Nuno Rodrigues dos Santos - Coerência e Convicção
Esta obra descreve e analisa o percurso de Nuno Rodrigues dos Santos, oposicionista ativo ao regime militar e às ditaduras de Salazar e Marcelo Caetano; candidato a deputado pela oposição democrática no Estado Novo; membro das comissões organizadoras das candidaturas presidenciais de Norton de Matos, Quintão Meireles e Humberto Delgado; fundador do Diretório Democrato-Social; duas vezes preso pela PIDE. Como advogado, defendeu presos políticos em inúmeros julgamentos individuais e coletivos.
Depois do 25 de Abril de 1974, foi um destacado militante do Partido Popular Democrático (depois Partido Social Democrata), deputado à Assembleia Constituinte e depois à Assembleia da República, da qual foi vice-presidente. Graves problemas de saúde impediram-no de assumir a presidência da Assembleia da República.
| Editora | Assembleia da República |
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| Editora | Assembleia da República |
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| Autores | António Ventura |
António Ventura, Professor Catedrático Emárito da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi Diretor do Departamento de História, do Centro de História da Universidade de Lisboa e da Área de História das Faculdade de Letras de Lisboa. É autor de uma vasta bibliografia sobre História Contemporânea, com mais de três centenas de trabalhos publicados. Tem colaboração em diversas publicações periódicas nacionais e estrangeiras.
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O 5 de Outubro Por Quem o ViveuPela primeira vez num só volume, colocamos à disposição do público um conjunto pouco vulgar de fontes escritas pelos mais conhecidos jornalistas coevos e pelos militares e civis actores do 5 de Outubro, desde os mais destacados elementos da revolução até ao mais obscuro voluntário da Rotunda.Com organização e notas de António Ventura, professor catedrático de História Contemporânea e director do Centro de História da Universidade de Lisboa, aqui se reconstituem as jornadas revolucionárias de 3, 4 e 5 de Outubro de 1910, através de testemunhos que nos ajudam a compreender os antecedentes, o curso dos acontecimentos e as motivações daqueles que tudo arriscaram em nome da mudança de regime. No seu conjunto, estes escritos elaborados por participantes, testemunhas ou contemporâneos com visões parcelares dos acontecimentos, constituem, na sua pluralidade e até pelo carácter contraditório de alguns, um conjunto valioso para a compreensão da Revolução republicana, cem anos depois. -
O Combate de Flor da Rosa: Conflito Luso-Espanhol de 1801A guerra que opôs portugueses e espanhóis, em 1801, teve como palco privilegiado o Alto Alentejo. Nessa breve campanha de duas semanas, que se saldou pela derrota das forças lusitanas e pela perda de Olivença e seu termo, apenas ocorreram acções militares com algum significado em Arronchesw, Flor da Rosa e Campo Maior. O presente estudo incide sobre o segundo daqueles combates, com a publicação de alguns documentos inéditos sobre o evento. -
Os Constituintes de 1911 e a MaçonariaNo presente livro é estudado um momento determinado da História da primeira República, e avalia-se a relação entre a Maçonaria e os deputados maçons que tomaram assento na Assembleia Nacional Constituinte de 1911, cujo centenário agora se comemora. Procura-se responder a quatro questões fundamentais: quantos maçons tomaram assento nas Constituintes? Que papel desempenharam como representantes da Maçonaria? Que influência tiveram na elaboração da Constituição? Que responsabilidades tiveram na eleição do primeiro Presidente da República? -
A Grande Guerra por Quem a ViveuO ano em que se assinala o centenário do fim da Grande Guerra «A seleção dos depoimentos obedeceu a duas preocupações principais: manter um certo equilíbrio entre autores consagrados, alguns dos quais ganharam créditos no panorama literário nacional, como Jaime Cortesão, Augusto Casimiro, André Brun e Carlos Selvagem, a par de outros que permaneceram praticamente esquecidos, e cuja bibliografia se limitou à obra que escreveram sobre a sua experiência de guerra. Procurámos contemplar as três frentes de combate – Europa, Angola e Moçambique –, com as suas especificidades. Privilegiámos a transmissão da experiência vivida, o medo e a coragem, o desespero e a esperança, o humor e o drama. Sentimentos e sensações mescladas, numa experiência única vivida durante o maior drama que a humanidade conheceu até então, e que se julgava que jamais se repetiria, dada a sua dimensão apocalíptica. Vãs esperanças. Vinte anos depois, novo conflito iria eclodir, ainda mais sangrento e destruidor, como que a demonstrar que o Homem persiste em não aprender com os erros cometidos.» -
Os Postais da Primeira RepúblicaPrimeiro de uma série de seis irresistíveis álbuns ilustrados, em parceria com a Comissão para as Comemorações do Centenário da República 1910-2010. -
Portugal na Grande Guerra: Postais ilustradosPortugal entrou oficialmente na Grande Guerra em 1916. No entanto, os primeiros combates com o adversário haviam começado em África, em 1914. Neste ano, surgiram em Portugal os primeiros postais ilustrados alusivos às expedições portuguesas a Angola e Moçambique, e à guerra em geral, de cariz patriótico e de solidariedade com os Aliados. Ao longo do conflito, a participação portuguesa continuou a ser tema de inúmeros postais, tanto de produção nacional como de outros países aliados. As colecções de postais aqui representadas dão a conhecer um universo sugestivo, onde a tragédia se mistura com o humor, a ingenuidade e o heroísmo. -
A Marinha de Guerra Portuguesa e a MaçonariaA presença de militares na Maçonaria Portuguesa foi uma constante desde o século XVIII, constituindo um dos grupos mais representados nos seus quadros. Neste livro estuda-se a presença de oficiais da Marinha de Guerra naquela associação, com maior destaque para o segundo quartel do século XIX e as primeiras décadas do século XX, até 1935, ano em que a Maçonaria foi proibida. Deste estudo podemos concluir que algumas das figuras fundamentais da História da Marinha Portu-guesa estiveram ligadas à Maçonaria, em diversos con-textos políticos e com diferentes evoluções nos seus percursos biográficos; exerceram cargos de destaque tanto na Marinha como fora dela, e os seus nomes ficaram associados, àquela instituição militar. A obra inclui quase duas centenas de biografias de oficiais da Marinha, com referência especial aos seus currículos maçónicos. -
Chefes de Governo Maçons: Portugal (1835-2016)A Maçonaria exerceu uma influência marcante na vida do nosso país, desde a sua implantação, no século XVIII. A ela pertenceram militares e professores, comerciantes e fun-cionários públicos, clérigos e artistas, proprietários e traba-lhadores. E também políticos de diversas orientações, fazendo jus ao pluralismo de opiniões que sempre caracte-rizou a Maçonaria. É assim natural que nos últimos trezen-tos anos muitos governantes tivessem ligações à Maço-naria. O presente álbum incide sobre os chefes de governo que pertenceram à Maçonaria, desde a implantação defi-nitiva do Liberalismo em 1834. Englobando, em número de 34, os que foram comprovadamente Maçons, e não os que a tradição considerava como tal, a obra contém as bio-grafias genéricas de cada um, dando um especial enfoque à vertente maçónica com o maior pormenor possível, as quais são acompanhadas de documentos, na maior parte iné-ditos, comprovativos dessa filiação. Por outro lado, é profu-samente ilustrada com retratos, obras de arte diversas - esculturas, pinturas, monumentos - e reprodução fac-simi-lada de documentos originais. No conjunto, uma obra pois reveladora de aspectos desconhecidos da vida de algumas figuras que marcaram profundamente a nossa vida política nos últimos dois séculos, que, pela sua qualidade, carácter inédito e não especulativo, irá constituir uma referência incontornável para quem queira conhecer melhor a nossa História Contemporânea. -
A Maçonaria Portuguesa e a Grande Guerra (1914-1918)Fiel aos grandes valores instituídos, a Maçonaria desde sempre teve influência em ocorrências históricas mar-cantes. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi uma delas. A nível individual, como prescreviam as suas obe-diências, também ela tomou posição em relação a esse conflito. Houve quem fosse a favor da participação portu-guesa por via da manutenção das colónias, na altura sob o ataque alemão, e quem, consciente dos nossos fracos recursos militares, discordasse dela. Dualidade de posi-ções que espelhava o pensamento de Portugal, já sob a égide da jovem República, desejoso, por um lado, de se afirmar na cena internacional e, por outro, temendo não estar à altura de uma participação nessa guerra, como, aliás, opinava a Inglaterra. Em retaliação do aprisiona-mento de navios germânicos ancorados em portos portu-gueses, a Alemanha declarou-nos guerra e assim se de-cidiu por fim a nossa participação nesse conflito mundial. Com o conhecimento e autoridade que detém nesta matéria, revela-nos António Ventura, nesta sua investiga-ção, as diferentes posições da Maçonaria nessa guerra, o peso que elas tiveram, e os nomes dos muitos maçons que nela perderam a vida. -
Mais Postais da Primeira RepúbDepois do Sucesso do primeiro álbum de postais da primeira república, António Ventura mostra ao público centenas de outras preciosidades históricas que permitem conhecer melhor Portugal entre 1910 e 1926, bem como a produção artística e fotográfica reproduzida nos postais. O extraordinário impacto visual e a pertinência do tema, no auge das comemorações da República, farão deste livro uma oferta de Natal perfeita.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.