Mercados da Arte
Desde o início do novo milénio que o volume de negócios dos mercados da arte quase triplicou, movimentando anualmente cerca de 70 mil milhões de dólares em todo o mundo. Este crescimento, porém, tem-se baseado mais no aumento do preço de um número limitado de obras de arte, produzidas por um número ainda mais limitado de artistas, do que no alargamento da quantidade de obras transacionadas, evidenciando que os mercados da arte estão cada vez mais polarizados, e desproporcionais, entre o topo e a base. São questões como esta que se analisam neste livro, estudando os mercados da arte nos seus aspetos teóricos e práticos, explicando fenómenos como a concentração em artistas blue chips ou a relação entre os cânones artísticos e a arte do presente.
Este livro interessa a quem pretender conhecer a estrutura, a dinâmica e as principais tendências dos mercados da arte globais da atualidade, bem como a sua história. Destacando a relevância da dimensão económica do fenómeno artístico, os autores analisam o modo como questões de ordem material interagem com a dimensão estritamente cultural e artística das obras de arte. Os autores consideram, e assumem, que os aspetos económicos presentes nos processos de produção, promoção e comercialização das artes plásticas constituem uma variável tão relevante quanto outras para se compreenderem as condições que envolvem a criação artística, a sua validação e o seu consumo.
Esta obra destina-se a estudantes de história da arte, de belas artes e de outros cursos ligados às indústrias criativas. Mas é também um livro com muito interesse para todos aqueles que trabalham nos mercados da arte, para os colecionadores e para todas as pessoas que queiram aprender como funcionam os mercados da arte.
| Editora | Edições Sílabo |
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| Editora | Edições Sílabo |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Alexandra Fernandes, Luís Urbano Afonso |
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Tipologia da Aprendizagem OrganizacionalPrimeiro livro de uma colecção temática inaugurada pela "Livros Horizonte", Tipologia da Aprendizagem Organizacional é uma obra inovadora fundamental para todos os que querem melhorar as suas competências como gestores. O livro responde de forma magistral à questão de como facilitar a aprendizagem dentro das organizações, tornando-as mais competitivas no mercado global. É a primeira vez que em Portugal é abordado este tema, considerado hoje já indispensável nos países anglo-saxónicos. Entre outros aspectos, o livro faz a análise da evolução das empresas à luz das concepções de aprendizagem, apresenta uma sinopse da mais recente investigação da aprendizagem organizacional a actualidade; e centra-se na realidade portuguesa (serviços públicos, indústria, consultoria), complementando este aspecto com entrevistas a gestores de topo. A autora, Alexandra Fernandes, termina o livro com sínteses de informação, reflexões e conclusões de grande valor para a formação de gestão de organizações de todas as áreas. -
Convento de S. Francisco de LeiriaEm 1993 descobria-se, no interior da Igreja de S. Francisco de Leiria, um conjunto de pintura mural cuja importância não deixou margem, desde logo, para quaisquer dúvidas. O estudo pormenorizado e o mais aprofundado possível destas pinturas murais revelava-se, pois, tarefa urgente e imprescindível. Na verdade, era por demais evidente que a importância do achado da igreja leiriense de S. Francisco transcendia o episódio da descoberta, para se tornar num fenómeno cuja compreensão permitiria eventualmente reequacionar toda uma problemática histórica de vasto alcance e assim também entender melhor, quer a pintura do final da Idade Média quer esquemas mentais e vivências sociais desta época. Apesar de raros, há ainda momentos únicos na história das coisas e na vida das pessoas. Tal sucedeu com a descoberta de um conjunto pictórico com as dimensões e a importância do da Igreja de S. Francisco de Leiria, que permitiu a Luís Afonso, no início da sua carreira de investigador, dispor de um objecto de estudo absolutamente original, tarefa que conduziu com saber e rigor, apresentando-nos um trabalho de grande valia no panorama da historiografia artística em Portugal. José Custódio Vieira da Silva
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

