Filosofia Antes dos Gregos
O presente estudo aborda, sistemática e comparativamente, os eternos temas do ser e do conhecimento, da moral, da cultura e da política nas civilizações pré-clássicas.
«Ninguém, como os sábios da Antiguidade Oriental, se pode arrogar papel e título de precursores da filosofia grega. Por isso, instruções egípcias do 3.º e 2.º milénio pré-cristãos, ensaio filosófico-teológicos da Mesopotâmia sumero-acádica e sabedoria bíblica imune ao pensamento grego tinham de ser logicamente o prato forte do estudo.(...)
»No lastro cultural e mental largamente comum às sociedades do Egipto, da Mesopotâmia e de Israel, cada povo modelou a vida política e social à sua maneira. É que, para além das ideias comuns, vivências religiosas específicas ditavam diversas concepções do mundo e da vida, por outras palavras, diferentes filosofias políticas: Estado omnipotente e cidadão em potência no Egipto clássico, iniciativa privada e individualismo na Mesopotânia semítica, monarquia representativa e ´democrática` em Israel.»
| Editora | Publicações Europa-América |
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| Coleção | Biblioteca Universitária |
| Categorias | |
| Editora | Publicações Europa-América |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Nunes Carreira |
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Lendas e Narrativas do Antigo Testamento: tradução directa do hebraico, aramaico e gregoA história não tem o monopólio de reatualizar e de fazer reviver o passado. Ao seu lado vive a lenda com meios muito diferentes, mas com idênticos objetivos. Não se pode valorizar de tal maneira a história - rigorosa, metódica, crítica e pretensamente objetiva - e desvalorizar a lenda - fluida, livre de cadeias estilísticas - como se resultasse de imaginação sem controlo. Afinal, toda a lenda é um documento histórico em sentido lato, já que ela diz alguma coisa sobre as concepções dos que a contaram e finalmente a escreveram; não é independente e de modo algum (ou só em casos mais raros) puro produto da fantasia. Nesta obra, onde se apresentam as lendas e narrativas que o livro bíblico do Antigo Testamento registou, pode o leitor fruir emotivos e interpelantes passos de velhos textos onde se reconhecem algumas das bases culturais da nossa cultura de hoje. -
Literatura do Egipto AntigoEste é um estudo rigoroso dos mais importantes textos egípcios encontrados até à data, a sua classificação em géneros literários, contextualização histórica e a fecundação que efectuaram nas letras clássicas e universais.Instruções sapienciais, a narrativa, a poesia lírica, a aventura e viagem, conto de fadas e cantiga d'alba, autobiografia «histórica» hinos aos deuses e aos Reis.Uma criação literária rica e interpelante, a literatura do Egipto antigo é agora apresentada aos portugueses em uma obra de características únicas no nosso País.José Nunes Carreira, é professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e especialista na área das civilizações pré-clássicas. -
Outra Face do Oriente - Viagens dos Portugueses no Próximo Oriente«No horizonte da expansão portuguesa, Oriente começou por ser a Índia. Chegar à Índia, comerciar com a Índia, governar a Índia… Veio o Tibete, a China, as Molucas e o Japão. No imaginário popular ficou a Índia (Auto da Índia). Na linguagem oficial dominou a Índia («vice-rei da Índia»), mesmo quando o raio de influência se estendia do golfo Pérsico ao Japão.»Pouco se falou de outro Oriente, o Próximo. E, se não fala a ignorância do não-especialista, pouco se tem investigado a expansão para este Oriente.»A mim é o que mais me toca. Depois de estudar as brilhantes civilizações que aí floresceram desde os alvores da história, depois de o percorrer de Edfu ao mar Cáspio - pelo Vale do Nilo e pelo Sinai, pela Palestina e Síria, pelo Líbano e Turquia, pela Jordânia, Iraque e Irão - depois de descobrir e acompanhar viajantes lusos em rotas semelhantes ou iguais… seja-me lícito ir ao encontro das pegadas de Portugal nessas paragens. Os meus predecessores (nas viagens e na escrita) de Quinhentos e Seiscentos mostram Outra Face do Oriente.» Do Prefácio
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NovidadeA Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
NovidadeInglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
NovidadeTextos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
NovidadeCaminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.
