Memórias do Gato que Ri
Gato de pêlo cinzento e espírito anarquista, sempre muito sarcástico, grande apreciador de café, cigarrilhas, nêsperas e broas de mel, sem falar da sua paixão por traduzir poesia em espanhol e inglês, o bichano Zé Maria conta ao narrador deste livro, na leitaria Via Láctea, à Lapa, a sua vida – e a do seu dono (que aliás, se mantém sempre teimosamente anónimo) – desde que nasceram ambos em Moçambique, viveram em Lisboa e depois regressaram a Lourenço Marques. Este Zé Maria está sempre ao lado do seu dono, excepto quando este é internado num colégio lisboeta, acompanhando-o depois no exílio francês, primeiro na Alsácia e depois na Provença, tendo regressado ambos a Portugal após o 25 de Abril, fazendo neste livro a sua jovial autobiografia politicamente incorrecta, ao mesmo tempo que nos vai narrando as aventuras dos anos de universidade, de luta contra o salazarismo, das suas leituras e outras gandais: tudo somado dá o retrato irónico, quando não vitriólico, de toda uma geração que fez greve universitária de 1962 e, assistiu, mais tarde, a Maio 68 em França, assim como se desenha ainda o retrato de uma família ligada ao mundo colonial português, sobretudo nas suas incríveis, grotescas e divertidas figuras femininas – a tia Clementina, a prima Palmira… Recordações ficcionadas (ou ficção memorialística?), estas Memória do Gato que Ri evocam de maneira mais irreverente, cómica e, por vezes, melancólica, o trajecto de uma geração nascida no começo da II Guerra Mundial, mais os seus sonhos e delírios, as aventuras e as desventuras de todo um Portugal que, apesar de imaginário, se parece com todos nós, pois é feito com retratos autênticos de muitos de nós.
| Editora | Livros Horizonte |
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| Coleção | Intervenções |
| Categorias | |
| Editora | Livros Horizonte |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Medina |
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Judeus e NazisNeste livro reúnem-se três estudos, o primeiro sobre Benito Espinosa (1632-1677), o segundo sobre Eça de Queiroz (1845-1900) e a questão Dreyfus, ocorrida nos derradeiros anos da estadia do romancista em França, e ainda sobre os personagens judeus dos seus romances, assim como das suas crónicas acerca do primeiro-ministro inglês Benjamin Disraeli (1804-1881), filho de um judeu que se baptizara cristão (1817) e que foi primeiro-ministro ligado à edificação de um grande império colonial inglês no mundo, além de romancista de talento, falecido quando o autor d’Os Maias era cônsul na Grã-Bretanha. E o terceiro, o mais extenso, sobre o panfleto Mein Kampf (1925) de Adolf Hitler (1889-1945), obra que é examinada como bíblia do ideário nazi, racista e totalitário, ditado a Rudolf Hess quando este dirigente nascido na Áustria e depois naturalizado alemão, se encontrava preso na prisão de Landsberg, em 1924, após o falhado golpe de Estado da cervejaria bávara, em 8-9 de Novembro de 1923. À análise desta obra fundamental como sincero e assumido ideário e programa genocida, racista e totalitário posto em prática desde 1933 a 1945, acrescenta-se ainda nesta terceira parte um estudo iconológico sobre o significado de dois emblemas, aliás antagónicos, a suástica (ou cruz gamada), tornada símbolo do partido nazi, e incluída depois na bandeira do III Reich, e a estrela judaica de seis pontas ou hexalfa, também chamada escudo de David ou signo de Salomão (ou "sino simão" em português, estudado pelo etnólogo José Leite de Vasconcelos, em 1918). -
Memórias de um Estrangeirado - Seguidas de Dany le Rouge ou o meu Maio de 68 e o meu 25 de Abril“(…) Significativamente, quer Memórias, quer as duas referências que se lhe seguem – Dany le Rouge ou o meu Maio 68 e O meu 25 de Abril – estão enredadas em instituições escolares, portuguesas e estrangeiras, em cujo circuito se processa uma boa parte da vida de João Medina e de sua Família. Este professor universitário que, na qualidade de aluno e de docente, pisou o solo de múltiplas escolas, lembra essa experiência, não como um privilegiado espaço de desenvolvimento cultural, mas, quase sempre de cáustico ânimo, como instituição onde a cultura, se algum dia aí penetrou, acabou por se estiolar, perpetuando-se camufladamente em solenes títulos e em reputadas individualidades. O testemunho de João Medina, sobre a instituição escolar, designadamente a de nível superior, alerta, quase sempre de forma indirecta, não só para articulação da crise da escola com a da cultura como também para prioridade desta sobre aquela, sendo por isso legítimo concluir que a reclamada reforma da escola, sentida nos nossos dias, carecerá de consistência, se não for preparada por uma profunda reflexão sobre a cultura, que não existe no interior da escola, uma vez que a esta se tem pedido a transmissão de um dessorado saber, não uma acção cultural vivificante. É tempo de os reformadores das nossas escolas, os quais aliás abundam, produzidos pelas frequentes alternâncias políticas, olharem para os diagnósticos de muitos dos nossos escritores, particularmente dos que apelam à dinâmica cultural.” [do Prefácio de Joaquim Cerqueira Gonçalves, OFM] -
O "Presidente-Rei" Sidónio PaisEsta obra sobre o “Presidente-Rei”, como lhe chamaria Fernando Pessoa, associa a investigação completa e rigorosa à escrita fluente que se torna um prazer de leitura. Aqui é apresentada a análise da acção política de Sidónio Pais, que teve indubitável apoio nacional durante a sua vigência que decorreu até que foi morto a tiro à entrada da estação do Rossio por um Republicano exaltado. São aqui também alvo de estudo as intenções e o consulado de Sidónio Pais, bem como a sua pertença à Maçonaria portuguesa. Uma obra de invulgar qualidade literária e científica que faz uma análise cabal também dos paradoxos do percurso político deste chefe de Estado. O autor, João Medina, é Professor catedrático de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; nasceu em Moçambique em 1939; licenciou-se em Filosofia na Universidade de Lisboa; doutorou-se em em Sociologia na Universidade de Estrasburgo, tendo ensinado na Universidade de Aix-en-Provence (França). Em Portugal foi Director-Geral no Ministério da Comunicação Social (1975-1977); desde 1988 é professor catedrático de História na faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ensinou ainda nas universidades de Colónia (Alemanha), Pisa (Itália), São Paulo (Brasil) e nos Estados Unidos. Tendo realizado um vasto percurso como conferencista, colaborador e cronista em vários países em todo o mundo. -
Dois Exilados AlemãesO século XX foi um dos mais bárbaros, homicidas e catastróficos da história da humanidade, uma centúria de exílios e exilados, de apátridas individuais e colectivos, de grupos nacionais, políticos, religiosos ou étnicos perseguidos, expulsos, violentamente forçados à imigração ou encerrados em campos de concentração – pensemos nos judeus, arménios, chechenos, tártaros, ciganos, palestinianos, irlandeses, além de minorias religiosas, políticas ou culturais, sem esquecer, por fim, categorias demonizadas como os homossexuais ou algumas confissões, partidos políticos e seitas religiosas, ou seja, fracções humanas que, por este ou aquele crime “ideológico” ou “rácico” eram desligadas à força das comunidades nacionais a que pertenciam e lançados de modo arbitrário e coercivo nos caminhos da expatriação ou em cárceres. -
Ulisses - O EuropeuULISSES, a quem é dedicada esta obra de louvor, simplificação e actualização, não será guerreiro nem violento, antes continuará as qualidades do “homem fértil em recursos”, cantado por Homero. Nele encontramos ainda as qualidades comuns a Franceses, Ingleses, Espanhóis, Dinamarqueses, Portugueses, Alemães, etc., ou seja, o que de melhor existe no ethos europeu, na cultura europeia, na psyche europeia também: um homem do espírito, da inteligência, da convivência democrática. Actualizar Ulisses, vesti-lo à nossa maneira hodierna, diante dos desafios que o esperam nesta marcha para a construção da Europa de Maastricht é fazer dele um herói democrata, alguém que demanda uma Ítaca de democracia e prosperidade. Cada época o sonhou à sua maneira, e a nossa, cansada de espadeiradas, de tanto sangue vertido e tanto fumo acre saído das chaminés de Auschwitz, farta de dogmas e de absolutos, prefere um herói que brilhe pela palavra e pela argúcia, pela eloquência e pela ousadia calma. Um homem que, em plena guerra de Tróia, um companheiro de armas definia como aquele que sabia pensar superiormente. -
Reler Eça de QueirozEsta obra é constituída por cinco ensaios que estudam, numa perspectiva diferente e inovadora, a obra do grande escritor, desde a "campanha alegre" das Farpas (1871-72) até Os Maias (1888). A abrir, um estudo sobre o "riso que peleja" do alistado escritor e crítico que é o Eça moço, com os seus 25/26 anos. A partir dos textos primitivos das Farpas de Eça, procura-se mostrar, como nunca se tinha feito até agora, o que é que estes textos combativos trazem de novidade como agudíssima crítica de ideias e implacável crítica social para com o país que, mais tarde em romances, Queiroz continuaria a satirizar, de modo a entender-se que é nas páginas das Farpas que realmente começa o romancista. Três destes romances são em seguida examinados: O Primo Basílio (1878), A Relíquia (1887) e Os Maias. Dois ensaios perspectivam o primeiro a partir do confronto dramático e, por fim, fatal, de duas mulheres, a jovem e bela Luísa, burguesa fútil e ociosa, e a feia e azeda criada Juliana. Segue-se um estudo sobre A Relíquia, sátira ao farisaísmo católico lusitano, obra divertida mas cruel que teve um acolhimento furibundo por parte do "establishment" português, impiedosamente retratado. O livro conclui com a comparação entre duas obras fundamentais das literaturas ibéricas, Os Maias e Fortunata y Jacinta de Perz Galdós, duas grandes máquinas romanescas com uma profunda articulação com a História de Portugal e de Espanha, obras publicadas quase ao mesmo tempo, e em muitos aspectos com propósitos críticos semelhantes, embora em quase tudo distintas. Este cotejo ajuda-nos a compreender melhor o significado profundo da nossa obra prima do romance que é Os Maias. Depois de Eça de Queiroz e o Seu Tempo (1972), de Eça Político (19749 e de Eça de Queiroz e a Geração de 70 (1980), João Medina apresenta-nos aqui uma densa e inovadora análise do nosso maior romancista do século XIX, obra que decerto renova os estudos queirozianos em Portugal. -
O Meu Diário Íntimo – 2019-2020A própria Via Láctea onde nos situamos solitários e sem conhecer outras quaisquer civilizações galácticas possíveis e mesmo muito prováveis, para nos mantermos numa escala pequena, deve albergar num do seus recantos outros seres racionais que nos poderiam encontrar e connosco comparar os seus códigos, realizações próprias e diferentes das nossas, as suas bibliotecas, saberes e artes de algum modo semelhantes ou equivalentes aos nossos, mesmo que esses extra-terrestres assumissem uma forma física diferente da nossa (...), fica-se com a angústia de não entendermos porque razão demora tantos séculos o nosso quase certo encontro com esses nossos prováveis vizinhos cósmicos, reduzidos que estamos às nossas efémeras existências singulares de homens terrestres e mortais que nunca tiveram o ensejo de se cruzar com esses outros seres inteligentes também perdidos num qualquer recanto do cosmos, próximo ou mesmo inimaginável pelos nossos tímidos astronautas.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet