"(…) Os bichos, um a um, foram tombando. Tão acossados e tão necessitados de sobreviver, tombavam afinal ao fogo dos caçadores, que coleccionavam as pérolas como dinheiro caro, punham-nas em guarda-jóias, vendiam ou trocavam por casas melhores. Lentamente, os bichos rareavam mais e mais e os caçadores buscavam-nos nas miudezas da lonjura, nas miudezas da paisagem, caçando-os avidamente, alarves sempre de mais pérolas. Alarves e tornando-se mais impacientes, confusos. Era uma avidez aflita. (…) Valter Hugo Mãe In “Monstro”
(…) Muito longe, no séc.V, Santo Agostinho organizou em 22 volumes a Cidade de Deus. Roma tinha sido invadida pelos Visigodos; os impérios e os deuses tremiam; a cidade terrena, violenta, desfazia-se na violência e no caos. Para sair desse pesadelo, haveria então outro povo, outros humanos que pela fé cristã e pela busca da paz, se reuniriam na Cidade de Deus, a cidade mística que perduraria eternamente depois do fim dos tempos. Agostinho Santos não é Santo Agostinho. A arte é um modo de dar a ver; não a representação do mundo mas, antes, a interrogação, um exercício de criação nunca consumado, mobilizando tudo o que é do ofício habitual do artista e, sobretudo, absolutamente tudo que possa ser relido, metamorfoseado, transformado para entrar no grande mundo das artes e das suas expressões, modos de fazer e distribuir para que outros vejam, sintam. (…) Álvaro Domingues In “Monstro”"
Agostinho Santos nasceu em Vila Nova de Gaia (1960). Jornalista, pintor e curador independente. Diretor da Bienal Internacional de Arte Gaia e presidente do Conselho de Administração de Artistas de Gaia - Cooperativa Cultural. Mentor do projeto Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos. Doutor em Museologia pela Faculdade de Letras e Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Membro colaborador do grupo de investigação “Práxis e Poiesis da prática à teoria artística” do ID+Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura da Universidade de Aveiro. Realizou mais de 100 exposições individuais e participou em mais de 500 mostras coletivas no país e no estrangeiro. Representado em inúmeras coleções particulares e oficiais. Autor de vários livros de jornalismo, poesia e pintura.
Com uma linguagem acessível aos mais novos, Agostinho Santos relata a vida e a obra do arquitecto e pintor Nadir Afonso, sendo o biografado o autor das ilustrações.
Mais do que um livro para crianças, esta é uma obra para coleccionadores e apaixonados pelas artes.
Este livro é reflexo de uma conversa entre Nadir Afonso e Agostinho Santos, mantida ao longo de dias, dos tempos, subindo ou percorrendo ora uma escada ora uma avenida no conhecimento do perfil e da obra de Nadir Afonso, para quem "a arte é a chama que lhe dá sentido à vida, é o ar que respira".Aqui se reúne a obra de Nadir Afonso, acompanhada de textos de Júlio Resende [O rigor a a clareza de uma aventura], Laura Esteves Afonso [A Arte para Nadir é a chama que lhe dá sentido à vida] e Maria José Magalhães [Entre a liberdade e a disciplina através do rigor criativo], entre outros.
“A Frida Kahlo é o patinho feio por excelência, a figura de puro desajuste que mais não fez do que ansiar pela beleza, criar beleza, enfeitar o possível em cima de sua auto-estima complexa e vontade de amor infinito. Somos todos Frida Kahlo, essa mulher que aprendeu a encontrar caminho na sua identidade única, porque todos nos sabemos esdrúxulos, bastante inexplicáveis, quase sempre incapazes de confissão. […] Não podia ser que mestre Agostinho voltasse do México sem amar Frida Kahlo. […] Estes cadernos aqui coligidos são apontamentos de paixão. Retratos de todos nós, enfeitados para a alegria, mesmo que cientes do perigo, do medo, da demora dos amores e da paz. Belíssimos cadernos sobre todos nós.”
Valter Hugo Mãe, in Frida Kahlo em Portugal
“A Frida Kahlo é o patinho feio por excelência, a figura de puro desajuste que mais não fez do que ansiar pela beleza, criar beleza, enfeitar o possível em cima de sua auto-estima complexa e vontade de amor infinito. Somos todos Frida Kahlo, essa mulher que aprendeu a encontrar caminho na sua identidade única, porque todos nos sabemos esdrúxulos, bastante inexplicáveis, quase sempre incapazes de confissão. […] Não podia ser que mestre Agostinho voltasse do México sem amar Frida Kahlo. […] Estes cadernos aqui coligidos são apontamentos de paixão. Retratos de todos nós, enfeitados para a alegria, mesmo que cientes do perigo, do medo, da demora dos amores e da paz. Belíssimos cadernos sobre todos nós.”
Valter Hugo Mãe, in Frida Kahlo em Portugal
This important addition to our understanding of art history’s masterworks puts some of the world's most famous paintings under a magnifying glass to uncover their most small and subtle elements and all they reveal about a bygone time, place, and culture.
Guiding our eye to the minutiae of subject and symbolism, authors Rose-Marie and Rainer Hagen allow even the most familiar of pictures to come alive anew through their intricacies and intrigues. Is the bride pregnant? Why does the man wear a beret? How does the shadow of war hang over a scene of dancing? Along the way, we travel from Ancient Egypt through to modern Europe, from the Renaissance to the Roaring Twenties. We meet Greek heroes and poor German poets and roam from cathedrals to cabaret bars, from the Garden of Eden to a Garden Bench in rural France.
As we pick apart each painting and then reassemble it like a giant jigsaw puzzle, these celebrated canvases captivate not only in their sheer wealth of details but also in the witness they bear to the fashions and trends, people and politics, loves and lifestyles of their time.