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Sinopse

António Leão Correia e Silva, em NOITE ESCRAVOCRATA / MADRUGADA CAMPONESA: Cabo Verde séc. XV – XVIII, analisa um processo de mudança social que cobre três séculos, o que demandou um enorme esforço de mobilização de fontes e uma não menor capacidade de formulação de hipóteses explicativas.

Este é também um trabalho dedicado à genética de identidades, pois nele se explica como o cativo africano (jalofo, serere, banhu, mandinga, bijagó, sape, etc) se tornou um escravo cabo-verdiano e o nobre reinol, um proprietário fundiário e armador de Santiago. Na História Social das ilhas nada se perde, como na Lei de Lavoisier. Tudo se transforma.

Baseados na proximidade geográfica e na similitude climática, os colonos europeus puderam reproduzir nos três arquipélagos do Norte (Madeira, Açores e Canárias) o modelo de sociedade existente na Península Ibérica, mas não o lograram no do Sul. Cabo Verde foi o lugar onde as linhas de continuidade foram quebradas sob o peso da diversidade do clima e da atratividade do comércio com a Guiné. Com isso, abriu-se – pela primeira vez – o espaço à construção de uma sociedade de domínio europeu e predomínio africano. Uma sociedade que definimos como escravocrata, agroexportadora, mercantil, crioula e euro-africana.

Cabo Verde constituiu também o local onde este tipo de sociedade faliu precocemente, tornando-se maioritariamente camponês, bem antes da abolição da escravidão. Esta “saída”, além de precoce, foi rara no mundo atlântico, pois o mais comum foi a proletarização dos ex-escravos e seus descendentes, sem subverter a economia de plantação do período anterior. Foi sobre este legado de falência antecipada dos agroexportadores escravocratas, provocada pela tenaz resistência dos escravos e forros e pelos draconianos monopólios metropolitanos, que foram fincadas as estruturas profundas da atual sociedade cabo-verdiana. É a noite escravocrata gerando madrugada camponesa, de Santo Antão à Brava.


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Autor

António Leão Correia Silva

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