Morrer é Não Ter Nada nas Mãos
Morrer É não Ter nada nas Mãos é o terceiro livro de poesia de Nuno Costa Santos e traz em epígrafe versos tirados dos Poemas Quotidianos, de António Reis, que significam todo um programa: “Eu não voo/ando/ quero que me oiçam”. E o que se ouve é uma poesia que a um céu majestoso prefere o caminho dos dias e das pedras. Se morrer é não ter nada nas mãos, viver é ter uma caneta para escrever. Sobre o desordenamento urbano e a vontade da ilha. Sobre a ironia, a beleza, os deuses, o striptease, as carraspanas de juventude e uma guerra colonial tóxica e igualmente mortal. Sobre as mãos, os amigos, a mesa e a poesia, essa questão que a linguagem tem com a vida. Cada poema pede uma forma própria, como se cada assunto e cada tópico exigissem um modo próprio de se desenrolar.
| Editora | Companhia das Ilhas |
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| Coleção | azulcobalto |
| Categorias | |
| Editora | Companhia das Ilhas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Nuno Costa Santos |
Nuno Costa Santos é escritor e argumentista. Tem trabalhado em vários géneros. Autor de livros como "Céu Nublado com Boas Abertas" (romance), “Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco” (biografia), "A Mais Absurda das Religiões" (crónica) e de peças de teatro como “Mundo Distante”, “I Don´t Belong Here” e “Em Mudanças”.
No audiovisual, fez parte da equipa de programas como “Zapping”, “Os Contemporâneos”, "Mal-Amanhados - Os Novos Corsários das Ilhas".
A personagem melancómico, que criou e protagoniza, teve diversas consagrações – do livro à rádio.
Assina colaborações em diferentes jornais e revistas e integra o painel do programa Novo Normal.
É dos fundadores da produtora Alga Viva, com sede nos Açores, dirige a revista literária Grotta e o Encontro Arquipélago de Escritores.
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Trabalhos e Paixões de Fernando Assis PachecoJornalista e escritor, Fernando Assis Pacheco (1937-1995) marcou, pelas suas invulgares qualidades intelectuais e de personalidade, toda uma geração. As reportagens e crónicas que escreveu para o Diário de Lisboa, o República, O Jornal e a Visão, entre outros, quebraram os cânones e abriram caminho a novas formas, mais literárias, de fazer jornalismo. A sua figura tornou-se extremamente popular após a participação no concurso televisivo Cornélia. Foi um homem de esquerda e opositor declarado da ditadura, publicando os primeiros poemas contra a guerra colonial. Esta é a sua primeira biografia. -
A Mais Absurda das Religiões"A Mais Absurda das Religiões" reúne um conjunto de crónicas, entre originais e textos publicados em jornais, revistas e blogues (Sábado, Observador, Ler, A Capital, Atlântico, etc.) do escritor e argumentista Nuno Costa Santos. Usando de um apurado poder de observação relativamente ao que o rodeia, e dominando a frase curta, certeira, o autor parte quase sempre dos pormenores do quotidiano, de um acontecimento, uma expressão, para iluminar através do seu foco as pessoas comuns, as manias, os sentimentos, as contradições. As dos outros e as suas. As nossas.Fala-nos do que é isto de ser português, mas também da condição da paternidade, da insularidade, dos Açores, dos que o marcaram e marcam. Do que acontece na pastelaria, no bairro, das redes sociais, da amizade, da solidão, de música, de escritores, de expressões do arco-da-velha, do drama maior de comprar um par de sapatos um número acima. Da condição de cronista. E quase sempre, em quase tudo, de uma certa poesia. -
Grotta - Arquipélago de EscritoresNa sua quarta edição, o principal destaque vai para a entrevista a Vamberto Freitas, o mais atento e generoso crítico literário do chão açoriano. Além disso, são publicados um texto de Victor Rui Dores sobre J.H. Santos Barros, um ensaio pessoal de Almeida Maia sobre a sua passagem pela Irlanda, o discurso que Joel Neto fez quando recebeu o Grande Prémio da Literatura Biográfica da APE, um elogio ao Festival Literário Pedras Negras feito por Carolina Cordeiro, um ensaio, da autoria do professor e investigador Edgardo Medeiros da Silva, escrito a partir das notas sobre a passagem pelos Açores, no século XIX, do americano William Hickling Prescott. Mais: ficções várias, de autores de diferentes proveniências mas com a mesma verve na escrita.Na poesia é de salientar a lírica cósmica do mariense Armando Emmanuel e a tradução para português de poemas de Lucebert, um dos grandes poetas holandeses do século XX. A Grotta 4 agora dialoga com a Holanda. Desta vez, o ensaio fotográfico é assinado por Sara Leal e é um poema visual construído a partir de uma incursão pelas entranhas da ilha. -
Como um Marinheiro Eu PartireiUma narrativa profundamente humana que revisita a carreira e a vida do famoso cantor belga Jacques Brel e a sua passagem crepuscular pelos Açores.«UM HOMEM FUMA UM CIGARRO À PROA DE UM IATE, CONCENTRADO NO SOM DO MAR.»Este homem é Jacques Brel, compositor e intérprete de canções de um lirismo e elaboração extraordinários, explosivas, contagiantes, que arrebatam audiências. De espírito rebelde e inconformado, no auge da sua popularidade, Brel toma a decisão intempestiva de abandonar para sempre os palcos.Romance, biografia, reportagem, reflexão sobre os nossos medos mais secretos, em Como um Marinheiro Eu Partirei, Nuno Costa Santos compõe com a força da Literatura uma indagação sobre a identidade pessoal.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira