O Estranho Dever do Cepticismo
«O céptico, ao contrário do que é voz corrente, não é o que não
crê em nada, é antes aquele que pergunta e encontra através da
interrogação (...). O céptico dos cafés desfaz de tudo, incluindo
da possibilidade de conhecimento, enquanto o céptico filosófico
constrói um mundo e o seu processo de demonstração
por tentativas costuma ser ao mesmo tempo exigente, subtil e
delicado. Ora um dos principais objectivos deste livro consiste
em tentar mostrar a complexidade de que se reveste a realidade
e a forma como, para além da primeira aparência, novas
evidências surgem em torno dos acontecimentos públicos,
dos factos históricos e dos seus intérpretes (
).
Outra razão para a sensação de proximidade com os textos
provém sem dúvida da própria contemporaneidade dos factos
a que alude (
). Mário Mesquita examina‑os
com uma paixão
escondida, uma tenacidade própria dos lutadores intelectuais
que cedo se impuseram a si mesmos raramente dizer eu, a não
ser em termos de testemunha ou sujeito de pensamento.
(
) Podemos ir de novo ao encontro das imagens da queda
do Muro de Berlim, reviver o optimismo dos anos 90 a empurrar
as velas enfunadas da Europa de então, reconstituir o
arco de triunfo erguido ao modelo da economia de mercado,
observar como os Cinco Continentes se transformaram numa
pangeia do capitalismo sustentado pela globalização, podemos
recordar como o sistema bancário nos proporcionou viver no
futuro, ou ainda examinar como no meio de uma espécie de
esperança total na virtude do ideal democrático, se popularizou
a ideia do fim da história.» Lídia Jorge, do Prefácio
| Editora | Tinta da China |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mário Mesquita |
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A Oposição ao Salazarismo em S. Miguel e Outras Ilhas AçorianasEste colectânea pretende ser uma homenagem a Ernesto Melo Antunes e aos seus anos dos Açores, embora não seja, em rigor, um livro sobre Melo Antunes. Incide, de uma forma mais abrangente, sobre a oposição democrática na ilha de S. Miguel nas décadas de 50 a 70, em que o militar de Abril desempenhou papel de relevo, desde os anos de Humberto Delgado até ao tempo de Marcelo Caetano. Os anos 60 e 70 de Melo Antunes foram repartidos entre as campanhas de S. Miguel e as comissões em Angola. As comissões em África eram as da guerra colonial, com incursões no mato e combates contra os movimentos de independência africanos. As campanhas dos Açores eram cívicas, políticas, ideológicas. Vigiadas pela polícia política, envolviam trabalho militante, discreto, de defesa das liberdades cívicas e de persuasão das gerações mais jovens. -
Mário Soares na Construção da DemocraciaJornalista, director do Diário de Notícias nos anos quentes da Revolução, Mário Mesquita acompanhou de perto o percurso político de Mário Soares. Este livro reúne entrevistas históricas desde os tempos do exílio, passando pelos governos minoritários, até à Presidência. Entrevistas (1972-1993): - A estratégia dos socialistas em tempo de exílio (27 de Abril de 1974) - A crise da «unicidade sindical» (31 de Janeiro de 1975) - Tempo de instabilidade com governos minoritários (7 de Junho de 1977) - A procura do semipresidencialismo nos primeiros dez anos de democracia (24 de Abril de 1984) - De primeiro-ministro questionado a Presidente superconsensual (17 de Abril de 1990) - Arrogância conservadora em Portugal em plena celebração dos 20 anos do PS (19 de Abril de 1993) - Epílogo: Em tempos de crise e austeridade epílogo em forma de entrevista (Outubro de 2013) -
Potências Emergentes e Relações TransatlânticasEste livro baseia-se nas comunicações apresentadas ao II Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt, iniciativa do Governo Regional dos Açores e da Fundação Luso-Americana. A questão do fundamentalismo não esgota as problemáticas geoestratégicas do nosso tempo. O século xxi foi também marcado pela emergência de novos países, como a China, a Índia e o Brasil que, estando longe de possuir o potencial militar dos Estados Unidos, possuem condições económicas, tecnológicas e demográficas de crescimento que forçam os estrategistas políticos a considerá-los enquanto actores de uma nova repartição de poderes no mundo. É esse o tema central deste livro. -
Novidade25 de Abril: A Transformação nos «Media»Uma obra que mantém vivo o legado de Mário Mesquita e que o autor desejava ter publicado em vida, provando que a forma como pensou e discutiu o jornalismo num momento fundador e de viragem como foi o período de 1974-1975 mantém uma admirável actualidade. «Mário Mesquita desenvolveu, de forma sistemática e coerente, actividades que visavam o bemcomum e incentivavam uma democracia aberta — na política, no jornalismo de informação, na actividade académico-universitária e na escrita — com o objectivo de realizar o seu ideal de sempre: o da Liberdade.» António Ramalho Eanes «Jornalista e académico, MárioMesquita procurava em cada trabalho o difícil equilíbrio entre o rigor da contextualização e o prazer da boa história. Isso fazia de qualquer conversa sobre o jornal uma oportunidade de reflexão profissional, tantas vezes em falta na lufa-lufa das redacções.» Diana Andringa «Com o Mário Mesquita estamosperante alguém que decidiu ser jornalista para compreender melhor o mundo, e que resolveu estudar os media para se conhecer ainda melhor a si próprio.» Jaime Gama «Recordo o Mário Mesquita como um homem de pensamento que não desprezava a acção. Inteligente e culto. Um espírito livre, um bom cidadão, um amigo confiável. Liberdade e Solidariedade foram os grandes valores da sua vida. Faz-nos falta!» Maria Antónia Palla
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História dos Média na Europa«O conhecimento das grandes tendências que marcaram a história dos média europeus e a história particular destes mesmos média em cada país europeu (sobretudo daqueles de que somos geográfica e culturalmente mais próximos) é absolutamente indispensável. Só assim poderemos compreender por que é que ainda hoje, quase seis séculos depois da ?descoberta? da prensa tipográfica, a paisagem imprensa europeia é tão contrastada, de uma região para outra do continente. E como é que, ao longo do século XX, a rádio e a televisão, as estruturas dos seus emissores como dos seus conteúdos, evoluíram também de maneira tão plurifacetada.» -
História da ArteA história da Arte é, em simultâneo, autónoma e parte integrante da História, da Cultura e da Civilização. Esta obra confirma-o e, de modo sucinto, traça um panorama da sua evolução desde a mais remota Antiguidade até os nossos dias. -
NovidadeMedia e Jornalismo em Tempos de Ditadura -Censura, Repressão e ResistênciaO livro reúne textos de 11 investigadores portugueses e espanhóis sobre a instrumentalização dos media durante o Estado Novo e o Franquismo e as formas de resistência à censura e à repressão. A obra surge na sequência do II Seminário da História da Comunicação da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, realizada, em Novembro de 2022, na Fundação Mário Soares e Maria Barroso. Alguns dos textos que agora se publicam foram apresentados neste encontro científico. Segundo os coordenadores do livro, há um denominador comum a todos os textos: «a necessidade que as ditaduras têm de vedar o acesso do povo à verdade incómoda ou inconveniente. Por isso, silenciaram-se certas pessoas, assuntos e factos, enquanto se deu relevo e importância a outros». -
Novidade25 de Abril: A Transformação nos «Media»Uma obra que mantém vivo o legado de Mário Mesquita e que o autor desejava ter publicado em vida, provando que a forma como pensou e discutiu o jornalismo num momento fundador e de viragem como foi o período de 1974-1975 mantém uma admirável actualidade. «Mário Mesquita desenvolveu, de forma sistemática e coerente, actividades que visavam o bemcomum e incentivavam uma democracia aberta — na política, no jornalismo de informação, na actividade académico-universitária e na escrita — com o objectivo de realizar o seu ideal de sempre: o da Liberdade.» António Ramalho Eanes «Jornalista e académico, MárioMesquita procurava em cada trabalho o difícil equilíbrio entre o rigor da contextualização e o prazer da boa história. Isso fazia de qualquer conversa sobre o jornal uma oportunidade de reflexão profissional, tantas vezes em falta na lufa-lufa das redacções.» Diana Andringa «Com o Mário Mesquita estamosperante alguém que decidiu ser jornalista para compreender melhor o mundo, e que resolveu estudar os media para se conhecer ainda melhor a si próprio.» Jaime Gama «Recordo o Mário Mesquita como um homem de pensamento que não desprezava a acção. Inteligente e culto. Um espírito livre, um bom cidadão, um amigo confiável. Liberdade e Solidariedade foram os grandes valores da sua vida. Faz-nos falta!» Maria Antónia Palla -
Homo Spectator: Ver, Fazer Ver«É a barbárie que ameaça um mundo sem espectador.»"Homo Spectator" reflecte sobre a construção histórica da figura do espectador, desde as cavernas paleolíticas às tecnologias digitais. Este percurso interroga as várias relações, de opressão e de liberdade, de medo e de gozo, que se estabelecem entre humanos e imagens, para ensaiar uma resposta à inquietante pergunta: como preservar a nossa liberdade crítica perante a disseminação das imagens? -
Ainda Bem Que Me PerguntaAinda Bem Que Me Pergunta, trata-se do primeiro manual de escrita jornalística, editado em Portugal, de um autor português, para o público português. Como escrever com clareza e rigor semântico? Como estruturar uma notícia, uma reportagem, uma entrevista? Como elaborar os respectivos títulos? Como evitar as «armadilhas» ortográficas e gramaticais? -
Desinformação Online - O impacto da Propaganda ParticipativaA desinformação é hoje prevalecente no ambiente digital, onde a informação circula a alta velocidade. Servindo-se de técnicas clássicas de propaganda, a desinformação conta com a colaboração de cidadãos anónimos que partilham conteúdos online sem antes avaliarem a veracidade dessa mesma informação. O presente livro mostra como este fenómeno constitui uma ameaça à democracia e como pode ser combatido através do investimento em literacia mediática e digital. -
NovidadeTemas Arquivísticos - Entre a Tradição e a MudançaUm convite à reflexão do lugar da Arquivística hoje, contrariando as vozes que afirmam que tenha adormecido permanentemente na Modernidade, face à emergência do pensamento pós-moderno, onde a ciência da informação radica a sua identidade, sem que a pós-modernidade seja, também ela, parte da seiva que corre nas veias dos autores dos estudos arquivísticos, que, por consequência, escorre para as suas páginas. Um convite, ainda, a repensar a valorização dos estudos arquivísticos na atualidade, relegados, em muitos fora, à sua tecnicidade, considerados despidos de qualquer roupagem teórica, como se os arquivos não constituíssem, per se, um campo de estudo científico. Um campo sobre o qual se constrói conhecimento continuamente, refletido por cientistas e comunidades de prática, que, como tal, acompanha a própria evolução da ciência e o devir social.[CARLOS GUARDADO DA SILVA]