O Rei Sem Abrigo - Don Juan Carlos I de Espanha
José de Bouza Serrano, que conheceu Juan Carlos nos anos 80, quando era um jovem diplomata colocado na Embaixada de Portugal em Madrid, recorda neste livro o agitado percurso de vida do monarca nascido no exílio – condição em que, de certa forma, se encontra novamente. Numa narrativa com um cunho muito pessoal, graças aos laços familiares, afectivos e profissionais do autor com o país vizinho, Bouza Serrano lembra a infância solitária e a adolescência atribulada de Juan Carlos, vividas entre Portugal e Espanha, a sua complexa relação com o ditador Francisco Franco
e os problemas que enfrentou nos últimos anos, nomeadamente os escândalos financeiros e o romance com Corinna Larsen – a «grave doença do Corinna Vírus» –, que culminaram com a abdicação e o posterior autoexílio. Irá Juan Carlos acabar os seus dias longe do país onde reinou durante quase quarenta anos e que tanto lhe deve? Voltará apenas depois de morto, ao panteão de reis no Escorial?
O retrato de um dos mais fascinantes monarcas europeus.
| Editora | Oficina do Livro |
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| Editora | Oficina do Livro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José de Bouza Serrano |
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As Famílias Reais dos Nossos Dias«Em Abril de 2013, assisti como embaixador de Portugal à entronização do rei Guilherme-Alexandre da Holanda acompanhado pela sua mulher Máxima, uma antiga economista e executiva argentina. Naquele momento solene, não pude deixar de pensar que muito mudou nas Famílias Reais europeias, incluindo a forma de entender e perpetuar esta instituição milenar através do casamento. Para além do rei da Holanda ter escolhido uma plebeia para sua consorte, a princesa herdeira da Suécia casou com o seu personal trainer, o príncipe Haakon da Noruega contraiu matrimónio com Mette-Marie, uma jovem com um passado ligado às drogas, o rei de Espanha “ofereceu” o trono a uma jornalista que tem feito correr muita tinta e, em Inglaterra, uma actriz norte-americana conquistou a rainha Isabel II pela mão do príncipe Harry. Hoje em dia os casamentos “desiguais” não causam, por enquanto, demasiados problemas nas dinastias reinantes. Mas será que em determinado momento os seus “súbditos” ou “concidadãos” não se interrogarão sobre para que serve a monarquia se os soberanos são idênticos a eles? O futuro o dirá.» O diplomata e antigo chefe do Protocolo do Estado, José de Bouza Serrano, que serviu Portugal em várias embaixadas europeias, como Espanha, Bélgica, Vaticano, Dinamarca ou Holanda, apresenta-nos uma reflexão sobre a forma como as famílias reinantes na Europa têm vindo a evoluir e como se têm adaptado a uma nova realidade, tentando manter a tradição. Um olhar privilegiado que deixa entrever o futuro da monarquia. -
A Viúva de Windsor - Histórias da História Do Longo Reinado de Isabel IIHistórias da história do longo reinado de Isabel II. A Viúva de Windsor tem como ponto de partida a morte o Príncipe Filipe, no Castelo de Windsor, a poucas semanas de completar um século de idade e após 73 anos de casamento com Isabel II, a protagonista deste livro e uma das figuras mais admiráveis, e admiradas, da história mundial. Recuamos então à tenra idade de uma princesa que jamais esperara vir a ser rainha, ao curto e polémico reinado do seu tio, Eduardo VIII, e à coroação do seu pai, Jorge VI, a quem Isabel sucederá no trono aos 25 anos.Profundamente conhecedor do tema da monarquia, o embaixador José de Bouza Serrano reconstitui nestas páginas alguns dos episódios mais marcantes do reinado mais duradouro da Grã-Bretanha. Conta-nos como, num complexo diálogo interior entre o dever enquanto soberana e as responsabilidades de chefe da Igreja Anglicana, Isabel II se foi debatendo ao longo das décadas com as difíceis opções sentimentais da única irmã e de três dos quatro filhos, tratando-as com a devida compreensão familiar, mas, antes de mais, como potenciais ameaças ao futuro da dinastia e da instituição monárquica. Atravessando dois séculos de mudanças profundas, tanto do ponto de vista social como político, este é o retrato de uma mulher notável e irrepetível que se manteve sempre fiel à Coroa e que, consciente do seu inestimável peso simbólico, nunca se esqueceu de preservar a aura de mistério própria dos grandes monarcas. Não saberemos nunca o que a Rainha pensa sobre os mais variados assuntos, desde logo sobre as múltiplas partidas que o destino lhe pregou ou a obra dos numerosos governos que lhe juraram lealdade, mas essa é uma característica absolutamente inseparável do fascínio que continua a exercer nos comuns mortais de todo o mundo.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.