Horas de Nossa Senhora/Rezar em Português
Apresentar uma edição fac-similada de um Livro de Horas cujo original não é nem um manuscrito
iluminado nem em latim pode parecer estranho. Na verdade trata-se de um livro impresso, mas com uma
particularidade singular. É composto em português, impresso em Paris, em 1500/1501, e o único
exemplar conhecido encontra-se na Biblioteca do Congresso, em Washington. É tão raro como um
manuscrito.
Trata-se das Horas de nossa Senhora segundo costume Romano. com as horas do spirito sancto . e da
cruz e dos finados . e sete psalmos . e oraçam de sam lyom papa . e oraçam da empardeada . e com
outras muytas e deuotas oraçoões. A sua singularidade e raridade deve-se, por um lado, à sua natureza
que motivava um uso e manejo quotidiano o que lhe provocava fragilidade e, por outro, ao seu conteúdo
dado incluir os conjuros chamados Oração de São Leão Papa [p. 200-221] e Oração da Emparedada
[p. 222-239], a Oração de Nosso Senhor Jesus Cristo (Juste judex) [p. 177-179], antífona e oração de
São Cristóvão [p. 192-194] e «indulgências fingidas» [p. 173] dos Papas João XXII e Inocêncio III, todos
proibidos pela Inquisição do século XVI.
| Editora | BPN |
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| Categorias | |
| Editora | BPN |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João José Alves Dias |
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1910 - O Ano da RepúblicaCatálogo da exposição evocativa do centenário da implantação da República em Portugal, procura representar uma dupla perspectiva histórica dos acontecimentos mais próximos do processo de construção republicana da sociedade portuguesa. Por um lado, a narrativa de tais acontecimentos, que se estrutura a partir do olhar crítico e criador de Raul Brandão, nas suas Memórias, vistas como «legenda» possível e sugestiva da «atmosfera de uma época», mas também a partir do registo mais imediato dos factos nas páginas de uma imprensa então activa e construtora de um tempo que é já de modernidade. Por outro lado, está implícita uma leitura distanciada que procura descobrir nexos de inteligibilidade desse tempo a partir das questões mais pertinentes inscritas no calendário de 1910. O Ano da República, mais que uma revista no plano acontecimental através do seu registo factual, procede ao levantamento e flui ao cabo de Doze Temas de um Calendário Republicano que dão conta da vivacidade como das contradições do movimento e do ideário republicanos, do mesmo modo que acompanham o descalabro da monarquia e das forças monárquicas. Finalmente, o catálogo conclui com um caderno de fontes jornalísticas sobre a Revolução de 4 e 5 de Outubro, acentuando a modernidade de imprensa da época, num contexto de cultura urbana em que os jornais republicanos protagonizaram muitas das novidades que carrearam a transformação do espaço público. -
A Diáspora da Palavra - Obras de Autores Portugueses Impressas fora de Portugal, 1521-1550. Guia da exposiçãoO recurso à imprensa escrita, especializada ou generalista, como fonte primária tem-se revelado um recurso fundamental para os estudos musicológicos, quer como veículo de informação sobre diferentes domínios da vida musical de múltiplas comunidades em distintos âmbitos cronológicos e geográficos, quer como um elemento-chave a ter em conta na análise das representações sociais e culturais da música e na mediação entre os elementos que interagem na prática musical. O presente volume, coordenado por Cristina Fernandes e Miguel Ángel Aguilar Rancel, é constituído por uma seleção de artigos da autoria de investigadores portugueses e espanhóis, resultantes de comunicações apresentadas no congresso internacional A Imprensa como Fonte para a História da Interpretação Musical, organizado pelo grupo de trabalho Música y Prensa da Sedem – Sociedade Espanhola de Musicologia e pelo grupo de investigação Estudos Históricos e Culturais em Música do INET-md (NOVA FCSH) e acolhido pela Biblioteca Nacional de Portugal. Com um enfoque privilegiado nos discursos sobre a interpretação musical, sem prejuízo de outras abordagens complementares, parte de uma grande variedade de material fornecido pela imprensa periódica do século XIX e das primeiras décadas do século XX (críticas, notícias, anúncios, programas de concertos, ensaios, fotografias, caricaturas, partituras) para tratar temáticas tão diversas como a figura do virtuoso, o músico como celebridade, o corpo do intérprete e as questões de género, programação, repertórios e correntes interpretativas, as relações entre profissionais e diletantes, perfis críticos e a imprensa como difusora de material destinado à prática musical propriamente dita.
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Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível! -
Confissões«O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho «confessar» com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e respostas, sendo ecos da vida humana, refletem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e atuais.»Lúcio Craveiro da Silva, S.J.«Talvez que a mais profunda atualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda – ao menos na aparência – com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.»Eduardo Lourenço -
História das Religiões - Da Origem dos Deuses às Religiões do FuturoEste livro é uma viagem. E «viajar é estar vivo»...Por onde vamos viajar? Por uma geografia que se estende da Escandinávia até África e do Brasil até à China, com epicentro na região do Crescente Fértil. A cronologia principia no terceiro milénio a.C. É espantosa a influência que estas tradições religiosas tiveram na nossa cultura. Pense-se nas ideias de Juízo Final, de ressurreição e de Paraíso.Ou nos revivalismos a que algumas deram lugar, como no caso das mundividências celta e escandinava, com a sua celebração da Natureza, visível na obra de Tolkien. Quem não conhece O Senhor dos Anéis?Na primeira parte, são apresentados seis politeísmos antigos: as religiões étnicas (com exemplos de Moçambique e do Brasil); as religiões da Mesopotâmia (em especial, da Suméria); a fabulosa religião do Antigo Egito; os casos dos Celtas e dos Nórdicos; e as religiões da Grécia e da Roma antigas, sementes da ideia de Europa. Há ainda um capítulo sobre o Zoroastrismo - o monoteísmo dual que foi a religião oficial da Pérsia durante doze séculos.Na segunda parte, uma mão experiente propõe-nos uma antevisão dos modelos religiosos do futuro: o teocrático; o da religião oficial nacional; o secular radical; e o multirreligioso. A terceira parte é dedicada ao Taoismo, a joia espiritual da China Antiga. O Tao Te Ching de Laozi é, depois da Bíblia, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Um seu continuador, Zhuangzi, também maravilhou muitos pensadores ocidentais, de Heraclito a Heidegger.Vale a pena a experiência desta leitura. Como escreveu Tolkien, «nem todos os que vagueiam estão perdidos». Fizemos, por isso, uma obra rigorosa e muito didática. Embarque connosco, porque - dizia Eduardo Lourenço - «mais importante do que o destino é a viagem»! -
Se Deus é Bom, Porque Sofremos?Reflexões intensas e provocadoras sobre o sofrimento e a bondade de Deus: um e outra contradizem-se? Que se entende por bom quando se fala de Deus? Como sofremos e porquê? Perguntas difíceis para respostas exigentes, numa obra que não faz concessões à facilidade. Segundo o autor, "o sofrimento toca a todos", podendo "revoltar alguns e desanimar outros". No entanto, "há sempre um senso comum de que, no fundo, pode não ser assim tão mau. Antes, até nos pode fazer crescer; e vale a pena tentar ajudar outros: pelo menos para que não lhes aconteça coisa pior". Cada leitor é convidado pelo P. Vasco Pinto de Magalhães, a "parar, agradecer a realidade e tentar relê-la com olhos Bons", pondo "por escrito o caminho que fez e vai fazendo: as luzes e as sombras, os sucessos e as crises. Estas, quando partilhadas, podem ajudar muito o próprio e os outros. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de saber viver e crescer com ele. Trata-se de pôr a render, comunicando, a maior riqueza que temos: a nossa realidade, (onde anda Deus!), sem esconder fragilidades". -
Papa Francisco JMJ Lisboa 2023 - Discursos e HomiliasNum mundo abalado por incertezas, escândalos e divisões, surge um convite à unidade, à compreensão mútua e à ação concreta. Independentemente das diferenças que nos separam, somos todos parte de uma única família humana, que partilha sonhos, aspirações e o desejo de um mundo melhor. Francisco apresentou um conjunto de propostas sobre temas que tocam as vidas dos jovens: fé, justiça social, cuidado com o meio ambiente, diálogo inter-religioso e a importância da solidariedade global. Cada página é um testemunho da capacidade de liderança espiritual do Papa, que transcende fronteiras e conecta gerações, inspirando-nos a olhar além das adversidades e a construir um mundo de amor, de compaixão, de tolerância. Uma mensagem de esperança para «todos, todos, todos»! -
Vem para Fora! - A Promessa do Maior Milagre de JesusNeste novo e fascinante livro, o padre James Martin, SJ, explora a história do maior milagre de Jesus – a ressurreição de Lázaro dos mortos. Ele faz uma fusão entre a exegese bíblica com reflexões diferenciadas sobre a história de Lázaro, representada na cultura mais ampla da arte, da literatura, do cinema. Sempre focado sobre o que Jesus quer dizer quando chama cada um de nós a «LEVANTAR-SE». De forma meditativa e cuidadosa, o autor conduz-nos, versículo a versículo, oferecendo reflexões profundas sobre as lições de Jesus sobre amor, família, amizade, tristeza, frustração, medo, raiva, liberdade e alegria. Assim, James Martin ajuda-nos a abandonarmos as crenças limitantes que nos impedem de experienciar a presença de Deus em nossas vidas. Precisamos apenas de nos abrir à história transformadora de Lázaro e confiar que Deus pode usá-la para nos libertar, e darmos início, como Lázaro, a uma nova vida. -
100 Minutos com o AlcorãoO Corão é tão precioso para os Muçulmanos, que muitos conseguem recitá-lo de cor do início ao fim. No entanto, para aqueles que estão fora do Islão, é um livro fechado. Baseado num modelo introduzido por Shah Wali Allah em meados do século XVIII, o presente livro tem por objectivo tornar a profunda orientação do Corão acessível a todos. Ficará certamente surpreendido por ler sobre inúmeras personagens históricas, que poderá também encontrar nos livros Cristãos e Judeus. Para os Muçulmanos, este pequeno livro poderá revelar novos aspectos sobre o Corão. Fácil de ler, torná-lo-á acessível mesmo para os não-Muçulmanos. -
Construindo uma Ponte - Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem Estabelecer uma Relação de Respeito, Compaixão e SensibilidadeEste livro constitui um modesto convite para que a Igreja Católica crie uma maior proximidade pastoral relativamente à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). Mais especificamente ainda, trata da aproximação entre a Igreja e os católicos LGBT ao mesmo tempo que analisa igualmente de que modo a comunidade LGBT poderá empreender um diálogo mais frutífero com a Igreja institucional. Trata-se de uma «ponte» de dois sentidos, embora o ónus do lançamento da primeira pedra para a construção dessa ponte recaia sobre a Igreja. O papa Francisco assumiu, de múltiplas maneiras, a liderança na construção de pontes: para começar, tornando-se o primeiro Papa a usar a palavra «gay» em público e, a propósito deles, aproveitando para perguntar, porventura na sua declaração mais famosa: «Quem sou eu para julgar?»