O Manel quer ir à Estação de Santa Apolónia ver os comboios de que tanto gosta. A Sara e a avó fazem-lhe a vontade. Já na estação, o menino conhece um maquinista muito simpático, que lhe faz um convite especial. O Manel não cabe em si de contente!
Tânia Ribas de Oliveira nasceu a 18 de Junho de 1976, é apresentadora de televisão, tem muitos fãs e é a companhia das manhãs de muitos telespectadores; gosta de ler, de música e do convívio com os amigos, tem um filho a quem dedica o livro.
Todos nós, pais, avós e tios, somos apanhados desprevenidos por aquelas frases das
nossas crianças que nos fazem rir à gargalhada, que nos deixam de boca aberta e que, em
alguns casos, nos causam embaraço. Contudo, na maior parte das vezes, deixam-nos
emocionados pela ternura, pela inocência ou pela forma absolutamente surpreendente como as
crianças veem o mundo.Infelizmente, não anotamos a maior parte dessas «pérolas» dos nossos
filhos e o tempo passa e acabamos por nos esquecer delas.Neste livro, vai poder registar
todas essas frases e guardá-las como verdadeiros tesouros!
O Manel quer ir à Estação de Santa Apolónia ver os comboios de que tanto gosta. A Sara e a avó fazem-lhe a vontade. Já na estação, o menino conhece um maquinista muito simpático, que lhe faz um convite especial. O Manel não cabe em si de contente!
A história é sempre a mesma. A personagem principal é uma criança entre os cinco e os quinze anos, só e orgulhosa, só e inconformada com a sua solidão, sempre sozinha. (...) À sua volta, há outras crianças e alguns adultos com defeitos e feitios às vezes cómicos, às vezes tão tristes que dão vontade de rir. O tempo é curto e o espaço limitado (...). A criança faz as coisas banais de uma vida infantil e banal: não faz nada. No fim da história, nada parece ter mudado, mas arrastaram-se móveis pesados, limparam-se os cantos à história de sempre (...). É preciso abrir a janela, arejar esta casa.Ver por dentro:
O João subiu para a bicicleta, que rangeu aflitivamente. Às primeiras pedaladas, ela respondeu com estalidos, como os ossos de um velho que se levanta de uma cadeira, mas pouco depois já rolava pela estrada abaixo. Ele pedalou com mais força e atravessou o ar morno da manhã. Sentia não sabia o quê que o empurrava para diante. Cheirava-lhe não sabia a quê, sabia-lhe não sabia a quê. E esse "não sei quê" era a liberdade. Estava dentro dele e à volta dele, por todo o lado. Também ele era um rapaz numa bicicleta azul e também ele levava a flor da liberdade numa manhã de Abril. Com ela, podia ir até onde quisesse. Por isso, pedalou ainda com mais força e avançou a sorrir na direcção do Sol.Ver por dentro: