Memórias de um Estrangeirado - Seguidas de Dany le Rouge ou o meu Maio de 68 e o meu 25 de Abril

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“(…) Significativamente, quer Memórias, quer as duas referências que se lhe seguem – Dany le Rouge ou o meu Maio 68 e O meu 25 de Abril – estão enredadas em instituições escolares, portuguesas e estrangeiras, em cujo circuito se processa uma boa parte da vida de João Medina e de sua Família. Este professor universitário que, na qualidade de aluno e de docente, pisou o solo de múltiplas escolas, lembra essa experiência, não como um privilegiado espaço de desenvolvimento cultural, mas, quase sempre de cáustico ânimo, como instituição onde a cultura, se algum dia aí penetrou, acabou por se estiolar, perpetuando-se camufladamente em solenes títulos e em reputadas individualidades. O testemunho de João Medina, sobre a instituição escolar, designadamente a de nível superior, alerta, quase sempre de forma indirecta, não só para articulação da crise da escola com a da cultura como também para prioridade desta sobre aquela, sendo por isso legítimo concluir que a reclamada reforma da escola, sentida nos nossos dias, carecerá de consistência, se não for preparada por uma profunda reflexão sobre a cultura, que não existe no interior da escola, uma vez que a esta se tem pedido a transmissão de um dessorado saber, não uma acção cultural vivificante. É tempo de os reformadores das nossas escolas, os quais aliás abundam, produzidos pelas frequentes alternâncias políticas, olharem para os diagnósticos de muitos dos nossos escritores, particularmente dos que apelam à dinâmica cultural.”

[do Prefácio de Joaquim Cerqueira Gonçalves, OFM]

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Autores João Medina
João Medina
JOÃO MEDINA, professor catedrático jubilado de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), em Moçambique (1939), licenciou-se em Filosofia na Universidade de Lisboa (1966) e doutorou- se em Sociologia na Universidade de Estrasburgo (1970), tendo ensinado, de 1970 a 1974, na Universidade da Provença (Aix-en-Provence, França). Após o 25 de Abril de 1974, regressou ao seu país, ingressou na universidade e foi Director-Geral no Ministério da Comunicação Social (1975-1977), regressando depois ao ensino universitário na Faculdade de Letras de Lisboa, jubilando-se em 2008. Ensinou ainda nas Universidades de Colónia (Alemanha), Pisa (Itália), USP (São Paulo, Brasil), Johns Hopkins University e, por duas vezes (1993 e 1997), na Brown University (Estados Unidos). Fez conferências nos Estados Unidos da América do Norte, Espanha, Brasil (Universidades de Brasília, USP, Unicamp, Araraquara, Assis, etc.), Alemanha (Bona, Rostock, Francoforte e Colónia), Itália, França, Moçambique (Universidade Eduardo Mondlane), Israel, etc. Foi director da Revista da Faculdade de Letras de Lisboa (1993-1997) e, de 2002 a 2009, da revista Clio. Dirigiu, o Centro de História da Universidade de Lisboa (2002 a 2005). Foi agraciado com o grão-oficialato da comenda do Infante D. Henrique (2011). Colaborou em diversos jornais e revistas antes do 25 de Abril (Diário de Lisboa, Seara Nova, Vértice, Diário Ilustrado) e depois dessa data (Diário de Lisboa, Diário Popular, Diário de Notícias, Revista de Occidente, Europe, etc) Foi Director-Geral da Divulgação, no Palácio Foz (Ministério da Comunicação Social), de 1975 a 1977, tendo criado as edições Terra Livre, obras distribuídas gratuitamente, tratando de temas de História, Cultura e Documentação Portuguesa. É autor de uma extensa obra distribuída pela historiografia, pelo ensaio literário e pelo romance. Dirigiu uma História de Portugal (15 vols., 1994; reed. 1998 e 2002), tendo publicado ainda, A Ilha está cheia de Vozes (romance, Lisboa, 1971, reed. em 1978), Salazar e os Fascistas (1979), Eça e a Geração de 70 (Lisboa, 1980), As Conferências do Casino e o Socialismo em Portugal (1984), Oh! a República! ... (Lisboa, 1990), Morte e Transfiguração de Sidónio Pais (1994), Salazar, Hitler e Franco (Lisboa, 2000), Reler Eça (Lisboa, 2002), Ulisses o Europeu (Lisboa, 2000), Memórias do Gato que ri (romance, Lisboa, 2002), Dois Exilados alemães (Lisboa, 2003), Zé Povinho sem Utopia (Cascais, 2004), Ortega y Gasset no Exílio português (Lisboa, 2004), Auschwitz e Moscovo (Lisboa, 2006), Portuguesismo(s) (Lisboa, 2006), Náufragos do Mar da Palha (romance, 2006), O “Presidente-Rei” Sidónio Pais (Lisboa, 2007), Caricatura em Portugal (Lisboa, 2008), Os meus Vícios (V. N.a de Famalicão, 2011), À minha América (Guimarães, 2012), Saudades da Provença (2013), Memórias de um Estrangeirado (Lisboa, 201 8), etc..
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