Ao longo do século XIX diversas viagens de exploração levaram homens como Serpa Pinto ou Capelo e Ivens a alcançar o estatuto de heróis, que ainda hoje perdura no imaginário coletivo. Outros houve, que caíram no esquecimento, apesar de terem vivido aventuras igualmente extraordinárias. Nas faustosas capitais dos poderosos reinos africanos, cujos soberanos detinham um estatuto sagrado e um poder de vida e morte sobre os seus súbditos, há muito tempo que se ouvia falar do longínquo Muene Puto, o rei de Portugal.
Ao chegarem a estes impérios, os exploradores portugueses despertaram enorme curiosidade. Mas rapidamente se viam envolvidos numa teia de exigências, caprichos régios e intrigas palacianas das quais se libertavam com muita dificuldade.
Frederico Delgado Rosa e Filipe Verde trazem-nos um livro original sobre a extraordinária história da exploração de África no século XIX. Amplamente ilustrado, esta obra recupera os relatos empolgantes destas viagens, que são hoje uma janela sobre um mundo desaparecido, em prelúdio da partilha de África pelas potências europeias.
| Editora | Esfera dos Livros |
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| Editora | Esfera dos Livros |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Filipe Verde, Frederico Delgado Rosa |
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Humberto Delgado (1906-1965): coragem, determinação, reconhecimento«Tendo como Missão homenagear a vida e obra daqueles que receberam a mais elevada honra póstuma concedida em Portugal, o Panteão Nacional lança agora uma coleção de publicações que pretende dar a conhecer estas fascinantes figuras.» A 2.ª publicação é dedicada a Humberto Delgado - figura ímpar e herói do Portugal contemporâneo - percorrendo a vida militar e política deste homem de coragem, símbolo da luta pela liberdade e democracia duma sociedade com medo. Edição bilingue (português e inglês). -
O Essencial sobre Explicação e HermenêuticaAlgumas obras humanas têm um poder magnético sobre os homens, no sentido em que, geração após geração, não apenas os acompanham mas também delimitam severamente a sua visão e entendimento de si e do mundo, e essas obras são invariavelmente o que nós chamamos obras de arte. O que define cada comunidade, o seu modo único e sempre total de ser - o seu entendimento do que é um ser humano, a sociedade, a natureza, deus, os deuses, o que for - nunca esteve no final de nenhuma generalização indutiva ou dedutiva, mas no modo como se desenham e constroem os templos, nas linhas e destinos humanos de uma epopeia, tragédia ou mito, no sentido iluminante de um verso ou na forma que uma escultura fixou para algum tipo de eternidade. A arte é portanto um meio de conhecimento e uma fonte de verdade, mas que conhecimento e verdade são esses? O seu interesse para a filosofia hermenêutica e para a antropologia reside no facto de ser um conhecimento sobre a interpretação, e por isso um conhecimento sobre o conhecimento, uma verdade sobre a verdade. -
Humberto DelgadoChamaram-lhe terramoto e furacão. Uns apelidaram-no de general-dinamite, outros de cowboy e de general Coca-Cola. Ele próprio se retratou como um «Tufão sobre Portugal», mas foi outro o epíteto que ficou para a posteridade e no coração do Povo: Humberto Delgado, o General Sem Medo. Esta é a primeira biografia do homem que desafiou Salazar ao proferir a célebre frase: «Obviamente demito-o!». Candidato à Presidência da República em 1958, Humberto Delgado galvanizou multidões de Norte a Sul, tendo sido vítima de uma das maiores fraudes eleitorais da História. A sua morte às mãos da PIDE, em 13 de Fevereiro de 1965, foi o principal assassínio político da ditadura e marcou indelevelmente a memória colectiva. Mito do Século XX, Humberto Delgado renasce neste livro, que narra passo a passo o romance de aventuras da sua vida, desde a infância no Ribatejo até à cilada de Badajoz. Escrita por Frederico Delgado Rosa, neto de Humberto Delgado, a presente biografia desvenda factos totalmente desconhecidos até hoje, relata pormenores intimistas vedados aos historiadores e faz surpreendentes revelações sobre o assassinato, lançando uma nova luz sobre o «Caso Delgado». -
1974A 28 de Setembro de 1974, ainda o povo celebrava a liberdade conquistada na revolução de Abril, um golpe militar apoiado por Moscovo, e consentido por Washington, coloca os comunistas no poder em Portugal. A propriedade privada é abolida, uma base militar soviética é construída em Sines e uma nova polícia política prende, tortura e condena ao esquecimento todos os opositores do regime. Ano após ano, cerimónias grandiosas em Lisboa e no Porto celebram com paradas militares e bandeiras vermelhas os sucessivos aniversários da revolução comunista. O País mergulha num longo período de trevas que resistirá à queda do Muro de Berlim e ao colapso da URSS. No recanto mais Ocidental da Europa, completamente isolado do exterior e com fronteiras vigiadas, subsiste um dos últimos bastiões do comunismo no mundo. É neste ambiente opressivo que se confrontam as personalidades de dois antigos amantes. Francisco, um escritor dissidente, e Maria, uma cada vez mais importante figura da nomenclatura. Francisco paga um preço demasiado alto por afrontar o regime com um livro perigoso para o poder, Maria age à luz da fé inabalável, urgente e implacável de tudo destruir para fazer nascer um mundo novo. Retratando um país fictício, mas que há quatro décadas esteve perto de despontar em Portugal, este é um romance inquietante pela sua proximidade e porque nele se projetam alguns dos maiores receios das sociedades modernas, como o triunfo dos radicalismos e a privação das liberdades individuais.
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?