Memórias do Exílio
Durante quase meio século, milhares de portugueses foram forçados a sair do país por motivos políticos. De norte a sul, homens, mulheres, estudantes, professores, artistas, militantes, desertores ou refractários partiram em condições duras e tendo a incógnita como certeza. Saíram a salto, atravessando fronteiras a pé, de comboio ou em barcos improvisados. Não sabiam poderiam voltar, ficando três, cinco, dez ou mais anos em destinos tão diferentes como o Brasil, França, Suécia, União Soviética, ou Argélia, entre outros. O regime considerou-os traidores à pátria, colocou as suas fotografias nas fronteiras como se fossem criminosos. Mais de quatro décadas após o seu regresso, antigos exilados falam das suas experiências, revisitam os lugares que os abrigaram e recuperam vivências do seu contributo para a construção da Democracia, fazendo de Memórias do Exílio uma obra indispensável para entender a oposição e a luta à ditadura feitas desde o estrangeiro.
| Editora | Parsifal |
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| Categorias | |
| Editora | Parsifal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Aranha, Carlos Ademar |
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O BairroManuel Sousa, agente da PSP, é assassinado num bairro às portas de Lisboa. A Polícia Judiciária está a começar a investigação quando é surpreendida pela notícia da morte de mais dois agentes. Quase ao mesmo tempo, um traficante de droga é deixado sem vida no Serviço de Urgência de um hospital. O que têm em comum estes factos? O bairro. O país fala destes casos, os jornais e as televisões fazem eco das preocupações sociais, a hierarquia policial e a tutela política exigem respostas aos investigadores. O chefe Barata, a pouco tempo de se reformar, encara este caso como o seu derradeiro desafio. O Bairro, baseado numa história verídica, é o retrato intenso de um mundo onde o crime e a honestidade convivem diariamente, onde prolifera o sentimento de abandono a que foi votado quem ali cresceu, para onde foi viver quem não tinha alternativa e onde é real a coragem de suportar o estigma de um nome. Mais do que um romance, O Bairro é a metáfora de tantos vulcões existentes em redor das grandes cidades contemporâneas, cuja eventual erupção todos temos o dever de evitar. -
Vítor Alves: O homem, o militar, o políticoResultado de incontáveis entrevistas ao mais discreto dos Capitães de Abril, a familiares e antigos camaradas e de profunda e rigorosa investigação em inúmeros arquivos, este livro é não só a biografia de um incessante defensor dos valores humanistas, como constitui, sobretudo, o retrato de uma personalidade singular, cujo percurso se confunde com a História de Portugal das últimas décadas. -
Na Vertigem da TraiçãoUm militante em guerra com o partido e um crime que a PIDE não compreende num grande romance histórico. Baseado em factos reais. Militante comunista, Miguel Domingos era um operário vidreiro revoltado pela miséria que o rodeava. Após participar na revolta da Marinha Grande, fugiu para a União Soviética, onde estudou na Escola Leninista. No regresso, lutou em Espanha, foi preso e enviado para um campo de concentração. No final de 1944 regressou a Portugal e passou a integrar a direcção comunista, na qual se manteve até ser afastado, com problemas de saúde e a suspeita de ter denunciado as casas clandestinas mais importantes do partido, levando à prisão de alguns dos mais célebres dirigentes. Em 1951 o seu corpo seria encontrado morto. A quem interessava a sua morte? Suportada em documentos dos arquivos da Polícia Judiciária até agora inéditos, esta obra reconstrói a investigação feita pela PIDE, a sociedade da época e a luta travada clandestinamente contra um regime implacável. Com uma história que prende o leitor desde a primeira página, Na Vertigem da Traição é ainda o retrato das contradições do ser humano, com as suas fraquezas e virtudes, amores e desamores, frustrações e anseios, e a confirmação de Carlos Ademar como um mestre do romance histórico. -
O Homem da CarbonáriaRecriação de uma cidade de outros tempos, de tabernas e carvoarias, de gente elegante a passear pelo recém-aberto Parque Mayer ou de greves e sublevações, O Homem da Carbonária é uma obra extraordinária que retrata fielmente o ambiente conturbado da 1ª República. -
No Limite da DorQuarenta anos depois do «dia inicial, inteiro e limpo», antigos presos políticos falam da sua passagem pelas cadeias do Estado Novo. Num exercício muitas vezes doloroso, resgatam do fundo das suas memórias um passado violento que se traduz em testemunhos intensos, amargurados ou tranquilos, ressentidos ou indultados. Baseado no programa homónimo da Antena 1, No Limite da Dor é um tributo à coragem de todos os lutadores que passaram muitos dias e muitas noites sem dormir, humilhados e torturados, de seres humanos cujo corpo e alma foram reduzidos à sua expressão mais primária, vítimas da barbárie das polícias de Salazar e de Marcelo Caetano. Este livro é um testemunho vivo, mas é também uma homenagem a todos os homens e a todas as mulheres que, tendo descido aos infernos, não permitiram que lhes fosse roubada a crença num ideal de justiça e de liberdade, pelo qual lutaram heroicamente. Documento histórico singular, No Limite da Dor é uma obra fundamental para se conhecer melhor uma página negra do passado recente de Portugal. Para que a História não se repita. Nunca mais. -
O BairroManuel Sousa, agente da PSP, é assassinado num bairro às portas de Lisboa. A Polícia Judiciária está a começar a investigação quando é surpreendida pela notícia da morte de mais dois agentes. Quase ao mesmo tempo, um traficante de droga é deixado sem vida no Serviço de Urgência de um hospital. O que têm em comum estes factos? O bairro. O país fala destes casos, os jornais e as televisões fazem eco das preocupações sociais, a hierarquia policial e a tutela política exigem respostas aos investigadores. O chefe Barata, a pouco tempo de se reformar, encara este caso como o seu derradeiro desafio. O Bairro, baseado numa história verídica, é o retrato intenso de um mundo onde o crime e a honestidade convivem diariamente, onde prolifera o sentimento de abandono a que foi votado quem ali cresceu, para onde foi viver quem não tinha alternativa e onde é real a coragem de suportar o estigma de um nome. Mais do que um romance, O Bairro é a metáfora de tantos vulcões existentes em redor das grandes cidades contemporâneas, cuja eventual erupção todos temos o dever de evitar.Ver por dentro: -
Estranha Forma de Vida"Retenha a respiração e prepare-se para uma viagem alucinante ao sub mundo da criminalidade organizada em Portugal. Numa fria noite de Outubro o porteiro da discoteca Pomme Rouge é assassinado quando se dirige para o emprego. Os autores do crime são membros de um grupo violento que disputa a liderança da segurança dos espaços de diversão nocturna lisboeta. Agridem, roubam, sequestram, torturam, ganham poder e, principalmente, muito dinheiro. Quando o inspector Alves da Polícia Judiciária começa a investigar estava longe de imaginar que o caso envolvia alguns políticos que trocam a dignidade por muito pouco, que um traficante de armas enriquece vertiginosamente ou que um advogado deambula pelos bares homossexuais da cidade promovendo as «festas brancas» ou o «quarto escuro». Ao mesmo tempo, raparigas chegam da sua terra natal, percorrendo milhares de quilómetros para se despir num palco e vender o corpo, enquanto membros da máfia russa desaparecem misteriosamente. A cada momento as autoridades policiais estão prontas a deitar a mão a quem desafia a autoridade do Estado. Mas estará a Justiça preparada para este tipo de criminalidade violenta e organizada? Tem ela também, afinal, o seu ""outro lado""? Escrito com a autenticidade de quem conhece todos os cantos da marginalidade, Estranha Forma de Vida é, em definitivo, o livro que faltava sobre o sub mundo das noites portuguesas."Ver por dentro: -
O Homem da CarbonáriaLisboa, ano de 1926. Certa manhã, um ardina de O Século encontrou no Jardim da Estrela o corpo do chefe da segurança do Presidente do Conselho. Tal como o líder do Governo, também o seu guarda-costas era membro da sociedade secreta Carbonária Portuguesa. Afonso Pratas, o veterano chefe da Polícia de Investigação Criminal, tomou em mãos a resolução de um dos seus mais intrincados casos. O assunto era melindroso e as hipóteses demasiadas: Um banal assalto com consequências inesperadas? Uma questão passional envolvendo a bela mulher do chefe de gabinete? Ambições pessoais de camaradas de armas? Vinganças políticas perpetradas pelos integralistas? Uma complexa questão de Estado? O Homem da Carbonária é um fascinante retrato de uma Lisboa de outros tempos, com os seus eléctricos ronceiros, praças e avenidas plenas de gente elegante, vendedores de castanhas ou floristas no Rossio, mas também da cidades dos tumultos e das greves operárias, da maldita cocaína e do Parque Mayer. Um livro de leitura obrigatória que recupera o ambiente ímpar dos primeiros anos da República.Ver por dentro: -
Memórias de um Assassino Romântico"Uma missão solitária marcada pela protecção dos fracos e pela punição dos responsáveis pelo sofrimento humano. Após vários anos a trabalhar da Polícia Judiciária, Xavier decide, após receber uma herança, abandonar a carreira e tornar-se detective privado. A experiência na PJ revelou-lhe que a Justiça tem dois pesos e duas medidas e que na maior parte das vezes interesses obscuros impedem que os culpados sejam condenados. Um dia entra no seu escritório a mulher de um gerente bancário, humilhada pelo marido, que pede ajuda ao detective para conseguir um divórcio financeiramente vantajoso. O que inicialmente parecia uma história vulgar veio a revelar-se o princípio de uma missão solitária de justiçar os fracos e castigar os responsáveis pelo sofrimento humano. Mas se todas as missões têm um fim em nome de uma ""justiça natural"", quem se consegue salvar?" -
Estranha Forma de Vida"Retenha a respiração e prepare-se para uma viagem alucinante ao sub mundo da criminalidade organizada em Portugal. Numa fria noite de Outubro o porteiro da discoteca Pomme Rouge é assassinado quando se dirige para o emprego. Os autores do crime são membros de um grupo violento que disputa a liderança da segurança dos espaços de diversão nocturna lisboeta. Agridem, roubam, sequestram, torturam, ganham poder e, principalmente, muito dinheiro. Quando o inspector Alves da Polícia Judiciária começa a investigar estava longe de imaginar que o caso envolvia alguns políticos que trocam a dignidade por muito pouco, que um traficante de armas enriquece vertiginosamente ou que um advogado deambula pelos bares homossexuais da cidade promovendo as «festas brancas» ou o «quarto escuro». Ao mesmo tempo, raparigas chegam da sua terra natal, percorrendo milhares de quilómetros para se despir num palco e vender o corpo, enquanto membros da máfia russa desaparecem misteriosamente. A cada momento as autoridades policiais estão prontas a deitar a mão a quem desafia a autoridade do Estado. Mas estará a Justiça preparada para este tipo de criminalidade violenta e organizada? Tem ela também, afinal, o seu ""outro lado""? Escrito com a autenticidade de quem conhece todos os cantos da marginalidade, Estranha Forma de Vida é, em definitivo, o livro que faltava sobre o sub mundo das noites portuguesas."
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?