O que é a liberdade? Este ensaio propõe-se considerar um dos conceitos mais intrincados, contestáveis e complexos da história do pensamento humano. Tal consideração implica discutir os principais momentos dessa história. Desenvolvido sob a égide da permissão jurídico-política da escravatura na Antiguidade Clássica e na Idade Média, o conceito de liberdade foi pensado historicamente como responsabilidade, ócio e livre-arbítrio. Desde a época moderna, vigora a conceção da liberdade como não-interferência, embora essa noção tenha sido contestada ou complementada com outras conceções, como a autorrealização e a não-dominação.
Regina Queiroz é investigadora do IFILNOVA, Universidade NOVA de Lisboa, e docente na Universidade Lusófona. Tem feito investigação no domínio da ética e da filosofia política, nomeadamente sobre os conceitos de justiça social, racionalidade, o conceito rawlsiano de justiça como equidade e o conceito aristotélico de phronesis.
O que é a liberdade? Este ensaio propõe-se considerar um dos conceitos mais intrincados, contestáveis e complexos da história do pensamento humano. Tal consideração implica discutir os principais momentos dessa história. Desenvolvido sob a égide da permissão jurídico-política da escravatura na Antiguidade Clássica e na Idade Média, o conceito de liberdade foi pensado historicamente como responsabilidade, ócio elivre-arbítrio. Desde a época moderna, vigora a conceção da liberdade como não-interferência, embora essa noção tenha sido contestada ou complementada com outras conceções, como a autorrealização e a não-dominação. Além disso, alguns fenómenos contemporâneos, como a crescente importância da inteligência artificial, desafiam a própria ideia de liberdade enquanto princípio de ordenação das sociedades.
Esta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil.
«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»