Depois da morte da filha, o tio Maurice aconselha o genro, Germain, a voltar a casar com uma mulher que pudesse cuidar dele e dos seus três filhos. Para conhecer uma possível pretendente, parte numa longa viagem na companhia do seu filho Pierre-Pequenito e de Marie, uma jovem e bela pastora que vai procurar trabalho na aldeia vizinha. Durante a viagem, um denso nevoeiro faz com que os viajantes se percam e procurem abrigo para a noite à beira de um estranho lago, o Charco do Diabo. Que feitiço misterioso os encaminhou para ali? Que feitiço poderoso os traz de volta àquele lugar de cada vez que tentam deixá-lo? Neste pequeno romance, George Sand mergulha-nos na sociedade camponesa de Berry, com os seus ritos e costumes. O campo torna-se o terreno fértil para a fantasia, e a floresta uma personagem por direito próprio. Que espécie de amor pode nascer naquele lugar assombrado? «O Charco do Diabo» é um dos mais conhecidos romances campestres de Sand, tendo sido adaptado ao cinema, ao teatro e à televisão.
Escritora francesa, de seu verdadeiro nome Aurore Dupin, baronesa Dudevant, nascida em 1804 e falecida em 1876, inicia a publicação dos romances passionais Indiana e Valentine (1832) sob o pseudónimo masculino George Sand. Figura controversa da sociedade parisiense, tem uma longa ligação com Chopin e expressa as suas ideias políticas, caracterizadas por um socialismo idealista, em revistas e jornais. Uma nova fase da sua vida, passada no campo, repercute-se nos temas de François le Champi (1847-48) e La Petite Fadette (1849). Em Elle et Lui (1859), romance de cariz autobiográfico, aborda a sua ligação com Musset e inaugura uma fase memorialista (que viria a incluir Rêveries e Souvenirs, 1871-72). A sua Correspondência figura como um documento incontornável para o conhecimento do século XIX e de uma mulher de exceção.
Comemora-se este ano o bicentenário do nascimento de George Sand (1804-1876), pseudónimo literário de Armandine Lucie Aurore Dupin, baronesa de Dudevant. Neste seu Diário Íntimo, onde se entrega apaixonadamente aos mais diversos temas, como a política, as relações e o envelhecimento, e pelo qual desfila toda uma galeria de figuras, desde Musset a Chopin, passando por Flaubert, entre outros, é possível observar como esta mulher foi, afinal, pioneira em fazer beber a sua produção literária na experiência vivencial – feminina, portanto, e humana.
George Sand, Pseudónimo literário de Aurore Dupin, nasceu em Paris, em 1804, e veio a morrer em Nohant (Indre), em 1876, depois duma vida agitada em que se misturaram a aventura sentimental, a Militância política e a actividade literária.Casada em 1822 com Casimir Dudevant, de quem teve dois filhos, em breve rompeu esta primeira união para voar a novos e sucessivos amores com Jules Sandeau (que a ajudou a descobrir a sua vocação de escritora), Alfred Musset, Chopin e Michel de Bourges, por cuja mão entrou na actividade política, defendendo um socialismo idealista. É assim que a vamos encontrar em Paris a tomar parte activa na revolução de 1848.Esta vida agitada e ruidosa tinha origem menos no gosto do escândalo do que na preocupação de George Sand em afirmar os direitos e a independência da mulher. Como escritora, a sua obra é muito vasta e, se bem que bastante desigual, nela se encontram algumas das melhores páginas da literatura francesa de sempre.São de destacar os romances Lélia, Indiana, Valentine, Mauprat, François le Champi, La Mare au Diable, além de peças de teatro e de colaboração em publicações várias.A Pequena Fadette, que ora apresentamos, enquadra-se no ciclo dos romances rústicos que marcou a última fase da obra George Sand e é considerada como a melhor de quantas a autora escreveu neste período.O tema do romance é o amor, o amor que que toda a vida George Sand procurou e que aqui vemos viver no idílico entre o jovem Landry e a pequena Fadette: um idílio ingénuo e simples como o ambiente campestre em que se desenvolve e onde vamos encontrar ecos da tradição idealista de Rousseau, que George Sand representa na literatura francesa do século XIX.
Depois da morte da filha, o tio Maurice aconselha o genro, Germain, a voltar a casar com uma mulher que pudesse cuidar dele e dos seus três filhos. Para conhecer uma possível pretendente, parte numa longa viagem na companhia do seu filho Pierre-Pequenito e de Marie, uma jovem e bela pastora que vai procurar trabalho na aldeia vizinha. Durante a viagem, um denso nevoeiro faz com que os viajantes se percam e procurem abrigo para a noite à beira de um estranho lago, o Charco do Diabo. Que feitiço misterioso os encaminhou para ali? Que feitiço poderoso os traz de volta àquele lugar de cada vez que tentam deixá-lo? Neste pequeno romance, George Sand mergulha-nos na sociedade camponesa de Berry, com os seus ritos e costumes. O campo torna-se o terreno fértil para a fantasia, e a floresta uma personagem por direito próprio. Que espécie de amor pode nascer naquele lugar assombrado?
O Charco do Diabo é um dos mais conhecidos romances campestres de Sand, tendo sido adaptado ao cinema, ao teatro e à televisão.
Ela chama-se neste romance Thérèse Jacques e é pintora mas é, na realidade, a própria George Sand. Ele surge como o pintor Laurent de Fauvel mas é, na realidade, o escritor Alfred de Musset, que viveu com a escritora a mais célebre e tempestuosa paixão da literatura francesa, em Paris e em Itália. Une-os o sonho de uma existência em que a arte seja a criação imortal de um amor absoluto — mas ele cansa-se da felicidade assim que a alcança, entregando-se à boémia e ao jogo da sensualidade, e ela cansa-se das variações do humor e do amor dele, recusando-se a assumir o papel da sofredora que tudo suporta por dedicação a um homem de génio.
Este romance claramente autobiográfico gerou um enorme escândalo aquando da sua publicação, em 1859, dois anos depois da morte de Musset, e levou mesmo o irmão do escritor, Paul de Musset, a publicar o romance Lui et Elle (Ele e Ela), parodiando o romance de Sand e vingando-se dela.
Ela e Ele é uma poderosa e fascinante obra literária que retrata, com a argúcia de análise psicológica que singularizou George Sand, uma relação vibrante entre dois grandes espíritos criadores. Um romance ousado, intenso e brilhantemente escrito.