“VER BOM CINEMA SÓ NOS TRAZ VANTAGENS. NESTE LIVRO SUGEREM-SE 101 FILMES RECENTES, COM PISTAS DE ANÁLISE E A INDICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TEMAS EM CADA UM.”
Este livro apresenta e analisa 101 filmes sobre diferentes temas. Para facilitar a pesquisa sobre cada filme, foram incluídos três índices: um elenca os títulos dos filmes e associa os principais temas abordados. Outro enumera os temas mais importantes e, para cada um, indica quais os filmes que se referem a esses temas de modo mais relevante. E um terceiro indica os realizadores por título. Poderá, assim, selecionar com mais eficácia o filme, conforme o objetivo pretendido: usá-lo como ferramenta formativa no seu local de trabalho ou simplesmente como um recurso de entretenimento ou um modo de se distrair com a família assistindo a uma obra com valor.
Vale a pena deixar-se inspirar por um bom filme, onde poderá encontrar personagens com as quais se identifica e que lhe darão força para enfrentar realidades desconhecidas, ou, então, chamarão a atenção para situações tão habituais que já não são valorizadas, mas que bem aproveitadas e redescobertas darão novo sabor à vida.
PAULO MIGUEL MARTINS é doutorado em História da Cultura e das Mentalidades no Período Contemporâneo, pelo ISCTE-IUL, tendo sido publicada em livro a sua tese sobre cinematografia portuguesa. É professor do ensino superior e do ensino profissional nas áreas de História do Audiovisual e Comunicação. Publicou três romances até à data. Escreve regularmente crónicas sobre filmes para a imprensa nacional. As suas obras anteriores Ver, aprender e vencer – 75 filmes para a sua formação profissional e também 80 filmes para vencer na vida estão na origem do presente livro.
Não é habitual um livro com críticas de filmes sobre formação e gestão. Mas, se tivermos presente a definição de Peter Drucker – «a gestão são as pessoas» – já se compreende melhor, pois por detrás de qualquer projecto, o que há são as pessoas. O fracasso ou o êxito, a nível familiar ou profissional, depende sempre, em última instância, das pessoas.
Por isso, o segredo de uma boa gestão está na formação, porque é através dela que se desenvolvem as potencialidades humanas. Um bom filme, ao apresentar situações que levam o espectador a pensar e, depois, a agir, pode ser uma excelente ferramenta formativa e um estímulo para o desenvolvimento da vida pessoal e profissional. Nem tudo o que se aprende é ensinado nas escolas: há realidades da vida que só se apreendem se forem vistas bem retratadas e representadas… é por isso que o cinema é um tão eficaz meio de aprendizagem pessoal. Vale a pena aproveitar!
Este será, sem dúvida, um livro útil para todos os que se preocupam com a formação humana e profissional.
A correspondência trocada entre dois amigos, Marcello Caetano (1906-1980) e Laureano López-Rodó (1920-2000), ministro de Franco e protagonista do processo de transição espanhola, que reflecte muito da história dos dois países e que retrata as angústias e as descrenças destes dois homens que tiveram um papel decisivo na história ibérica.
EXCERTOS
«Bastavam duas cartas para este livro fazer sentido. A mais impressionante delas, ou pelo menos a que mais me impressionou, foi escrita por Marcello Caetano, no Rio de Janeiro, a 6 de Maio de 1979. Trata da fé e revela um Marcello Caetano em que a franqueza é o resultado de uma longa e dolorosa reflexão: “Perdi a fé e não há nada a fazer. (…) Entre as razões que me levaram a ocultar largos anos a minha crise estava o terror – digo bem: o terror – de influenciar alguém no mesmo sentido.(…)” A outra carta é de Laureano López Rodó e foi escrita dois anos antes, a 24 de Junho de 1977. Se Marcello descria de Deus e da Igreja, Laureano desconfia dos homens – “Vejo-me lutando ‘sozinho perante o perigo’. Vamos ver se conseguimos que prevaleça a razão diante desta loucura colectiva.” – e sobretudo não confia no homem: “Ontem estive com o Rei” (…) “estamos com efeito, a resvalar por um plano inclinado que, se Deus não o remedeia, levar-nos-á ao socialismo e ao caos.”»
Helena Matos, in Prefácio
Concebido como manual para os estudantes das escolas de cinema, este livro responde também à curiosidade comum de saber como se faz um filme. É ainda uma introdução bastante acessível à linguagem do cinema, de grande utilidade para os técnicos e os profissionais pelo seu carácter acentuadamente prático.
Livro de referência sobre o Cinema Português, aqui se encontra repertoriada, para o período 1895-1961, a totalidade dos filmes de longa-metragem de ficção, bem como as principais curtas e médias metragens. O Dicionário comporta ainda entradas traçando a carreira dos mais destacados realizadores, atores, diretores de fotografia, produtores, compositores musicais, argumentistas e outros técnicos. Num trabalho que se quer factual e rigoroso, o autor não esqueceu um olhar crítico sobre os objetos em análise. Um livro imprescindível a todos quantos se interessam pelo cinema ou pelas artes do espetáculo em geral.
15 anos de conversas, 25 grandes entrevistados.
Ao longo de 30 anos de carreira na televisão, Mário Augusto realizou mais de duas mil entrevistas de cinema, sendo o jornalista português que mais estrelas entrevistou. Com algumas, a convivência e os reencontros enriqueceram as conversas, que foram muito para além do mais recente filme ou escândalo de Hollywood. Nos 15 anos do Janela Indiscreta, Mário Augusto selecionou as suas melhores entrevistas a 25 dos maiores nomes da indústria cinematográfica. Ilustrado com caricaturas certeiras de André Carrilho. Tal e qual!
Com prefácio de Daniela Ruah.
A figura de Werner Herzog emerge em toda a sua complexidade num estudo aprofundado das suas obras, acompanhado por uma entrevista longa e inédita com o cineasta alemão. A aura de realizador de extremos e aventuroso, capaz de defrontar todo o tipo de perigos para levar até ao fim os seus filmes, faz parte de um mito fascinante mas redutor. O próprio Herzog afirma aqui ser sobretudo um "contador de histórias". O seu olhar inconfundível sobre os cantos mais remotos e inóspitos do nosso planeta definem-no como um pesquisador de histórias, um explorador de visões apaixonado, guiado pela câmara em busca do momento de "verdade extática" escondida nos rostos, nos lugares e nas paisagens.
O aclamado realizador e argumentista Paul Schrader revisita e atualiza neste livro a sua abordagem ao «slow cinema» dos últimos cinquenta anos. Ao contrário do realismo psicológico que domina o cinema, o estilo transcendental expressa um estado espiritual por meio de um trabalho de câmara austero e de uma representação desprovida de autoconsciência.Este texto seminal analisa a obra de três grandes cineastas - Yasujiro Ozu, Robert Bresson e Carl Th. Dreyer - e propõe uma linguagem dramática comum usada por estes realizadores de culturas tão diversas.