Falar com Verdade: diálogos e confidências com Cunhal e Soares
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Espaço repleto de tradições, o velho café pessoano, no Terreiro do Paço, foi cenário para memoráveis tertúlias. O livro que têm nas mãos oferece-nos diálogos singulares (à volta de uma mesa de café) com Álvaro Cunhal e Mário Soares, duas vozes corajosas - com percursos ideológicos diferentes - que fizeram história e ficarão para sempre na História. Os protagonistas destas conversas debateram os grandes temas da actualidade de então, defenderam os valores da liberdade e da justiça social, mas também contaram histórias inéditas, riram e partilharam afectos.
Luís Machado, que ao longo de 27 anos dinamizou as tertúlias do Martinho da Arcada, revela-nos alguns desses momentos inesquecíveis.
| Editora | Âncora Editora |
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| Categorias | |
| Editora | Âncora Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Luís Machado |
Luís Machado
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Rostos da PortugalidadeEsta nova série de Rostos da Portugalidade que agora regressa, decorreu entre Janeiro e Março de 2017, assinala duas coisas: os 25 anos de Luís Machado como responsável pela dinamização cultural do Martinho da Arcada e a comemoração dos 235 anos de existência daquele espaço como café. Os privilegiados que tiveram a oportunidade de participar nesta série de jantares/tertúlia viveram momentos raros e repletos de magia. Cruzeiro Seixas, Diogo Freitas do Amaral, Elisabete Matos, Eunice Muñoz e Manuel Alegre, nomes incontornáveis da nossa vida pública, deram corpo a esta singular iniciativa, evocaram memórias e fizeram confidências generosas. Todos eles, com percursos de vida exemplares têm contribuído, incontestavelmente, para honrar e dignificar o nosso País. A informalidade, a partilha de afectos e a criatividade cultural foram realidades difíceis de esquecer e que vão perdurar por muito tempo nas nossas memórias.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
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Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
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Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
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