História do Direito - 3ª Edição
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«História do Direito» é uma introdução histórica ao Direito, atenta às novas tendências da investigação e da cultura jurídica, numa perspectiva pósdisciplinar. Fiel ao rigor historiográfico clássico, abre-se criticamente a outros desafios: novos saberes e métodos, novas racionalidades e estilos. E dirige-se tanto aos estudantes de Direito, como aos que cursam História e outras Ciências Sociais, Filosofia, e afins. Além de procurar ser legível pelo público culto e interessado. Não se quedando pela História jurídica nacional, enquadra-a nas grandes correntes europeias, recuando ao Direito Romano, e não deixando de referir os primórdios normativos orientais e pré-clássicos.
Na História do Direito Português, assume uma orientação mais monográfica, em demanda das raízes e fundamentos das nossas Liberdades.
Termina, naturalmente, com o Liberalismo e o Constitucionalismo moderno, momento em que o génio jurídico nacional se funde e metamorfoseia na tendência geral da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Mas o livro chega aos nossos dias, à Constituição Europeia e à ameaça de concretização do Brexit.
| Editora | Almedina |
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| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Joana Aguiar e Silva, António Lemos Soares, Paulo Ferreira da Cunha |
Doutor em Direito pelas Universidades de Paris e Coimbra, agregado (Univ. do Minho), Pós-Doutor (Univ. de São Paulo) e Catedrático da Faculdade de Direito da Univ. do Porto, é Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
Professor da escola de Direito da Universidade do Minho;
Membro do Instituto Jurídico Interdisciplinar
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Novo Direito Constitucional EuropeuA "Constituição Europeia" morreu? Estará está congelada sine die? Puro erro de perspectiva. Independentemente do seu futuro institucional, a Constituição Europeia super-vive, porque em boa medida recolheu muito do que já era a Constituição material da União Europeia. Novo Direito Constitucional Europeu procura ser a um tempo uma exposição didáctica, mas problematizante, dessa realidade jurídico-política muito complexa e vasta, e uma tentativa do seu enquadramento e compreensão no plano teórico. Dirige-se, assim, tanto ao Cidadão interessado não especializado, como aos especialistas de Direito Europeu e Comunitário, aos Constitucionalistas e aos Juristas e Políticos em geral, bem como, e em especial, aos estudantes dessas matérias. Índice Livro I Direito Constitucional Europeu - Introdução e Grandes Linhas Parte I Introdução Geral ao Direito Constitucional Europeu Parte II Grandes Linhas Constitucionais do Projecto de Constituição Europeu Parte III O Velho, o Novo e o Futuro no/do Projecto de Constituição Europeia Livro II Constituição Europeia e Constitucionalismo Parte I Constituição Europeia: Um Novo Paradigma Juspolítico Constituição Europeia e Teoria da Constituição -
Raízes da República - Introdução Histórica ao Direito ConstitucionalNunca como hoje a Constituição e o Direito Constitucional foram tão invocados no espaço público. Uma das maneiras mais formativas de iniciar o seu estudo é compreender como foram evoluindo. Dessa História Constitucional já se disse ser "a história apaixonada dos Homens". Apaixonada e sem dúvida apaixonante também. A presente obra vai às raízes mais profundas do direito público político português, num panorama que recua às Ordenações do Reino e; passando pelas tentativas iluministas, percorre um a um todos os nossos textos constitucionais até ao presente: nos seus articulados, nos seus contextos de história política e das mentalidades, e até nos seus mitos e utopias. Índice Constituição Natural e Raízes do Constitucionalismo Moderno Constitucionalismo Liberal Da República ao Estado Novo -
Lições Preliminares de Filosofia do DireitoEstas Lições Preliminares de Filosofia do Direito procuram, como o seu nome indica, começar pelo princípio, pelos fundamentos. E abrem, assim, com o indagar do que é a Filosofia e do que é Direito, para depois iniciarem a abordagem da Filosofia do Direito. Face às edições anteriores, esta 3.ª edição foi totalmente revista, corrigida e actualizada, nomeadamente dando conta da sevolução do pensamento do autor, que acrescentou uma última lição dedicada aos estudantes de Mestrado no processo de Bolonha, especialmente no sentido de os aconselhar sobre as suas dissertações ou teses. -
A Prática Judiciária entre Direito e LiteraturaEnquanto veículo de construção e transmissão da ideia, a linguagem desde sempre exerceu sobre o homem um profundo e fértil fascínio. Um fascínio que explica, em parte, a verdadeira explosão de indagações e análises hermenêuticas a que o último século assistiu, nos mais diversos domínios do conhecimento. A recepção crítica destes trabalhos pela teoria e pela prática jurídicas, horizonte temático em que este estudo se inscreve, tem vindo a ser sistematicamente empreendida pela jurisprudência anglo-saxónica, onde os estudos interdisciplinares se têm fecundamente desenvolvido em torno da associação do Direito com a Literatura, a Retórica e a Hermenêutica em particular, e com as Humanidades em geral. Reclamando embora a natureza linguística, retórico-argumentativa e hermenêutica de uma parte considerável da realidade jurídica, e sublinhando a quase omnipresença da mediação interpretativa na actividade cognoscitiva em geral, este estudo pretende, ainda assim, mostrar em que medida a específica vocação normativa do Direito norteia os sentidos com que o mesmo, dia após dia, se constrói. Essa será precisamente a medida da fortuna de estudos que, não rejeitando, antes procurando robustecer, afinidades entre textualidades e narrativas judiciárias e literárias, hermenêutica jurídica e literária, contribuirão para a fundamental formação técnica e humana de todo o jurista. ÍNDICE I. A importância da linguagem no Direito. Reflexões sobre a prática judiciária a) A aprendizagem da língua como pressuposto da aprendizagem do Direito b) A linguagem jurídica: até que ponto uma linguagem técnica? (o discurso jurídico como discurso linguístico) 1. A omnipresença do fenómeno linguístico 2. Quanto à natureza da linguagem 3. A inserção do discurso jurídico no global fenómeno linguístico 4. Os processos de tradução envolvidos na construção do discurso jurídico 5. Linguagem jurídica: até que ponto um discurso profissional? c) Verdade ou verosimilhança de um discurso jurídico 1. Sobre a verdade e a natureza da linguagem 2. Verosimilhança e coerência narrativa 3. Verdades silenciadas pelo Direito d) Retórica e Justiça Jurídicas 1. As narrativas do Direito e a inevitabilidade da retórica jurídica 2. Retórica e retóricas 3. Retórica jurídica e justiça material. Limites II. Interpretação jurídica vs interpretação literária a) Discurso jurídico e discurso literário: semelhanças e dissemelhanças b) Ameaças à autonomia jurídica? 1. A rejeição de propostas fundamentalistas e a viragem linguística/interpretativa do início do século XX 2. Linguagem ordinária, linguagem literária e linguagem jurídica: semelhanças e dissemelhanças 3. Direito e Literatura. Os problemas comuns da interpretação c) Perspectivas hermenêuticas de uma narrativa jurídica. A mediação interpretativa reclamada pela prática judiciária: análise de uma possível transposição dos estudos desenvolvidos no âmbito da teoria literária para a prática do Direito 1. Sentido actual da actividade interpretativa. A necessidade de fundamentação racional do discurso jurídico. Propostas hermenêuticas da teoria literária e da crítica jurídica 2. Propostas interpretativistas jurídico-legitimadoras 3. O universalismo hermenêutico na crítica literária e no Direito. O confronto, no seio da jurisprudência anglo-saxónica, de duas concepções hermenêuticas do Direito 4. Propostas hermenêuticas, de origem continental, de fundamentação do discurso jurídico 5. A irresistível vocação normativa/criativa do Direito nas suas vertentes legislativa e Jurisprudencial III. Direito e Literatura: vantagens pragmáticas de um estudo integrado a) Os estudos de Direito e Literatura como arte ao serviço da fundamenta-ção racional do discurso jurídico. Potencial didascálico de uma "justiça poética" IV. Notas para uma conclusão Bibliografia RECENSÃO A autora do livro 'A prática judiciária entre Direito e Literatura' tenta demonstrar que duas disciplinas (direito e literatura) que, aparentemente, não têm qualquer relação directa, vistas sob a perspectiva da linguagem jurídica e da hermenêutica, acabam por se encontrar com muita frequência. Um ensaio que reflecte o Direito na sua vertente linguística.in Jornal de Negócios, 3 de Maio de 2001 -
O ponto de ArquimedesNum diálogo entre a Teoria Constitucional e a Filosofia Jurídica, O Ponto de Arquimedes procura levantar eternas interrogações sobre a fundamentação e a legitimação do Direito. Num tempo de consenso aparente e por vezes hipócrita em torno dos Direitos Humanos, o desafio é o de saber quais as suas raízes: a simples vontade do poder, sempre reversível, ou o Direito Natural e a própria natureza do Homem? A indagação sobre o ponto de apoio do Arquimedes jurídico, longe de ser supérflua especulação, constitui, ao invés, a pedra angular de todo o edifício do Direito, o fulcro onde assenta a alavanca movente de todo o pensar e agir da juridicidade. Consagrando-se especialmente ao Direito Constitucional e à Filosofia do Direito, Paulo Ferreira da Cunha é professor universitário, agregado em Direito - Ciências Jurídicas Públicas (Univ. Minho), doutor em Direito - Ciências Jurídico-Políticas (Univ. Coimbra), e doutor em Direito - História/Filosofia do Direito (Univ. Paris II). ÍNDICE GERAL Introdução: O Ponto de Arquimedes PARTE PRIMEIRA - Natureza Humana e Direito Natural Secção I: Em demanda da Natureza Humana Secção II: Direito Natural e Jusnaturalismo Secção III: Deveres, Direitos, Valores. Do Conteúdo do Direito Natural PARTE SEGUNDA - Direito e Direitos Humanos Secção I: Para além do Mito do Direito Secção II: Para uma Não Definição de Direito Secção III: O Paradigma "Direitos Humanos " Secção IV: Dos Valores aos Direitos Bibliografia Geral Índice Analítico -
O Século de AntígonaO Século XX foi um grande século em negativo. Do cepticismo e do relativismo se foi passando a um niilismo que tudo parecia percorrer: crítica, desconstrucão, ideologias da suspeita, cultura de morte. Sob que signo colocar o Século XXI jurídico? Perante as ameaças de um Admirável Mundo Novo que, a pretexto de solidarismos, cientismos, multiculturalismos, impõe uma ditadura do pensamento único, uma voz se ergue pela natureza das coisas, pelas leis superiores às decisões arbitrárias do poder: Antígona. O presente livro problematiza os grandes desafios do futuro do nosso Direito, da Cidadania à Constituição da União Europeia, dos Códigos às Constituições, defendendo uma renovada visão do realismo clássico como forma de esclarecer e fundamentar a essencial luta pela Justiça. ÍNDICE GERAL Introdução Parte Primeira - O Século de Antígona Capítulo I - Futuro Presente do Direito Capítulo II - Claves e Desafios Jurídicos para o Séc. XXI Parte II As Duas Justiças Justiça Moral e Política vs. Justiça Jurídica. Capítulo I - O Livro da Justiça Capítulo II - O Comentário de Santo Tomás de Aquino Parte III - Problemas do Direito Natural Capítulo I - Do Direito ao Direito Natural Capítulo II - Do Problema Científico do Direito Natural Capítulo III - O Problema Pedagógico do Direito Natural Capítulo IV - Conclusão Parte IV- Do Direito Natural Positivo Capítulo I - Introdução Capítulo II - Justiça, Liberdade, Igualdade e Pluralismo Político na Constituição espanhola Capítulo III - Princípios, Direito Natural, Valores Capítulo IV - Direito Natural e Princípios Gerais do Direito nos Códigos Civis Capítulo V - Conclusão Parle V - Da Justiça na Constituição da República Portuguesa Capítulo I - Memória Capítulo II - Polissemia Capítulo III - Hermenêutica Capítulo IV - Princípios Capítulo V - Estrutura e elementos do art. 1.º da Constituição Capitulo VI - Fins Capítulo VII - Virtudes Capítulo VIII - Bens Jurídicos Capítulo IX - Ideologias e Utopias Capítulo X - Valores, Esboço de caracterização Capítulo XI - Valores. Referência ao argumento comparatístico Capítulo XII - A Justiça como valor superior Capítulo XIII - Valores alternativos Capítulo XIV - Novas aportações cornparatísticas e filosóficas Capítulo XV - Conclusão Parte VI - União Europeia, Estado e Constituição - A Constituição Impossível? Introdução Capítulo I - Ter ideias claras sobre o conceito de Estado Capítulo II - Ter ideias claras sobre o conceito de Constituição Capítulo III - Ponderação. O teste das constituições dos estados Parte VII - Direito, Constituição e Cidadania Capítulo I - Introdução Capítulo II - Política e Direito Capítulo III - Constituição, Direito e Política Capítulo IV - Constituição formal e Constituição material Capítulo V - Cidadania Bibliografia Citada -
Política Mínima2.ª Edição, corrigida e actualizada Escrita praticamente de um fôlego, quase sem notas e de cor, esta Política Mínima pretende abordar com clareza, rigor e sem preconceitos politicamente correctos os principais temas do saber da Política: Homem, Sociedade, Natureza Humana, Poder e seu controlo, Governo e suas formas. Pessoa, Liberdade e suas conexões, Autoridade, Legitimidade, Justiça e suas modalidades, Bem Comum, Constituição e Constitucionalismos, Soberania, Povo, Nação, Estado e Supra-nacionalidades, Direitos e Deveres, Sufrágio, Democracia, e Representação política, Força, Coacção e Guerra, Propriedade e Igualdade, Cidadania, Interesse Público, Ideologia e Partidos. Nota Prévia à Segunda Edição Para continuar a ser ainda o mesmo, este livro teve, nesta nova edição, de voltar a abster-se de erudições e de conter-se nas tentações bibliográficas. Para tais desenvolvimentos, nasceu entretanto um irmão seu, mais nutrido de fontes - Repensar a Política. Ciência & Ideologia, Coimbra, Almedina, 2005. As revisões feitas nesta edição são, assim, primeiramente formais, e visando maior clareza e mais rigor; e procurando a caça sem trégua às gralhas. Mas também ideológicas - não no sentido pobre do termo, mas no quanto podem reflectir evolução de Ideias, e de Esperança(s)... Contudo, seria impossível (e nem sequer foi tentado) retirar ao livro a marca do momento em que foi escrito. E esta prevenção se dirige ao leitor de hoje. Porque, em tudo o que é "contemporâneo", algo pode haver que não se refira exactamente à novidade da hora que passa, ou ao contexto em que venha a ser lido. ÍNDICE INTRODUÇÃO Política e Ciência(s) - Epistemologias e Metodologias PARTE I Do Sujeito Político - Tópicos antropológicos e sociológicos Capítulo 1. Natureza Humana Capítulo 2. Homem e Sociedade. O "Animal político" PARTE II Do Objecto Político - Tópicos politológicos liminares Capítulo 3. Política Capítulo 4. Poder Capítulo 5. Governo, governantes governados PARTE III Dos Fundamentos e Fins Políticos - Tópicos filosófico-políticos Capítulo 6. Pessoa e Liberdade Capítulo 7. Autoridade e Legitimidade Capítulo 8. Justiça e Bem Comum PARTE IV Da Estrutura Política ou das Instituições Políticas - Tópicos juspolíticos Capítulo 9. Constituição e Constitucionalismos Capítulo 10. Povo, Nação, Estado, Supra-nacionalidade, Soberania e de outras formas políticas Capítulo 11. Formas de Governo Capítulo 12. Direitos e Deveres Capítulo 13. Organização e Controlo do Poder. Estado, Poderes e Separação dos Poderes Capítulo 14. Sufrágio, Democracia e Representação política. O Estado de Direito EPÍLOGO Da Dinâmica Política ou dos Conflitos Políticos - Tópicos ideológicos -
O Tímpano das Virtudes - Arte, Ética e DireitoRafael representou a Justiça sobrepondo-a espacialmente às demais Virtudes, e todas presidindo às Leis. Pintou-a na Stanza delia Segnatura, no Vaticano, sala em que deixou também o retrato de família da Filosofia, no célebre fresco da Escola de Atenas. Partindo dos motivos dessa sala, e em especial da composição que lhe dá o título, Tímpano das Virtudes é um ensaio transdisciplinar, que procura esclarecer o Direito pela Ética, a Ética pela Arte, e a Arte pela Filosofia que nela está implícita e lhe serve de fundamento. Trata-se assim de um contributo ilustrativo para a superação da presente crise da Justiça, que é crise das instituições, sem dúvida, mas principalmente crise da educação, da cultura c da sensibilidade. Paulo Ferreira da Cunha, Professor Catedrático e Director do Instituto Jurídico Interdisciplinar da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Doutor em Direito pelas Universidades de Paris II e de Coimbra, cursou também Desenho na Escola Superior Artística do Porto, e História da Arte, na Faculdade de Letras do Porto. Membro de várias sociedades científicas, pertence nomeadamente à "Società Internazionale per 1'Unità delle Scienze", ao Centro de História da Cultura (Univ. Nova de Lisboa) e ao Instituto de História do Direito e do Pensamento Político (Faculdade de Direito, Univ. de Lisboa). Índice Parte I - Contextos Introdução filosófico-epistemológica Reflexões priodológicas Em demanda de Rafael Parte II - Paratextos Pré-Textos Reflexões e Modo-de-Olhar Teologia e Poesia Polaridades: Interior e exterior, cultura e natural, humano e divino Parte III - Textos Saber e Escola O Tímpano das Virtudes Conclusão -
Repensar a Política - Ciência & IdeologiaRepensar a Política é um exercício assumido de liberdade académica e cívica. Quando muitos denunciam a falta de legitimidade nas democracias meramente formais, as grandes ilusões murcharam e os pragmatismos se arriscam a consumir todas as energias, este livro não se quer limitado nem pela convenção nem pela auto-censura. Recusa o tabu estéril que veda aos universitários falarem de política real, reservando-lhes uma pseudo-política abstracta, matemática, teoricista. Por isso, tanto trata de ciências e saberes políticos, como de ideologia - forma em que hoje estão vertidos os ideais. E fá-lo em diálogo com outras disciplinas, desde logo o Direito. Não se propõe uma pretensa e enganadora assepsia, antes procura uma objectividade situada. Prefácio do Autor à 2.ª Edição Não sabemos a razão mais profunda e determinante do tópico da surpresa dos autores ante a notícia de que a sua obra se esgotou. Talvez votem os seus escritos a uma espécie de "roda", talvez, perante o deserto de comunicação em alguns meios, creiam que, realmente, ninguém os lerá. A verdade é que muitos sacrificam a esse lugar comum. E curiosamente, não por artifício retórico, mas por efectiva realidade, foi esse, também, desta feita, o nosso caso. Não contávamos que a primeira edição deste livro, publicada há tão pouco tempo, se visse tão rapidamente esgotada. Ainda bem. A obra foi bem divulgada e contou com duas apresentações públicas de altíssimo coturno: em Lisboa, esteve a cargo do Prof. Doutor Diogo Freitas do Amaral; e no Porto, foi feita pelo Prof. Doutor José Joaquim Gomes Canotilho, nomes que, realmente (e esbarramos em novo tópico) dispensam mesmo apresentações. Certamente foi esse o segredo e a razão do seu acolhimento pelo público, e não os méritos do seu obscuro autor. De qualquer modo, devemos fazer também justiça aos nossos estudantes que, recusando a pirataria das fotocópias, decerto foram responsáveis pela aquisição de muitos exemplares. Com efeito, este livro, a par de Política Mínima., constituiu um dos recomendados na nossa regência da cadeira de Ciência Política, na Universidade do Porto. Tomado de surpresa, a revisão ora feita foi minimalista. Limitou-se ao firme ataque a algumas esparsas gralhas, às actualizações mais evidentes determinadas pelo rodar histórico das coisas, incluindo acrescentos bibliográficos mais imediatos, etc. Onde se levou a cabo intervenção mais cuidada e profunda foi na exposição do espectro ideológico-partidário português, que entretanto se advertiu necessitar de uma revisão mais profunda. Matéria sempre delicada, e por isso sempre a necessitar de novos retoques que permitam evidenciar os verdadeiros contrastes e matizes. Incluem-se ainda nesta edição, de seguida, os textos escritos correspondentes às suas apresentações públicas referidas. Era nosso desejo incluir ainda nesta edição, de seguida, os textos escritos correspondentes às apresentações públicas deste livro, já mencionadas. Acaba por, desta feita, não poder figurar ainda o testo do Prof. Doutor Diogo Freitas do Amaral, que pouco depois dessa sua intervenção, seria de novo chamado a altas e muito absorventes funções governamentais. Temos contudo a promessa de vir a contar no futuro com o seu texto. Desde já, abre este livro com uma muito honrosa Apresentação, da autoria do Prof. Doutor José Joaquim Gomes Canotilho, Catedrático de Direito Constitucional e Ciência Política da Faculdade de Direito de Coimbra. ÍNDICE PARTE PRIMEIRA - REVER OS FUNDAMENTOS Capítulo Primeiro - Saberes Epistemologia Política e Direito Especialização e Criação Formas, Temas e Estruturas de Investigação A Filosofia Política: uma Scientia Política Capítulo II - Fundadores Aristóteles, a Invenção do Jurídico Maquiavel, a Autonomização do Político PARTE II - REAVALIAR OS PARADIGMAS Capítulo Primeiro - Instituições Formas Políticas Constituição e Constitucionalismos Capítulo II - Ideologias e Utopias Ideologia e Ideologias A Oposição Binária: Direita e Esquerda Terceiras Vias Política e Direito numa "Utopia" Contemporânea Desafios Juspolíticos Hodiernos
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Teoria Pura do Direito - 8ª EdiçãoHans Kelsen (1891-1973) desenvolveu ao longo de várias décadas uma doutrina "pura" do Direito que pretendeu ser "a mais consistente versão da corrente jurisprudencial a que se chama positivismo jurídico". No extenso catálogo da produção científica de Kelsen - que inclui várias centenas de títulos -, a Teoria Pura do Direito ressalta como a mais importante obra de filosofia jurídica do século XX. Estudada e debatida em todo o mundo sobretudo a partir da 2.ª edição de 1960, ascendeu depressa ao panteão das obras "clássicas" sem ter por isso perdido influência. A Almedina volta a disponibilizar aos leitores portugueses esta obra indispensável à completa formação do jurista, agora acompanhada de um exaustivo índice analítico. O estudo A Justiça Natural, que Kelsen concluiu como Apêndice à 2ª edição da Teoria Pura, foi já reeditado nesta colecção. -
História do Direito - 3ª Edição«História do Direito» é uma introdução histórica ao Direito, atenta às novas tendências da investigação e da cultura jurídica, numa perspectiva pósdisciplinar. Fiel ao rigor historiográfico clássico, abre-se criticamente a outros desafios: novos saberes e métodos, novas racionalidades e estilos. E dirige-se tanto aos estudantes de Direito, como aos que cursam História e outras Ciências Sociais, Filosofia, e afins. Além de procurar ser legível pelo público culto e interessado. Não se quedando pela História jurídica nacional, enquadra-a nas grandes correntes europeias, recuando ao Direito Romano, e não deixando de referir os primórdios normativos orientais e pré-clássicos.Na História do Direito Português, assume uma orientação mais monográfica, em demanda das raízes e fundamentos das nossas Liberdades.Termina, naturalmente, com o Liberalismo e o Constitucionalismo moderno, momento em que o génio jurídico nacional se funde e metamorfoseia na tendência geral da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Mas o livro chega aos nossos dias, à Constituição Europeia e à ameaça de concretização do Brexit. -
História do Direito Luso-BrasileiroDir-se-ia que a nossa História do Direito pode ser considerada uma obra de ciência e um texto escolar, dirigindo-se, preferencialmente, aos estudantes da nova Licenciatura em Direito Luso-Brasileiro da Faculdade de Direito de Coimbra. Alicerçada nas confidências seguras das fontes e muito refletida do ponto de vista doutrinal, repousa no modo histórico de pensar o direito e percorre os diferentes modos como a história o foi pensando. Não se furta, do mesmo passo, a proporcionar seguras noções elementares para quem pretenda lançar-se ao estudo da história do direito brasileiro. Ora, não se atormentam apenas com dúvidas alterosas os que principiam. Precisam de arrimos sólidos. E este livro julgamos que também os oferece, não disfarçando nunca a dificuldade dos problemas.Vem de molde lembrar uma sentença do Padre Antônio Vieira tão valiosa quanto certeira para o direito: “o presente não é senão o futuro do passado”. Um acerto cuja limpidez bem se ajusta à historicidade jurídica na exuberante paisagem do caminho que o direito luso-brasileiro soube logradamente percorrer. Um viandante, ora tranquilo, ora inquieto, que procuramos acompanhar, principalmente nos progressivos passos autonomizadores que foi dando.
