
Memórias de um Prisioneiro - Na Guerra Colonial (Guiné-Bissau/Guiné-Conacri, 1967-1970)
António Júlio Rosa
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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
- Categorias:
- Ano: 2022
- ISBN: 9789895661343
- Número de páginas: 172
- Capa: Brochada
Sinopse
O presente livro parte da experiência de um militar português, António Júlio Rosa, na altura alferes do Exército que, tendo sido feito prisioneiro a 3 de Fevereiro de 1968, remete o seu relato para um período entre Janeiro de 1967 e o fim de Dezembro de 1970, conforme palavras suas. Contudo, o período relevante terá sido entre o dia em que foi feito prisioneiro pelas milícias do PAIGC e o dia 22 de Novembro de 1970, em que foi libertado da prisão La Montaigne, como resultado de uma acção realizada por um grupo de assalto de fuzileiros especiais da Marinha portuguesa sob o comando do signatário.
É uma obra que, à maneira de um diário, segue o fio dos dias e contrapõe permanentemente a situação deixada e a encontrada naqueles dias de cativeiro. Não pretende ser, exclusivamente, uma composição literária consistindo acima de tudo na anotação de factos vividos entre o sofrimento profundo fundado na “angústia, tristeza, nervosismo, rancor, medo e a alegria por ter sobrevivido e cumprido, dignamente, a sua função de cidadão”, uma vez mais de acordo com palavras suas.
RAUL CUNHA E SILVA (CMG FZ Ref.)
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Não afirmo que, ao escrever este livro, esteja a recordar alguma faceta ambicionada da minha vida, já que foram quatro anos dum viver acabrunhado pelo desespero de não mais ser lembrado por quem me levara a uma guerra que nunca desejei. É um livro que escrevo a partir do que a memória guardou para dá-lo a conhecer aos meus contemporâneos e vindouros...
Os factos que vou apresentar reportam-se ao período compreendido entre Janeiro de 1967 e o final de Dezembro de 1970. São relatos baseados na memória, mas tentarei ser o mais preciso possível. Em “MEMÓRIAS DE UM PRISIONEIRO NA GUERRA COLONIAL” quero, sobretudo, transmitir à juventude o modo de pensar e sentir dum jovem de vinte anos, que após concluir o curso liceal se viu obrigado a cumprir o serviço militar, para poder encontrar um trabalho digno e uma vida futura minimamente estável.
Ao escrever, o meu estado de espírito foi passando pelas diferentes situações anteriormente vividas: angústia, tristeza, nervosismo, incerteza, rancor, medo e alegria por ter sobrevivido e cumprido, dignamente, a minha função de cidadão!...
O AUTOR
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