Nós Somos o Aqui e o Agora
Passadas três décadas sobre a publicação de O Mundo de Sofia, o livro que inspirou milhões de leitores de várias gerações, Jostein Gaarder partilha connosco uma verdadeira e pura filosofia de vida: nós somos o aqui e o agora.
Desde criança, o autor de O Mundo de Sofia fez muitas perguntas a si próprio. Ao não encontrar resposta para elas, recorria às pessoas à sua volta, mas o resultado era o mesmo. Foi a partir das interrogações que o inquietavam - Que mundo é este? Quão estranho é estarmos aqui? - que aprendeu, escreveu para milhares de pessoas e, agora, a elas regressa, já com uma longa experiência de vida e as respostas que tanto procurou sobre a existência humana.
Este livro é uma verdadeira carta de ensinamentos sobre a nossa individualidade e o sentido de coletivo; sobre a nossa relação com a natureza, o passado e as gerações futuras. Com o estilo simples e tão particular que cativou tantos leitores em todo o mundo, Jostein Gaarder diz-nos, afinal, que milagre é a vida, privilégio maior que cada um de nós tem de proteger para que se materialize a frase que tudo resume: Nós Somos o Aqui e o Agora.
| Editora | Presença |
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| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jostein Gaarder |
Jostein Gaarder nasceu em 1952, em Oslo. Foi professor de Filosofia e História das Ideias em Bergen, Noruega, mas acabou por se dedicar à sua carreira literária. Graças ao seu romance sobre a História da Filosofia, O Mundo de Sofia, traduzido em mais de 60 línguas, cimentou a sua reputação junto da crítica e do grande público.
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O Mistério do Jogo das PaciênciasUm livro que fascina de muitas maneiras, em especial pela forma como o autor constrói uma engenhosa representação do mundo a partir de um jogo de cartas. Este livro foi galardoado com dois prémios literários na Noruega. Foi também o livro que, um ano mais tarde, o levaria a escrever o bestseller mundial «O Mundo de Sofia». Tudo se passa em torno de um rapazinho de doze anos que, com seu pai, viaja em busca do Ás de Copas, perdão, da mãe, que partira oito anos antes para a Grécia à procura de si mesma. Pelo caminho, pai e filho são desviados por um misterioso anão para uma aldeia perdida nos Alpes, onde um não menos misterioso padeiro entrega ao rapaz um livro minúsculo escondido dentro de um pão. A viagem real prossegue, em pararelo com o mundo de fantasia, e sucessivas coincidências criam aproximações que vão conferindo um significado inesperado ao desenrolar dos acontecimentos. -
O Livro das Religiões«O que é a religião? É uma cerimónia de baptismo numa pequena igreja norueguesa. É o culto num templo budista. São os judeus com os seus rolos de pergaminho da Tora em frente ao Muro das Lamentações. São os peregrinos, que numa prova de fé, viajam até Meca.» Como nasceram as religiões e como se desenvolveram as suas diferentes manifestações presentes, hoje, em todo o mundo? Porque é que se torna elementar conhecê-las? E será que, nos dias que correm, há sentido em praticá-las? Desde sempre a religião desempenhou um papel fundamental e determinante na vida social e política em qualquer parte do mundo. Este livro descreve crenças, rituais e organizações das religiões vivas reagrupadas por centros de origem: Índia (Hinduísmo e Budismo), Extremo Oriente (Confucionismo, Taoísmo, Shintoismo) e Médio Oriente (Judaísmo, Islamismo e e Cristianismo). Através de uma linguagem objectiva as religiões são todas colocadas no mesmo plano e tratadas com igual e absoluto respeito, e delas filtradas e analisadas as filosofias de vida que pretendem responder muitas vezes às grandes questões existenciais. Jostein Gaarder e os seus colaboradores quiseram, com este livro, tornar perceptível que todas as religiões encontram as suas raízes numa condição humana comum e tornar o leitor consciente de uma ética inerente à própria vida, seja do indivíduo ou de uma colectividade, quer faça ou não parte de um grupo religioso. A este propósito, o presente livro inclui também filosofias de vida sem qualquer base religiosa, como o Humanismo, o Marxismo, o Materialismo e até uma incursão pelo movimento de cultura alternativa New Age. As intenções pedagógicas que inspiraram Gaarder a escrever este livro são evidentes. Embora seja contido e moderado no tom explicativo, é eficaz no estilo, tendo, sem dúvida, prestado um papel fundamental a experiência do próprio autor como escritor de ficção e professor de História das Ideias e Religiões Antigas no liceu, assim como a dos seus colaboradores, um dos quais, Henry Notaker, que teve o cargo de Presidente do Liceu que Gaarder frequentou enquanto aluno. Nesta abordagem espacio-temporal ao mundo das religiões, Jostein Gaarder, autor do bestseller «O Mundo de Sofia», demonstra, uma vez mais, um domínio extraordinário da temática em causa, em nada inferior à sua incomparável habilidade de divulgação, à qual um grande número de jovens e adultos, crentes ou agnósticos, prende a sua atenção neste início de um novo milénio. -
O Castelo dos PirenéusDepois de trinta anos sem se verem, Solrun e Steinn reencontram-se, inesperadamente, no mesmo hotel onde viveram um amor apaixonado. Mas esse mesmo hotel, que em tempos testemunhara a força do seu amor, esconde também o mistério que envolveu o seu fim. Regressados às suas vidas presentes, os dois iniciam uma intensa e secreta troca de emails que volta a incendiar a antiga paixão, fazendo-os questionar os seus casamentos. Um romance fascinante nos leva a reflectir sobre a natureza da fé, do acaso, do universo e de tudo o que nele existe. -
A Terra de AnaO que farias se recebesses uma visão do futuro? Depois de receber um presente misterioso no seu décimo sexto aniversário, sempre que adormece, Ana é transportada da sua cabana idílica nas montanhas da Noruega para o mundo desolado da sua bisneta Nova, em 2082. As plantas e animais praticamente desapareceram e Ana percebe que tem de fazer algo para evitar este futuro apocalíptico. Com a ajuda do seu psiquiatra e, mais importante, de Nova, Ana tentará enfrentar os problemas climáticos que assolam a Terra. Mas irá a tempo? Uma fábula filosófica plena de otimismo do autor de O Mundo de Sofia . -
O Enigma e o EspelhoA noite de Natal, mágica, sagrada, propícia ao raro encontro entre o eterno e o temporal, convidativa a um passeio pelo reino da poesia e de todas as coisas que se movem entre o Céu e a Terra. Ao quarto de Cecilie, onde uma grave doença a mantém acamada, esta noite, intensamente povoada por vozes e aromas familiares, chega pelas asas da sua imaginação, fortes e céleres, quase tão imateriais quanto as de Ariel, o anjo que a visita. No limiar da puberdade, Cecilie reflete ainda o brilho primordial do espanto que emana dos jardins da infância e faz fluir o diálogo com Ariel, com o mundo do outro lado do espelho. Acompanhada pelo anjo viaja numa "teodisseia" que, à luz da maiêutica socrática, faz a travessia das sendas labirínticas da incessante curiosidade perante os segredos da vida e do cosmo e assoma a uma invulgar proximidade com o mistério da criação. Um livro premiado que vem reconciliar a profundidade e a alegria. -
A Vida é BreveDo inesquecível criador de O Mundo de Sofia, e outros grandes êxitos mundiais que marcaram várias gerações de leitores de todas as faixas etárias, este romance epistolar é um verdadeiro hino à alegria de viver. Atraído pela figura de Santo Agostinho, um dos Grandes Padres da Igreja, Jostein Gaarder ficciona a carta da mulher com quem o Santo viveu, antes de escolher afastar-se do amor humano para se consagrar à sua demanda do divino. Gaarder dá voz e paixão e empresta as suas próprias reflexões a Flória, ex-companheira e mãe do filho natural de ambos. Ela escolhe voluntariamente não se fazer baptizar, embora nada tenha contra o Nazareno. Culta, inteligente, critica Agostinho com veemência e destemor, ora com ironia ora com desespero, por ele considerar desprezível aos olhos do Criador as alegrias do amor físico... afinal, uma criação Sua, como tudo o que é belo, embora efémero e breve, como a própria vida. -
O Vendedor de HistóriasOs mais de vinte e cinco milhões de leitores que contribuíram para o estrondoso sucesso de O Mundo de Sofia, assinado por Jostein Gaarder preparem-se para um grande romance. O Vendedor de Histórias é uma viagem apaixonante ao mundo dos que aspiram uma carreira literária sem terem capacidade para serem bem sucedidos. A falta de criatividade leva-os a Petter, conhecido como "A Aranha", que dotado de uma imaginação ilimitada escreve por eles a história que tanto anseiam. Ideias geniais “emprestadas” a outros que lhe permitiam viver de um negócio lucrativo durante muitos anos. O que Petter desconhece é que a sua escrita se tornou num ícone e que a sua verdadeira identidade irá ser descoberta na Feira Internacional de Literatura Infantil e Juvenil de Bolonha. A sua vida ficará em perigo, ameaçada por escritores sem inspiração que vivem falsas carreiras literárias. -
Viagem a um Mundo FantásticoViagem a Um Mundo Fantástico é a obra de estreia de Jostein Gaarder como autor de literatura infanto-juvenil. A curiosidade e o espanto perante os mistérios do mundo, constantes em todos os seus livros, estão, também aqui, presentes desde a primeira página. «Alguma vez pensaste no que está para além das estrelas O que é que fica para além de todas as coisas» Para além de todas as coisas, conta-nos Gaarder, fica Sukhavati, a terra onde vivem Lik e Lak, os gémeos que irão protagonizar esta aventura. -
A Biblioteca MágicaDois jovens primos e grandes amigos separam-se depois das longas férias do Verão. Mas as novidades são tantas que para se manterem em contacto um com o outro recorrem às cartas, numa espécie de livro-diário, onde contam tudo o que lhes acontece. Nesta troca de correspondência encontram acidentalmente uma estranha carta caída da mala da Lilli dos Livros, com indicações misteriosas que os dois jovens vão investigar… Uma descoberta ou um reencontro com o mundo dos livros, desde os mais antigos até aos mais actuais, onde se revelam a todos os leitores importantes características das diferentes épocas do livro. -
O Mistério de NatalPretendendo ser um conto de Natal empolgante, O Mistério de Natal conta-nos a história de um calendário mágico ao qual se encontra subjacente um enigma. Ao longo de todo o livro, enquadrado por magníficas ilustrações, Jostein Gaarder consegue mais uma vez criar uma atmosfera intrigante que envolve, cativa e fascina o leitor. E como elementos aliciantes, o autor utiliza um grupo de peregrinos que viaja em sentido contrário ao do tempo, sendo eles uma menina, alguns anjos e pastores, várias ovelhas e um pequeno cordeiro de pelo macio. Uma história de Natal fascinante que confere um novo sentido ao mistério do nascimento de Jesus.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.